Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14716
Tipo do documento: Tese
Título: Crias de um (não) lugar: histórias de crianças e adolescentes devolvidos por famílias substitutas
Título(s) alternativo(s): Created in a (non) place: stories of returned children and adolescent by surrogate families
Autor: Lino, Michelle Villaça 
Primeiro orientador: Arantes, Esther Maria de Magalhães
Primeiro coorientador: Brandão, Eduardo Ponte
Primeiro membro da banca: Nascimento, Maria Lívia do
Segundo membro da banca: Santos, Erika Piedade da Silva
Terceiro membro da banca: Scheinvar, Estela
Resumo: Esse trabalho é fruto de uma pesquisa inquietante sobre adoção e devolução de crianças e adolescentes. Seria possível desistir de um filho? A adoção legal asseguraria a legitimação da paternidade e/ou da maternidade? Se a adoção é uma escolha, por que se devolvem filhos? Requerentes habilitados à adoção, ou não, devolvem crianças e adolescentes, pelos mais variados motivos: inadaptação dos membros da nova família; comportamento da criança; descoberta da gravidez da requerente durante período de adaptação; prazo de estágio de convivência prolongado; demora no julgamento da destituição do poder familiar dos genitores da criança; separação dos requerentes, dentre outros argumentos. Devolução: Dar de volta àquilo que não lhe pertence, não lhe serve; algo provisório. Devolvem-se usualmente objetos. Então por que devolver crianças e adolescentes? Seria o filho adotado objeto de consumo? Seria o estágio de convivência prerrogativa legal para verificar se a relação pode ou não dar certo? Enquanto equipe técnica interdisciplinar, estaríamos preparando e acompanhando satisfatoriamente às adoções que nos chegam? Caber-nos-ia essa função? Aqui, devolução foi tratada como forma de desencanto. A romantização da maternidade/paternidade, o medo, a expectativa/frustração são alguns dos fatores que dificultam a legitimação da adoção. Seria esse um motivo plausível para a devolução de uma criança ou de um adolescente? Desencanto? Ao ser devolvida, a criança retorna para a entidade de acolhimento, o abrigo. Esse (não) lugar, criado por lei, deixa claro sua provisoriedade. Seria esse um lugar possível de a criança significar como sendo seu lar? O que é esse (não) lugar? Apenas alguns dos questionamentos que problematizo na tese. Nessa pesquisa vali-me do meu diário de campo para pôr em análise as histórias das crias crianças e adolescente devolvidas por famílias substitutas. O método utilizado foi a análise de implicação, ferramenta da pesquisa intervenção. Por meio dela, coloquei em análise minhas inquietações, implicações e intervenções advindas do meu campo trabalho. Para compreender o conceito de adoção, vali-me da genealogia vez que o ato de adotar existe desde a antiguidade. Porém, seu percurso histórico é descontínuo. E assim, os capítulos foram construídos, como um rizoma. Independentes, porém, conectados. Não vislumbram dar respostas, mas refletir, por em análise, desconstruir e problematizar os (des)caminhos da adoção e das devoluções a partir das histórias e das bagagens desses infantes
Abstract: This work is the result of a disturbing research on adoption and return of children and adolescents. Is it possible to give up a child? Would legal adoption ensure the legitimacy of paternity and / or maternity? If adoption is a choice, why do children return? Requesters qualified for adoption, or not, return children and adolescents, for a variety of reasons: inadaptation of the members of the new family; child behavior; discovery of the applicant's pregnancy during the adjustment period; extended period of coexistence; delays in judging the removal of the family power of the child's parents; separation of applicants, among other arguments. Return: To give back, what does not belong to you, does not serve you; something temporary. Objects are usually returned. So why do give children back? Would be the adopted child the object of consumption? Would be the stage of coexistence legal prerogative to verify whether the relationship may or may not work? As an interdisciplinary technical team, would we be preparing and satisfactorily following the adoptions that come to us?Would this function fit us? Here, devolution was treated as a form of disenchantment. The romanticization of maternity / paternity, fear, expectation / frustration are some of the factors that make it difficult to legitimize adoption. Is this a plausible reason for the return of a child or a teenager? Disenchantment? Upon being returned, the child returns to the host entity, the shelter. This not place, created by law, makes clear its provisionality. Is this a possible place for the child to be home? What is this not place? Only some of the questions that I problematize in the thesis. In this research I used my field journal to analyze the stories of children children and adolescents returned by surrogate families. The method used was the analysis of implication, intervention research tool. Through it, I analyzed my concerns, implications and interventions from my field of work. To understand the concept of adoption, I relied on genealogy rather than the act of adopting it from antiquity. However, its historical course is discontinuous. And so, the chapters were built, like a rhizome. Independent, however, connected.They do not envisage giving answers, but reflect, by analysis, deconstruct and problematize the misuse of adoption and discarding from the stories and backgrounds of these infants
Palavras-chave: Adoption
Return
Child and teenager
Institutional hosting
Implication analysis
Devolução
Criança e adolescente
Acolhimento institucional
Análise de implicação
Adoção
Crianças
Adolescentes
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICAS PUBLICAS
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Citação: LINO, Michelle Villaça. Crias de um (não) lugar: histórias de crianças e adolescentes devolvidos por famílias substitutas. 2018. 218 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14716
Data de defesa: 4-Out-2018
Aparece nas coleções:Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Tese_Michelle Villaca Lino.pdf5,18 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.