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Tipo do documento: Tese
Título: Correlação entre o epitélio duodenal, marcadores inflamatórios, fibrose hepática e microbiota intestinal em pacientes com diferentes graus de tolerância à glicose e adiposidade corporal
Título(s) alternativo(s): Correlation between duodenal epithelium, inflammatory markers, liver fibrosis and intestinal microbiota in patients with different degrees of glucose tolerance and body adiposity
Autor: Lopes, Fernanda de Azevedo Marques 
Primeiro orientador: Aguiar, Luiz Guilherme Kraemer de
Primeiro membro da banca: Perez, Renata de Mello
Segundo membro da banca: Tavares, Ana Beatriz Winter
Terceiro membro da banca: Souza, Heitor Siffert Pereira de
Quarto membro da banca: Oigman, Wille
Resumo: Ainda é pouco conhecido o papel da microbiota intestinal (MI) e sua relação com determinadas comorbidades em estudos clínicos. Parece-nos bastante promissor supor que a disregulação da MI, associada às alterações morfofuncionais do epitélio intestinal e consequente maior permeabilidade da mucosa ao LPS (lipopolissacarídeo), deflagraria o gatilho necessário ao estabelecimento da inflamação sistêmica de baixo grau intimamente associada à resistência insulínica e ao fenótipo inflamatório do obeso. Neste estudo transversal, investigamos as associações entre marcadores séricos inflamatórios, morfofuncionalidade e microbiota intestinais e o grau de esteatose/fibrose hepáticas em indivíduos com diferentes graus de tolerância à glicose e de adiposidade corporal. Quarenta e seis indivíduos com índice de massa corporal entre 20 e 40 kg/m2, disglicêmicos ou não, foram distribuídos nos grupos controle (C), obeso (OB) e obeso com diabetes (OBD). Avaliamos o perfil inflamatório e bioquímico através de dosagens séricas, que foram realizadas nos tempos basal, 30 e 60 minutos após ingestão de refeição padrão. As amostras do epitélio intestinal foram coletadas por meio de biópsias duodenais na endoscopia digestiva alta, tendo sido estudadas as expressões proteicas (Western-blot) da miosina, fosfomiosina, relação fosfomiosina: miosina e β-actina, além da análise da vilina (imunohistoquímica) e atividade da fosfatase alcalina intestinal (ensaio enzimático). Para avaliação do grau de fibrose e esteatose hepáticas utilizamos o FibroScan® e, por fim, a análise da microbiota fecal por técnica de PCR (reação em cadeia de polimerase). O LPS se relacionou diretamente com os índices de adiposidade corporal, assim como os demais marcadores inflamatórios (fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), proteína de ligação ao LPS (LBP), interleucina-6 (IL-6) e ferritina. Além disso, houve uma relação inversa do LPS no tempo 60 minutos com a espessura total do epitélio intestinal e altura do vilo. Ainda em relação ao epitélio intestinal, a β-actina foi a proteína estrutural com maior relevância, sendo inversamente relacionada ao IMC, aos marcadores de resistência insulínica, às provas de função hepáticas e aos índices de elastografia. A fosfatase alcalina intestinal (FAI) seguiu padrão semelhante, também sendo inversamente relacionada à glicose, hemoglobina glicada e gamaglutamil transferase. A microbiota intestinal apresentou grande variabilidade individual, não sendo possível correlacionar qualquer filo à parâmetros específicos no presente estudo. Na comparação entre os grupos, não observamos diferenças entre o LPS, proteínas estruturais, análises histomorfométricas e microbiota intestinal. A atividade da FAI foi maior no grupo C, comparado ao OBD, sendo o oposto dos índices de fibrose e esteatose hepáticas, mais significantes no grupo OBD, conforme esperado. De forma importante, demonstramos que a fosfatase alcalina intestinal se encontra mais ativa em indivíduos magros, em comparação aos obesos. Além disso, encontramos associações entre esta e os marcadores de resistência insulínica. Observamos tam bém o provável papel protetor da β-actina e a relação entre determinadas variáveis histomorfométricas e o LPS. Por fim, os objetivos principais desta pesquisa foram concluídos, pois conseguimos comprovar que existem associações entre os parâmetros estudados e constatamos que o epitélio intestinal pode estar alterado no fenótipo inflamatório presente na obesidade e na disglicemia, independente do perfil microbiano intestinal. Tais dados merecem ser investigados futuramente, a fim de permitir melhor entendimento na fisiopatologia da obesidade e de algumas de suas comorbidades.
