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Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14787
Tipo do documento: Tese
Título: Imperialismo e educação no Brasil: da ditadura militar às propostas educacionais dasociedade civil organizadana virada do milênio
Título(s) alternativo(s): Imperialism and Education in Brazil: from the Military Dictatorship to the educational proposals of organized civil society in the millennium.
Autor: Freitas, Luiz Carlos de 
Primeiro orientador: Frigotto, Gaudêncio
Primeiro membro da banca: Dias, Gracialino da Silva
Segundo membro da banca: Martins, Fernando José
Terceiro membro da banca: Ramos, Marise Nogueira
Quarto membro da banca: Mancebo, Deise
Resumo: A linha central deste trabalho é a investigação da relação entre o imperialismo e a educação, tomando como recorte o golpe civil militar arquitetado pelo imperialismo no ano de 1964, até o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). A partir das análises que fizemos das leis educacionais aprovadas neste período, buscamos, em seu conteúdo, a presença da ideologia do imperialismo. Por outro lado, ressaltamos também em nosso trabalho o papel das organizações da sociedade civil, do campo educacional, que atuaram na defesa de uma educação pública, gratuita, de qualidade e universal. Nosso foco principal de pesquisa foram as propostas educacionais debatidas nos 5 Congressos Nacionais de Educação, realizados entre os anos de 1996 a 2004, sob organização de entidades sociais (sindicatos, Fóruns, Secretarias estaduais e municipais de educação, movimentos sociais, dentre outros). O imperialismo estadunidense, através da USAID - Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional- impôs ao Brasil o modelo de educação, tanto no campo pedagógico, através da teoria do capital humano como no campo técnico, através dos projetos e programas educacionais financiados e fiscalizados por seus agentes. A mudança do regime político em 1985, ano em que o Brasil volta a ser gerenciado pelos civis, não representou nenhum rompimento com o imperialismo, ao contrário, a abertura lenta, segura e gradual foi toda fiscalizada e orientada pelos Estados Unidos da América. A eleição de 2002, em que Luiz Inácio Lula da Silva/PT chega à presidência da República, foi outro momento de expectativas muito otimistas para as organizações da sociedade civil que atuavam na defesa e construção de um projeto de lei educacional voltado para os interesses populares. Mais uma vez, a atuação do imperialismo, associado aos interesses da grande burguesia nacional e dos latifundiários, foi vitoriosa e o governo Lula/PT seguiu cumprindo todos os compromissos assumidos com o imperialismo desde o golpe civil-militar de 1964. O tipo de educação que temos é resultado do tipo de capitalismo que aqui se desenvolveu, um capitalismo subordinado aos interesses das potências imperialistas, hegemonizadas pelos Estados Unidos da América. A falta de aprofundamento do debate nesta questão - quando não sua total subestimação por parte das organizações da sociedade civil que defendiam um projeto democrático de educação para o país - é o principal entrave para o avanço da luta de classes em defesa de uma educação classista, que sirva aos interesses dos trabalhadores. Esta lacuna nos debates está diretamente ligada ao legalismo eleitoral burguês, linha que hegemonizou os CONED´s, bem como os movimentos anteriores à ele, como a luta para garantir conquistas educacionais na Constituição de 1988 e da aprovação da Lei 9.394/96. Sem o rompimento com o imperialismo, que não se dará pela via eleitoral, não conseguiremos nenhuma mudança significativa no campo educacional, nos restando apenas o conformismo com as migalhas que o imperialismo, associado ao gerenciamento do Estado burguês latifundiário brasileiro, nos permitem ter.
Abstract: The center line of this research is investigating the relationship between imperialism and education, taking as clipping the military civil coup masterminded by imperialism in 1964, to the first government of LuizInácio Lula da Silva (2003-2006). From the analysis we made of the educational laws passed in this period, we seek, in its content, the presence of imperialist ideology. On the other hand, also we emphasize in our work the role of civil society organizations, the educational field who acted in defense of public education, free, with quality and universal. Our main research focus was the educational proposals debated in 5 National Congress of Education, carried out between the years 1996-2004, under the organization of social organizations (trade unions, forums, state and municipal educational, social movements, among others). US imperialism, through USAID - US Agency for Development International- imposed Brazil the model of education, both in the educational field through the "human capital theory" as in the technical field, through projects and funded educational programs and supervised by their agents. The change of the political regime in 1985, the year that Brazil back to be managed by civilians, did not represent any break with imperialism, on the contrary, the opening "slow, safe and gradual" was all monitored and guided by the United States. The 2002 election, in which LuizInácio Lula da Silva / PT reached the presidency, was another moment of very optimistic expectations for the civil society organizations that were active in the defense and construction of an educational bill facing popular interests. One more time, the role of imperialism, associated with the interests of the big national bourgeoisie and the landlords, was victorious and Lula / PT followed fulfilling all the commitments with imperialism since the civil-military coup in 1964. The type of education what we have is a result of the type of capitalism that has developed here, capitalism subordinated to the interests of the imperialist powers, hegemonized by the United States. The lack of further debate on this issue - if not its complete underestimation on the part of civil society organizations advocating a democratic education project for the country - is the main obstacle to the advancement of the class struggle in defense of a class education which serves the interests of workers. This gap in the debate is directly linked to the bourgeois electoral legalism line hegemonized the CONED's, as well as previous movements to him as the fight to ensure educational achievements in the 1988 Constitution and the adoption of Law 9.394 / 96. Without breaking with imperialism, which will not come through elections, we will not have any significant change in the educational field, the only remaining conformity with the crumbs that imperialism, associated with the management by the landowner bourgeois Brazilian state, allow us to have.
Palavras-chave: Class Struggle
International Organizations
Educational Laws
Luta de Classes
OrganismosInternacionais
Leis Educacionais
Educação e Estado Brasil
Conflito social
Organizações internacionais
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICAS PUBLICAS
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Citação: FREITAS, Luiz Carlos de. Imperialismo e educação no Brasil: da ditadura militar às propostas educacionais dasociedade civil organizadana virada do milênio. 2016. 331 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14787
Data de defesa: 31-Mar-2016
Aparece nas coleções:Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana

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