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Tipo do documento: Dissertação
Título: Wittgenstein e a gramática da consciência
Título(s) alternativo(s): Wittgenstein and the grammar of consciousness
Autor: Gurgel, Diogo de França 
Primeiro orientador: Barbosa, Ricardo José Corrêa
Primeiro membro da banca: Rodrigues, Fernando Augusto da Rocha
Segundo membro da banca: Videira, Antonio Augusto Passos
Resumo: O trabalho que se segue tem por fim evidenciar e solucionar certas dificuldades a que fica exposto o argumento da linguagem privada, apresentado em obras da chamada segunda fase do pensamento de Wittgenstein, uma vez que se demonstra a fundação necessária desse argumento na tese de que o aprendizado da linguagem tem por base práticas de treinamento. Ao explicar como é possível que nosso vocabulário psicológico tenha efetivamente sentido em nossa linguagem, Wittgenstein critica a idéia de que palavras como dor e frio adquirem seu significado por atos de introspecção e afirma que a concepção de que a linguagem funciona de modo meramente descritivo é decorrente de uma série de equívocos filosóficos. Seguindo essa linha de argumentação, Wittgenstein apresenta a tese de que as técnicas de emprego de nosso vocabulário psicológico teriam por base certos treinamentos em que aprendemos a substituir comportamentos pré-linguísticos por comportamentos lingüísticos, com, por exemplo, a substituição do grito pela enunciação de sentenças como Eu tenho dor . A hipótese que se defende na presente pesquisa é de que tal tese que denomino tese do uso expressivo da linguagem talvez possa ser suficiente para explicar a gramática de palavras como dor e frio , mas não o é para explicar a gramática de palavras cujos significados não remontam a nenhum comportamento peculiar. Esse é o caso da palavra consciência , um claro exemplo de expressão amplamente empregada na linguagem corrente e também muito cara aos estudos tradicionais de epistemologia e metafísica que não pode ter seu aprendizado explicado pelos argumentos apresentados por Wittgenstein nas Investigações Filosóficas. Tendo-se exposto a dificuldade e demonstrado-se que sua solução não pode ser encontrada na obra citada, procura-se resolvê-la com base na última obra de Wittgenstein, intitulada Sobre a Certeza, onde estão expostas idéias até então inéditas acerca do caráter indubitável de certas proposições em determinados jogos de linguagem e da possibilidade de enunciação de regras.
Abstract: The aim of this dissertation is to point out and solve certain difficulties concerning the private-language argument as it is approached in Wittgenstein s later philosophy. These difficulties arise because the private-language argument rests upon the view that our learning a language relies on practices that function as drills. Based on this view, when it comes to explain how it could be possible for our psychological vocabulary to have sense, Wittgenstein criticizes the idea that words such as pain and cold acquire their meanings thanks to acts of introspection and claims that the philosophical conceptions that assume that language works in a barely descriptive way are pervaded by several philosophical misunderstandings. Contrary to these theories, Wittgenstein argues that the techniques of employment of our psychological vocabulary draw on some trainings that lead us to replace our natural or pre-linguistic behaviour by a linguistic one, e.g. the replacement of a shouting by the uttering of a proposition like I have pain . My point is that Wittgenstein s view, which I call here the thesis of the expressive use of language , is adequate to account for the grammar of words like pain and cold , but that it may not hold for an explanation of the grammar of a word whose meaning is not attached to any particular behaviour. A clear example of such a word is the expression consciousness , so current in the ordinary language and so precious to the traditional studies of epistemology and metaphysics. Having pointed to this problem and shown that it lacks a solution in the Philosophical Investigations, I advance the thesis that one may solve it if one considers Wittgenstein s last work, called On Certainty. In this writing, he develops new ideas concerning the undoubtedness of particular propositions in some language games and the possibility of enunciation of rules that may bring light to the difficulties presented here.
Palavras-chave: Language
Drill
Grammar
Consciousness
Rule
Linguagem
Treinamento
Gramática
Consciência
Regra
Wittgenstein, Ludwig, 1889-1951
Teoria do conhecimento
Linguagem Filosofia
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citação: GURGEL, Diogo de França. Wittgenstein e a gramática da consciência. 2008. 107 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia Moderna e Contemporânea) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12278
Data de defesa: 16-Jan-2008
Aparece nas coleções:Mestrado em Filosofia

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