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Tipo do documento: Tese
Título: Avaliação da presença da apneia obstrutiva do sono na doença renal crônica em pacientes na fase pré-diálise
Título(s) alternativo(s): Evaluation of the presence of obstructive sleep apnea in chronic renal disease in patients in the pre-dialysis phase
Autor: Loivos, Claudio Pinheiro 
Primeiro orientador: Bregman, Rachel
Primeiro coorientador: Kaiser, Sergio Emanuel
Primeiro membro da banca: Brandão, Andréa Araujo
Segundo membro da banca: Klein, Márcia Regina Simas Torres
Terceiro membro da banca: Salles, Gil Fernando da Costa Mendes de
Quarto membro da banca: Siqueira Filho, Aristarco Gonçalves de
Resumo: Introdução: Doença cardiovascular (DCV) é encontrada frequentemente em portadores de doença renal crônica (DRC). Hipertensão arterial (HA) e DCV se relacionam com apneia obstrutiva do sono (AOS), que é mais frequente em pacientes em hemodiálise. A frequência da AOS, sua relação com DCV e progressão da DRC não é conhecida. Objetivo: Investigar a presença da AOS na DRC, sua relação com alterações eletrocardiográficas, pressão arterial (PA), rigidez arterial e desfechos cardiovasculares (CVs) ou renais. Métodos: Estudo longitudinal (24 meses), envolvendo 74 pacientes com DRC estágios 3b e 4. Taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) pela equação CKD-EPI. Estudo do sono: equipamento portátil Watch-PAT200®. Diagnóstico da AOS: índice apneia-hipopneia (IAH; nº de eventos/h) ≥ 5 ≤ 15, leve; > 15 ≤ 30, moderada; > 30, grave. Medida da PA: consultório e monitorização ambulatorial (MAPA); eletrocardiograma (ECG); velocidade da onda de pulso (VOP; Complior Analyse®. Desfechos: morte por todas as causas, evento cardiovascular ou renal (progressão para terapia renal substitutiva). Análise estatística: software STATA versão 12.0. Resultados: Média ± DP. Idade: 63 ± 9 anos, 55% masculino, TFGe: 29 ± 8 ml/min/1,73m2. AOS ausente em 31% da população (grupo SEM, n=23) e presente em 69% (grupo COM, n=51); 49% forma leve, 35% moderada e 16% grave. No ECG o intervalo PR máximo e a onda P máxima (P Máx) foram maiores no grupo COM. A onda P Máx e a dispersão da onda P se correlacionaram com o IAH, índice de distúrbios respiratórios (IDR) e índice de dessaturação do oxigênio. A PA sistólica foi maior no grupo COM, no consultório e na MAPA, e teve correlação com IAH em todos os períodos. A AOS foi mais presente nos pacientes com HAS resistente. O grupo COM apresentou maior frequência de HAS resistente, sustentada e noturna. A VOP foi maior naqueles com AOS moderada e grave. Desfechos: 1 acidente de carro; sem desfechos (n=60); desfechos CVs (n=6); desfecho renal (n=7). Todos os pacientes com desfechos CVs estavam no estágio 4 e apresentavam AOS. Naqueles com desfecho renal apenas 43% apresentavam AOS leve. Comparando-se os grupos (sem desfechos, desfecho CV e desfecho renal) a TFGe foi maior e proteinúria menor naqueles sem desfechos. Intervalo PR e onda P Máx foram maiores no grupo com desfechos CVs, e o risco de aumento do intervalo PR foi maior mesmo após ajustes para fatores de confundimento. A PA diastólica matinal foi maior no grupo com desfecho CV. Conclusão: Portadores de DRC estágios 3b e 4 apresentam alta frequência de AOS, mas esta não aumentou a mortalidade por causa CV. Entretanto, a AOS se associou com: alterações eletrocardiográficas específicas; maior prevalência de alterações da PA apesar do uso de maior número de drogas anti-hipertensivas; e maior rigidez arterial. Isso sugere que a associação de AOS potencializa o risco de DCV, na DRC. Portanto, a presença da AOS pode ser considerada fator de risco modificável na prevenção de eventos cardiovasculares em portadores de DRC.
Abstract: Introduction: Cardiovascular diseases (CVD) are common in patients with chronic kidney disease (CKD). Hypertension (H) and CVD are related to obstructive sleep apnea (OSA), the latter being more frequent in hemodialysis patients. The frequency of OSA, its relation with CVD and the progression of CKD are unknown. Objective: To investigate the presence of OSA in CKD patients, and the relation with electrocardiographic alterations, blood pressure (BP), arterial stiffness and cardiovascular (CV) or renal outcomes. Methods: Longitudinal study (24 months), 74 CKD patients stages 3b and 4. Glomerular filtration rate was estimated (eGFR) by the CKD-EPI equation. Sleep study with portable Watch-PAT200®. Diagnosis of OSA: apnea-hypopnea index (AHI) ≥ 5 ≤ 15, mild; > 15 ≤ 30, moderate; > 30, severe. BP evaluated in the office and ambulatory BP monitoring (ABPM); electrocardiogram (ECG), pulse wave velocity (PWV; Complior Analyse®). Outcomes: all-cause mortality, cardiovascular events (CV) or renal event (progression to renal replacement therapy). Statistic: software STATA 12.0. Results: Mean ± SD. Age: 63 ± 9 years, 55% male; eGFR: 29 ± 8 ml / min / 1.73m2. OSA was absent in 31% of the population (WITHOUT group, n = 23) and present in 69% (WITH group, n = 51): 49% mild, 35% moderate, 16% severe. ECG showed: maximum PR (PR max) interval and maximum P wave (P max) higher in the WITH group. The P max wave and P wave dispersion correlated positively with AHI, respiratory distress index and oxygen desaturation index. Systolic BP was higher in the WITH group, in the office and in the ABPM in all periods. The WITH group presented a higher frequency of resistant, sustained and nocturnal H. PWV was higher in subjects with moderate and severe OSA. Outcomes: one death by car accident. Without outcomes (n = 60), with CV outcomes (n = 6) and with renal outcome (n = 7). All individuals with CV outcomes presented OSA, while it was only present in 43% with renal outcome. Comparing the groups without outcomes, with CV and renal outcomes, we observed higher eGFR and lower proteinuria in those without outcomes. Regarding the PR interval and the P max wave, the values were higher in the group with CV outcomes. Additionally those with CV outcomes presented a higher risk for increased PR interval even after adjusting for confounding factors. Diastolic morning BP was also higher in the group with CV outcomes. Conclusion: CKD patients stages 3b and 4 present a high frequency of OSA, but death due to CVD was not observed. However it was associated to: specific electrocardiographic alterations, increased prevalence of hypertension despite the use of a higher number of antihypertensive drugs; and increased arterial stiffness, suggesting that the association of OSA with CKD increases CV risk. Thus, OSA should be considered a modifiable risk factor in the prevention of cardiovascular events in CKD.
Palavras-chave: Obstructive sleep apnea
Chronic kidney disease
Cardiovascular disease
Hypertension
Electrocardiogram
Arterial stiffness
Chronic kidney disease progression
Apneia obstrutiva do sono
Doença renal crônica
Doença cardiovascular
Hipertensão arterial sistêmica
Eletrocardiograma
Rigidez arterial
Progressão da doença renal crônica
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Citação: LOIVOS, Claudio Pinheiro. Avaliação da presença da apneia obstrutiva do sono na doença renal crônica em pacientes na fase pré-diálise. 2018. 126 f. Tese (Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12703
Data de defesa: 28-Fev-2018
Aparece nas coleções:Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental

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