Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14532
Tipo do documento: Dissertação
Título: O que é um pai?: um estudo psicanalítico a partir de uma prática em um Ambulatório de Saúde Mental
Título(s) alternativo(s): ¿lo que es un padre?: un estudio psicoanalitico a partir de una prática em uno Ambulatorio de Salud Mental
Autor: Andrade, Ana Lúcia Freitas de 
Primeiro orientador: Ribeiro, Heloisa Fernandes Caldas
Primeiro membro da banca: Darriba, Vinícius Anciães
Segundo membro da banca: Tironi, Angelica Cantarella
Resumo: A questão que move esta pesquisa surge em um ambulatório público de saúde mental, no dispositivo de grupo terapêutico direcionado a pais que buscavam atendimento para seus filhos. Quando um adulto apresenta uma queixa relacionada a uma criança sob seus cuidados, de que se trata aí? De um problema que acontece com a criança e/ou de uma questão de quem cuida dela? As falas no grupo apontavam um não saber em relação aos filhos, nostalgia pela dissolução do lugar de autoridade tradicional na sociedade em que vivemos e falta norte e orientação quanto ao exercício do cuidado na posição de pais. Deslocando o olhar da queixa dos pais para o mais além que ela portava, foi possível recortar o objeto deste estudo, delimitando-o entorno do lugar de quem cuida de uma criança e sustentar a pergunta o que é um pai? A metodologia de pesquisa envolve a revisão da questão do pai em Freud e Lacan, tomando como limite em relação a este último, a sua construção sobre a metáfora paterna. A pesquisa é orientada (provocada) pelas falas ouvidas no grupo e por dois fragmentos clínicos na escuta aos pais. Vimos que o pai em Freud é um pai que diz não ao gozo do filho enquanto que o pai em Lacan, além do não, diz sim também. A função do pai em Lacan é unir lei e desejo. Se em Freud a lei do pai era a do interdito, em Lacan ela não é automática e cega, admite exceções e o que é particular. A função do pai, no final do ensino de Lacan, aparece como um nó, ligando os três registros. Ocupar-nos do trabalho de pesquisa sobre a função paterna não pretende levar a pensar que se trata aqui de defender nostalgicamente o poder que era atribuído pela tradição ao pai. O esforço busca iluminar alguma coisa que possa funcionar para os sujeitos em questão, como ponto de apoio para o exercício da função paterna e para que se autorizem em nome do seu próprio desejo. Pensar a questão do pai é pensar no verso e reverso a partir de uma demanda: pensar a própria posição sintomática de cada sujeito que é colocado na posição de pai. Como é possível servir-se do pai, deixar-se servir e emprestar-se no exercício dessa função? O aprendizado que se dá a partir do caso que ilustra esta pesquisa é justamente o que nos traz Lacan no final de seu ensino: que a função do pai é de nó, de amarrar os três registros - Real, Simbólico e Imaginário - e que essa função não se dá de qualquer forma, mas, sobretudo na relação de desejo de um homem por uma mulher
Abstract: La cuestión que mueve esta investigación surge en un ambulatorio público de salud mental, en el dispositivo de grupo terapéutico dirigido a padres que buscaban atención para sus hijos. Cuando un adulto presenta una queja relacionada con un niño bajo su cuidado, ¿de qué se trata? ¿De un problema que ocurre con el niño y/o de una cuestión de quién cuida de ella? Lo dicho en el grupo apuntaba a un no saber en relación a los hijos, nostalgia por la disolución del lugar de autoridad tradicional en la sociedad en que vivimos y falta norte y orientación en cuanto al ejercicio del cuidado en la posición de padres. Deslocando la mirada de la queja de los padres hacia más allá de lo que ella portaba, fue posible recortar el objeto de este estudio, delimitándolo alrededor del lugar de quien cuida de un niño y sostener la pregunta ¿lo que es un padre? La metodología de investigación involucra la revisión de la cuestión del padre en Freud y Lacan, tomando como límite en relación a este último, su construcción sobre la metáfora paterna. La investigación es orientada (provocada) por los dichos oídos en el grupo y por dos fragmentos clínicos en la escucha a los padres. Vimos que el padre en Freud es un padre que dice no al goce del hijo mientras que el padre en Lacan, además del no, dice sí también. La función del padre en Lacan es unir la ley y el deseo. Si en Freud la ley del padre era la del interdicto, en Lacan ella no es automática y ciega, admite excepciones y lo que es particular. La función del padre, al final de la enseñanza de Lacan, aparece como un nudo, vinculando los tres registros. Ocuparnos del trabajo de investigación sobre la función paterna no pretende llevar a pensar que se trata aquí de defender nostálgicamente el poder que le atribuía la tradición al padre. El esfuerzo busca iluminar algo que pueda funcionar para los sujetos en cuestión, como punto de apoyo para el ejercicio de la función paterna y para que se autoricen en nombre de su propio deseo. Pensar la cuestión del padre es pensar en el verso y reverso a partir de una demanda: pensar la propia posición sintomática de cada sujeto que se coloca en la posición de padre. ¿Cómo es posible servirse del padre, dejarse servir y prestársele en el ejercicio de esa función? El aprendizaje que se da a partir del caso que ilustra esta investigación es justamente lo que nos trae Lacan al final de su enseñanza: que la función del padre es de nudo, de atar los tres registros - Real, Simbólico e Imaginario - y que esa función no se da de cualquier manera, sino, especialmente en la relación de deseo de un hombre por una mujer
Palavras-chave: Padre
Nombre-del-padre
Función paterna
Nome-do-pai
Função paterna
Psicanálise
Pai
Ambulatório
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::TRATAMENTO E PREVENCAO PSICOLOGICA::INTERVENCAO TERAPEUTICA
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas Públicas
Citação: ANDRADE, Ana Lúcia Freitas de. O que é um pai?: um estudo psicanalítico a partir de uma prática em um Ambulatório de Saúde Mental. 2018. 86 f. Dissertação (Mestrado em Clínica Psicanalítica e Políticas Públicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14532
Data de defesa: 1-Ago-2018
Aparece nas coleções:Mestrado Profissional em Psicanálise e Políticas Públicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Dissert_Ana Lucia Freitas de Andrade.pdf1,04 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.