Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12576
Tipo do documento: Tese
Título: Fogacho como marcador de risco cardiovascular na pós-menopausa recente: efeitos de tratamentos não hormonais
Título(s) alternativo(s): Hot flush as a marker of cardiovascular risk in recent postmenopause: effects of non-hormonal treatments
Autor: Rech, Ciciliana Maíla Zilio 
Primeiro orientador: Clapauch, Ruth
Primeiro membro da banca: Aguiar, Luiz Guilherme Kraemer de
Segundo membro da banca: Nardi, Antonio Egídio
Terceiro membro da banca: Ognibene, Dayane Teixeira
Quarto membro da banca: Cardoso, Claudia Regina Lopes
Resumo: Neste ensaio clínico duplo cego, os efeitos de tratamentos não hormonais para os fogachos sobre a função endotelial, componente autonômico e pressórico da função vascular de mulheres na pós-menopausa recente foram investigados, através do uso da paroxetina na dose de 7,5 mg/dia e de placebo. Também avaliou-se os efeitos de ambos sobre sonolência diurna, qualidade do sono e percepção de estresse. Foram incluídas 142 pacientes (72 no grupo paroxetina e 70, no grupo placebo). A função endotelial foi avaliada por pletismografia de oclusão venosa (POV), o componente autonômico, por eletrocardiografia (ECG) de 10 minutos e a pressão arterial, através de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Sonolência diurna, qualidade do sono e percepção de estresse foram avaliados pela Escala de Sonolência de Epworth (ESS-BR), pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) e pela Escala de Estresse Percebido (PSS), respectivamente. Também foram avaliados os níveis de estradiol (E2) e sex hormone-binding globulin (SHBG). Houve redução significativa dos fogachos tanto no grupo paroxetina quanto no grupo placebo; entretanto, menores níveis de E2 (pré-tratamento no grupo paroxetina comparado ao grupo placebo; pós intervenção nos dois grupos, mais importante no grupo placebo, comparados ao basal) se refletiram em menores fluxos à hiperemia reativa, a despeito da redução dos fogachos em ambos os grupos. Ainda, o delta de E2 apresentou correlação direta significativa com os deltas absoluto e relativo do fluxo basal e com os deltas do fluxo pós-hiperemia reativa na amostra total. Após ajuste para os níveis de E2, a correlação inversa da nota dos fogachos com a média do fluxo pós hiperemia reativa na amostra total não manteve significância estatística e houve perda da correlação direta inicialmente observada entre nota de fogachos e pressão arterial sistólica (PAS) média do sono na amostra total. Houve no grupo paroxetina aumento dos componentes parassimpáticos HF e pNN50 à análise da variabilidade da frequência cardíaca e aumento da vasodilatação endotélio-independente à POV. Houve redução significativa dos sintomas psíquicos e do Índice de Kupperman-Blatt (IKB) além de melhora da qualidade do sono pelo PSQI- BR em ambos os grupos, porém aumento significativo das horas de sono ocorreu apenas no grupo placebo, à avaliação subjetiva. Aumento significativo de índice de massa corporal (IMC) ocorreu no grupo paroxetina, entretanto, não foi acompanhado de aumento na circunferência abdominal (CA). Em relação aos demais efeitos colaterais relatados, não houve diferenças significativas entre os grupos. Em conclusão, a redução dos fogachos per se não melhorou a função endotelial tornando pouco provável que o sintoma vasomotor em si seja o responsável direto pela disfunção endotelial. A redução dos fogachos pareceu ocorrer por efeito predominante no sistema nervoso central. Os níveis de E2 pareceram ser os responsáveis pela função endotelial neste estudo. Diferentemente do placebo, a paroxetina pareceu modular o sistema nervoso autônomo através do aumento do tônus parassimpático, o que pode trazer algum beneficio além da mera redução de sintomas em mulheres na pós-menopausa.
Abstract: In this double-blind clinical trial, the effects of non-hormonal treatments for hot flushes on endothelial function, autonomic and blood pressure components of women's recent postmenopausal vascular function were investigated through the use of paroxetine at a dose of 7.5 mg / day and placebo. The effects of both on daytime sleepiness, sleep quality and perceived stress were also evaluated. A total of 142 patients (72 in the paroxetine group and 70 in the placebo group) were included. The endothelial function was evaluated through venous occlusion plethysmography, the autonomic component, through electrocardiography (ECG) of 10 minutes and blood pressure through 24-hour ambulatory blood pressure. Daytime sleepiness, sleep quality, and self perceived stress were assessed through Epworth Sleepiness Scale (ESS-BR), Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR) and Perceived Stress Scale (PSS), respectively. The levels of estradiol (E2) and sex hormone-binding globulin (SHBG) were also evaluated. There was a significant reduction in hot flashes in both groups; however, lower levels of E2 (pre-treatment in the paroxetine group compared to the placebo group; post intervention in the two groups, more important in the placebo group, compared to the baseline assessment) were reflected in lower reactive hyperemia flows, despite the reduction of hot flushes in both groups. Also, the E2 delta presented a significant direct correlation with the absolute and relative deltas of the basal flow and with the deltas of the reactive hyperemia flow in the total sample. After adjusting for E2 levels, the inverse correlation of the hot flushes with the mean hyperemia reactive flow in the total sample did not maintain statistical significance and there was a loss of the direct correlation initially observed between the hot flashes subjective score and the mean sleep systolic blood pressure in the total sample. In the paroxetine group, the parasympathetic HF and pNN50 components increased so as endothelial-independent vasodilation did at plethysmography. There was a significant reduction of psychic subjective score symptoms and Kupperman-Blatt Index (IKB) in addition to improvement of PSQI-BR sleep quality in both groups, but a significant increase in sleep hours occurred only in the placebo group, at subjective evaluation. Significant increase in body mass index (BMI) occurred in the paroxetine group, however, it was not followed by an increase in waist circumference (WC). In relation to the other reported side effects, there were no significant differences between the groups. In conclusion, the reduction of hot flushes did not improve endothelial function, making it unlikely that the vasomotor symptom itself is directly responsible for endothelial dysfunction. The reduction of the hot flushes seemed to occur predominantly by effect on the central nervous system. E2 levels appeared to be responsible for endothelial function in this study. Unlike placebo, paroxetine appeared to modulate the autonomic nervous system by increasing parasympathetic tonus, which may bring some benefit beyond the mere reduction of symptoms in postmenopausal women.
Palavras-chave: Menopause
Cardiovascular risk
Hot flushes
Endothelial dysfunction
Blood pressure
Paroxetine
Estradiol
Heart rate variability
Sistema cardiovascular Doenças Fatores de risco
Menopausa Metabolismo
Menopausa
Risco cardiovascular
Fogachos
Disfunção endotelial
Pressão arterial
Paroxetina
Estradiol
Variabilidade da frequência cardíaca
Fogachos
Paroxetina Uso terapêutico
Placebo Uso terapêutico
Método Duplo-Cego
Pós-menopausa Metabolismo
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::ENDOCRINOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: RECH, Ciciliana Maíla Zilio. Fogacho como marcador de risco cardiovascular na pós-menopausa recente: efeitos de tratamentos não hormonais. 2019. 95 f. Tese (Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12576
Data de defesa: 19-Mar-2019
Aparece nas coleções:Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Ciciliana Maila Zilio Rech Tese completa.pdf1,84 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.