Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12583
Tipo do documento: Tese
Título: Influência dos fatores de risco tradicionais e não-tradicionais na prevalência da doença renal do diabetes no diabetes tipo 1
Título(s) alternativo(s): The influence between traditional and non traditional risk factors and the prevalence of diabetic kidney disease in type 1 diabetes
Autor: Pizarro, Marcela Haas 
Primeiro orientador: Gomes, Marilia de Brito
Primeiro membro da banca: Bregman, Rachel
Segundo membro da banca: Pôrto, Luís Cristóvão de Moraes Sobrino
Terceiro membro da banca: Carneiro, João Régis Ivar
Resumo: Esse estudo analisa a associação entre a presença de doença renal crônica e níveis séricos mais elevados de ácido úrico, cor auto-referida e ancestralidade em pacientes com diabetes tipo 1. A tese inclui dois artigos, ambos com dados de estudos multicêntricos, com pacientes de todas as regiões geográficas do Brasil. Inicialmente, 1760 pacientes compuseram a amostra dos dois estudos. Os indivíduos responderam a questionários com dados clínicos e realizaram exames laboratoriais e avaliação médica com coleta de dados antropométricos. Esse estudo usou a fórmula de CKD-EPI para estimar a taxa de filtração glomerular (TFG) em adultos e avaliou a albuminúria através de uma amostra isolada de urina coletada pela manhã, classificando os pacientes em: normoalbuminúria (albumina urinária <30mg/dl) e presença de albuminúria (albumina urinária &#8805; 30mg/dl). Dois subgrupos compõem o estudo: Pacientes com função renal normal (TFG &#8805; 60 ml/min e ausência de albuminúria) e pacientes com função renal alterada (TFG <60ml/min ou presença de albuminúria). O estudo avaliou as etnias através de da cor auto-referida e a ancestralidade genômica atráves do uso de Ancestry Informative Markers (AIMs). No primeiro artigo, a análise dos dados mostra que níveis mais elevados de ácido úrico foram associados a menor TFG mesmo quando avaliados os pacientes do grupo da função renal normal. Cada aumento de 1mg/dl nos valores de ácido úrico sérico resultavam em uma diminuição de 4.11ml/min da TFG. No segundo artigo, mais pacientes se auto-declararam negros e pardos no grupo com disfunção renal, mas a análise multivariada não encontrou nenhuma associação entre categorias de cor auto-referida e a presença de doença renal crônica. A análise univariada demonstrou que um maior percentual de ancestralidade africana foi associado a uma chance mais elevada de apresentar doença renal crônica, mas a análise multivariada não confirmou essa associação após o ajuste por fatores de confundimento. A conclusão do primeiro artigo foi de que existe uma associação entre níveis mais elevados de ácido úrico sérico e uma menor TFG, mesmo em pacientes com função renal ainda normal. Isso sugere que os níveis séricos elevados de ácido úrico não devem ser totalmente atribuídos à diminuição da TFG. O segundo artigo concluiu que não existe associação entre nenhuma categoria de cor auto-referida ou entre uma maior ancestralidade africana e uma maior chance do paciente apresentar doença renal crônica. Os pacientes são extremamente miscigenados, com baixa porcentagem de ancestralidade africana em comparação com outras populações, o que pode justificar essa ausência de associação. Novos estudos sobre a associação de novos fatores de risco ou sobre fatores de risco já previamente estudados são extremamente importantes pois auxiliam na prevenção ou na diminuição da progressão de uma das complicações do diabetes com maior morbimortalidade, que é a doença renal do diabetes.
Abstract: This dissertation analyses the association between the presence of chronic kidney disease (CKD) and elevated serum uric acid levels, self-reported color race, and genomic ancestry in patients with type 1 diabetes. This dissertation includes two articles, both analyzing data from multicenter, cross-sectional studies, with patients from all geographic areas of Brazil, that initially included 1760 patients. The studies used questionnaires to collect clinical data of the patients, as well as a clinical examination with the evaluation of anthropometric data and laboratory tests. Renal function was estimated by the CKD-EPI formula in adults and was expressed as the glomerular filtration rate (GFR). Albuminuria concentration was measured from a morning urine sample. The presence of albuminuria was defined as albuminuria &#8805; 30mg/dl. The studies divided the patients into two groups: Normal renal function group (GFR &#8805; 60 ml/min and the absence of albuminuria) and the CKD group (GFR <60ml/min and/or the presence of albuminuria). The second study classified patients according to self-reported color race and used autosomal Ancestry Informative Markers (AIMs) to infer the genomic ancestry (GA). The GA was expressed as percentages, with the sum of European, African and Native Amerindians equaling 100%. In the first study, the multivariate analysis revealed an association between higher levels of uric acid and lower GFR, even in patients in the normal renal function group. Every 1mg/dl increase in the levels of serum uric acid was associated with a decrease in 4.11ml/min in the GFR. The second study revealed that more patients self-reported themselves as Black and Brown in the CKD group than in the normal renal function group. However, self-reported color-race was not associated with CKD in the multivariate analysis. The binary logistic regression used to evaluate the relationship between African GA and renal function showed a significant association between a higher African ancestry and CKD. However, a multivariate logistic regression between African GA and CKD, after the adjustment for confounding factors, did not confirm this association. The conclusion of the first study is that higher levels of serum uric acid were associated with a lower GFR, even in patients from the normal function group. The second study concluded that self-reported color race or a higher African GA were not associated with CKD after adjustments. This can possibly be explained, at least in part, by the low percentage of African ancestry that the study encountered, indicating that our population is extremely admixed and should be compared to other populations with caution. Further studies should be conducted to better evaluate the relationship between new risk factors and even between known risk factors associated with diabetic kidney disease since it is a complication associated with an elevated morbi-mortality, high cardiovascular risk, and an excessive burden to the health care system.
Palavras-chave: Type 1 diabetes
Uric acid
Self-reported color race
Genomic ancestry
Diabetic kidney disease
Diabetes tipo 1. Ácido úrico
Cor auto-referida
Ancestralidade genômica
Doença renal do diabetes
Rins doença
Diabetes mellitus tipo 1
Nefropatias diabéticas
Ácido úrico
Genética de populações
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::ENDOCRINOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: PIZARRO, Marcela Haas. Influência dos fatores de risco tradicionais e não-tradicionais na prevalência da doença renal do diabetes no diabetes tipo 1. 2019. 73 f. Tese (Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12583
Data de defesa: 10-Set-2019
Aparece nas coleções:Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Marcela Haas Pizarro Tese completa.pdf3,37 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.