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Tipo do documento: Dissertação
Título: O Povo Disciplinar de Geografia e a Tradução na Política de Currículo
Título(s) alternativo(s): The Subject People of Geography and the translation in the curriculum policy
Autor: Costa, Hugo Heleno Camilo 
Primeiro orientador: Lopes, Alice Ribeiro Casimiro
Primeiro membro da banca: Ferreira, Marcia Serra
Segundo membro da banca: Frangella, Rita de Cassia Prazeres
Resumo: Esta dissertação se constitui em uma investigação sobre as políticas de currículo para o Ensino de Geografia no nível médio. Proponho, especificamente, através do significante flutuante interdisciplinaridade, compreender os processos de precipitação da subjetivação da Geografia na tradução da política de integração curricular. Me aproprio de aportes pós-estruturais, marcadamente aproximados à teoria do discurso de Ernesto Laclau, com vistas a pensar a política de currículo como se dando através de lutas discursivas, marcadas pelo antagonismo e pela exclusão. Para pensar estes movimentos, inicialmente busco situar a perspectiva de currículo como texto, como textualização, com foco na interpretação de Lopes e Macedo de que o currículo é produzido na articulação de discursos. Busco, com esta leitura curricular, compreender os sentidos produzidos para/pela Geografia no nível médio, no âmbito de uma construção também discursiva como a do currículo integrado. Em razão da instabilidade inserida à reflexão sobre as políticas de currículo, elementos como a disciplina e as subjetivações constituídas na relação com ela passaram a configurar o cenário de análise que procurei construir. Nesse sentido, problematizo a leitura de comunidade disciplinar de Goodson ao focalizar a perspectiva laclauniana de povo como cadeia de equivalência. Com isso, procuro reconceptualizar a leitura de subjetividade política tendo em vista as demandas que a fazem ser. Este exercício se desdobrou em uma proposta de pensar a construção de um sujeito político disciplinar por meio da decisão frente ao outro, ao que é interpretado como negação de si. Aqui, penso o discurso de integração curricular como um outro possível, que pode ser interpretado como oposição ao currículo por disciplinas e, portanto, como ameaça à Geografia. O movimento estratégico com vistas à compreensão desta tradução se deu por intermédio da abordagem à textualização desta política, através do entrelaçamento do corpus teórico aos textos dos Parâmetros, Orientações Curriculares para o Ensino Médio e de entrevistas realizadas com lideranças, pesquisadores e consultores, envolvidos na produção da política. Estes elementos empíricos são lidos como momentos da política, como distintos contextos de resposta(s), que buscam suplementar a falta do sujeito, do que quer ser. Tendo a interdisciplinaridade como um dos meios pelos quais se significa a integração curricular na área de ciências humanas, onde está a Geografia, discuto o modo como esse significante é traduzido pelo povo disciplinar da Geografia. Uma tradução, resposta, à ameaça de um outro, desconhecido, que é interpretado como algo que expõe a subjetividade, o povo da Geografia, ao risco. Em função dos temores colocados, atento para uma performance de tentativa de blindagem ante ao outro. Tal manifestação é entendida como a tradução da interdisciplinaridade como característica da Geografia, como sua própria feição, como a si mesma. Concluo chamando a atenção para o que interpreto como uma luta pela estabilização do antagonismo, entre a integração e o disciplinar (a Geografia), e focalizo a tradução de sentidos do outro como possibilidade de existir e, nessa leitura, afirmar uma propriedade que se constitui provisoriamente como aquilo que é suposto como questionado pelo outro, algo de que se depende para continuar
Abstract: This paper constitutes an investigation into the curriculum policy for the Geography Teaching at the secondary level. I propose, specifically, through the floating signifier interdisciplinarity, understand precipitation processes of subjectivity in the translation of the Geography curriculum integration. I appropriate post-structural contributions, markedly approximate the discourse theory of Ernesto Laclau, in order to think about the curriculum policies as getting through discursive struggles, marked by antagonism and exclusion. To think these movements initially seek to situate the perspective of curriculum as text, as textualization, focusing on interpretation of Macedo Lopes and that the curriculum is produced in the articulation of discourses. In this view, understand the meanings produced for / by Geography at the secondary level, within a discursive construction as well as the integrated curriculum. Because of the instability inserted to reflect on the curriculum policy, elements such as subject and subjectivities constituted in the relationship with it now configure the scenario analysis that sought to build. In this sense, I problematize the Goodson s perspective of subject community to focus laclaunian perspective of people as equivalence chain. With that, I try to reconceptualize the reading of political subjectivity in view the demands that they be. This exercise unfolded in a proposal to think the construction of disciplinary political subject through the front decision to another, it is interpreted as a denial of self. Here, I think the discourse of curriculum integration as a possible other, which can be interpreted as opposed to one for each subject, and therefore a threat to Geography. The strategic move aimed at understanding this translation was made through the textualization approach to this policy, by interleaving the theoretical corpus of texts to Parameters, Curriculum Guidelines for Secondary Education and interviews with leaders, researchers and consultants involved in the production of policy. These empirical elements are read as moments of political, as distinct contexts of response (s), who seek to supplement the lack of the subject than you want to be. Having interdisciplinarity as one of the means by which it means the curriculum integration in the humanities, where the geography is inserted, I discuss how this is translated by significant disciplinary people of Geography. A translation, response to the threat of another, unknown, which is interpreted as something that exposes the subjectivity, the people of Geography, at risk. In light of the fears put, tuned for a performance of attempted shielding against another. Such expression is understood as the translation of interdisciplinarity as characteristic of Geography, as its own features, such as herself. I conclude by drawing attention to what they interpret as a struggle for stabilization of antagonism between integration and discipline (Geography), and I focus on the translation of the other senses as a possibility to exist and, in this reading, stating a property that is provisionally as what is supposed to be questioned by others, something that depends on to continue
Palavras-chave: Curriculum policies
Geography Teaching
Curricular integration
Discourse Theory
Deconstruction
Translation
Políticas de Currículo
Ensino de Geografia
Integração curricular
Teoria do Discurso
Desconstrução
Tradução
Geografia (Ensino médio)
Currículos
Educação Estudo e Ensino
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::CURRICULO::CURRICULOS ESPECIFICOS PARA NIVEIS E TIPOS DE EDUCACAO
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: COSTA, Hugo Heleno Camilo. O Povo Disciplinar de Geografia e a Tradução na Política de Currículo. 2013. 142 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10654
Data de defesa: 4-Jul-2013
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação

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