Abstract: The role of the intestinal microbiota (MI) and its relationship to certain comorbidities in clinical studies is still poorly understood. It seems promising to us that the dysregulation of MI, associated with morphofunctional changes in the intestinal epithelium and consequent increased mucosal permeability to LPS (lipopolysaccharide), would trigger the necessary trigger for the establishment of low-grade systemic inflammation closely associated with insulin resistance and inflammatory phenotype of the obese. In this cross-sectional study we investigated the associations between inflammatory serum markers, morphofunctionality and intestinal microbiota and the degree of hepatic steatosis / fibrosis in individuals with different degrees of glucose tolerance and body adiposity. Forty-six individuals with a body mass index between 20 and 40 kg / m2, dysglycemic or not, were distributed in the control (C), obese (OB) and obese (OBD) groups. We evaluated the inflammatory and biochemical profile through serum dosages, which were performed at baseline, 30 and 60 minutes after standard meal intake. The intestinal epithelial samples were collected by means of duodenal biopsies in upper digestive endoscopy. The myosin, phosphomyosin, phosphosiosine, myosin and β-actin protein expression (Western blot) and myelin (immunohistochemistry) and intestinal alkaline phosphatase activity (enzyme assay). In order to evaluate the degree of hepatic fibrosis and steatosis, we used FibroScan® and, finally, fecal microbiota analysis by PCR (polymerase chain reaction). LPS was directly related to body fat index, as well as other inflammatory markers (tumor necrosis factor alpha (TNF-α), LPS binding protein (LBP), interleukin-6 (IL-6) and ferritin. In addition, there was an inverse relationship of the LPS in the time 60 minutes with the total thickness of the intestinal epithelium and height of the villi. Still in relation to the intestinal epithelium, β-actin was the most important structural protein, being inversely related to BMI, markers of insulin resistance, hepatic function tests and elastography indices.Intestinal alkaline phosphatase (IAF) followed a similar pattern, also being inversely related to glucose, glycated hemoglobin and gamma globulin transferase. The intestinal microbiota presented great individual variability and it was not possible to correlate any phyla to the specific parameters in the present study. In the comparison between the groups, we did not observe differences between LPS, structural proteins, histomorphometric analyzes and intestinal microbiota.The activity of FAI was higher in group C, compared to OBD, being the opposite of hepatic fibrosis and steatosis indexes, more significant in the OBD group, as expected. Importantly, we demonstrated that intestinal alkaline phosphatase is more active in lean individuals compared to obese individuals. In addition, we found direct associations between this and markers of insulin resistance. Opposite to this, we observed the probable protective role of β-actin and the relationship between certain histomorphometric variables and LPS, demonstrating that the intestinal epithelium may be altered in the inflammatory phenotype present in the metabolic syndrome. Finally, the main objectives of this research were concluded, since we could verify that there are associations between the studied parameters and we verified that the intestinal epithelium may be altered in the inflammatory phenotype present in obesity and dysglycemia, independent of the intestinal microbial profile. Such data deserve to be investigated in the future, in order to allow a better understanding of the pathophysiology of obesity and some of its comorbidities.
Palavras-chave: Obesity
Microbiota
Intestinal permeability
DHGNA
Obesidade
Microbiota
Permeabilidade Intestinal
DHGNA
Obesidade
Micobiota
Resistência à insulina
Cirrose hepática
Adiposidade
Mediadores de inflamação
Biomarcadores
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::GASTROENTEROLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: LOPES, Fernanda de Azevedo Marques. Correlação entre o epitélio duodenal, marcadores inflamatórios, fibrose hepática e microbiota intestinal em pacientes com diferentes graus de tolerância à glicose e adiposidade corporal. 2018. 181 f. Tese (Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12567
Data de defesa: 28-Jun-2018
Aparece nas coleções:Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental

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