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Tipo do documento: Dissertação
Título: O amor no spinozismo e a política do comum
Título(s) alternativo(s): Love in spinozism and the politics of the common
Autor: Ramos, Gabriella Lange 
Primeiro orientador: Lisboa, Ivair Coelho
Primeiro membro da banca: Maciel Junior, Auterives
Segundo membro da banca: Arêas, James Bastos
Resumo: No plano de imanência de Spinoza, o amor é afeto expressivo de uma diferença que marca o trânsito a estados de maior perfeição ou realidade. A partir da compreensão do princípio de univocidade, a imanência se expressa na produção de diferenças. O amor de Deus serve como guia para a vida política conduzida pela razão. Não um Deus personalizado, mas como nome da potência (potentia). Se a multidão compreende adequadamente sua própria essência como direito ou potência natural de resistir à dominação e de se auto-organizar em liberdade, o amor surge como força vital de constituição do comum e leva à invenção de formas cada vez mais aperfeiçoadas de vida. A democracia emerge, por sua vez, como o mais natural dos regimes políticos, porque é o que mais convém com a natureza dos homens guiados pela razão. Assim, nas redes e nas ruas a multidão exercita a liberdade quando promove encontros alegres entre as singularidades que a compõem. Ao lado de um conhecimento adequado para a produção de graus maiores de liberdade, surge uma espécie de amor da multidão por sua própria essência ou potência, ou seja, a afirmação em si mesma da diferença, da abertura e da multiplicidade. Aqui, os afetos passivos que são promovidos pelas relações de dominação, como o medo, o ódio e a esperança, devem ceder lugar aos afetos ativos do amor à liberdade necessária para diferir-se. A alegria da multidão, enfim, deriva de sua potência ativa de criar formas de vida comum a partir da composição de singularidades múltiplas. No seio da produção biopolítica contemporânea, surgem novos horizontes para o combate de resistência e criação conjunta contra as formas de vida submetidas à servidão. Seguindo principalmente a linhagem spinozista de Antonio Negri e Gilles Deleuze, explora-se aqui as condições da experiência real que determinam a possibilidade de uma ética política do amor na contemporaneidade.
Abstract: On Spinoza s plane of immanence, love is an affective expression of a difference that marks the passage to greater states of perfection or reality. From the understanding of the principle of univocity, immanence is expressed in the production of differences. The love of God serves as a guide to the political life driven by reason. Not a personal God, but God as the name of power (potentia). If the multitude properly understands its own essence as right or natural power to resist domination and self-organize in freedom, love arises as vital force to the constitution of the common and leads to the invention of ever more perfected ways of life. Democracy emerges, in turn, as the most natural of political regimes, for it is the one that better suits the nature of men guided by reason. Thus, in networks and in the streets the multitude exercises freedom when it promotes joyful meetings between the singularities that comprise it. Beside a proper knowledge to the production of larger degrees of freedom, there is a kind of love from the multitude by its very essence or power, ie, the affirmation in itself of difference, openness and multiplicity. Here, passive affections that are promoted by the relations of domination, such as fear, hatred and hope, must give way to active affections of the love of freedom to differ. The joy of the multitude, finally, derives from its active power to create forms of common life from the composition of multiple singularities. Within the contemporary biopolitical production, there are new horizons to the struggle of resistance and joint creation against forms of life submitted to servitude. Especially following the spinozist lineage of Antonio Negri and Gilles Deleuze, the present work explores the conditions of the real experience that determine the possibility of an ethical politics of love nowadays.
Palavras-chave: Love
Common
Democracy
Multitude
Power
Amor
Comum
Democracia
Multidão
Potência
Spinoza, Benedictus de, 1632-1677 - Filosofia
Amor - Filosofia
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citação: RAMOS, Gabriella Lange. O amor no spinozismo e a política do comum. 2015. 83 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia Moderna e Contemporânea) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12265
Data de defesa: 4-Fev-2015
Aparece nas coleções:Mestrado em Filosofia

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