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Tipo do documento: Tese
Título: Disciplinar, proteger, judicializar: uma análise das práticas do assistente social na política pública de saúde
Título(s) alternativo(s): Discipline, protect, judicialize: An analysis of social worker practices in public health policy
Autor: Siqueira, Kássia de Oliveira Martins 
Primeiro orientador: Scheinvar, Estela
Primeiro membro da banca: Rodrigues, Heliana de Barros Conde
Segundo membro da banca: Silva, Marilene Rosa Nogueira da
Terceiro membro da banca: Fernandes, ângela Maria Gomes Ribeiro
Quarto membro da banca: Almeida, Késia Pereira de Matos D'
Resumo: Esta tese pretende, a partir da problematização da proteção e da judicialização dos corpos, dos desejos, das vidas e das mortes das crianças e adolescente com câncer e de suas famílias, pensar os efeitos da lógica da lei, da disciplina, da afirmação de modelos considerados inquestionáveis na área da saúde no contexto das políticas públicas. Tendo como referência minha experiência como assistente social em um hospital - narrada nesta tese - coloco em análise a centralidade das normas instituídas na relação com os pacientes e das punições por não acatá-las. Por meio de tais práticas a doença deixa de pertencer à pessoa que a vivencia, tornando-se objeto das ações dos profissionais, pautadas no discurso da justiça, da proteção, da lei. Trata-se de uma lógica de acordo com a qual os profissionais passam a definir as maneiras como a doença deve ser ou não cuidada, vivida, sentida e compreendida pelas pessoas em tratamento, em detrimento do respeito a seus desejos, suas necessidades e afetos. Tais práticas profissionais, embora se afirmem como verdades inquestionáveis que devem ser impostas às famílias pobres, são uma dentre as diversas possibilidades de pensar o que seja saúde e vida. No entanto, a intervenção estatal por meio da medicina tradicional e da judicialização da vida normaliza, normatiza e patologiza crianças, adolescentes e famílias que não se adéquam ou não aceitam o modelo de saúde instituído. Desse modo, a lógica legal vai sendo produzida como necessária e as políticas públicas vão determinando cada vez mais a maneira correta de adoecer, de engravidar, envelhecer, nascer, morrer, etc. Assim, esta tese defende outras possibilidades de atuação para o assistente social na política pública de saúde, que não se definam nem pelo proteger, nem pelo judicializar instituídos, mas se abram para a possibilidade de outrar na vida e na profissão, ou seja, de inventar novas relações, de criar novas maneiras de atuar e se relacionar com os usuários da política pública de saúde
Abstract: This thesis aims, from the problematization of the protection and judicialization of the bodies, desires, lives and deaths of children and adolescents with cancer and their families, to think about the effects of the logic of law, discipline, and the assertion of models considered unquestionable in the area of health in the context of public policies. Using as a reference my experience as a social worker in a hospital - narrated in this thesis - I analyze the centrality of the norms instituted in the relationship with the patients and the punishments for not abiding by them. By means of such practices the disease ceases to belong to the person who experiences it, becoming an object of the actions of professionals, based on the discourse of justice, protection and law. It is a logic according to which professionals define in which ways the illness should be cared for, lived, felt and understood by the people in treatment, to the detriment of respect for their desires, needs and affections. Such professional practices, while being asserted as unquestionable truths that must be imposed upon poor families, are among the many possibilities of thinking about what is health and life. However, state intervention through traditional medicine and the judicialization of life normalizes, standardizes and pathologizes children, adolescents and families that do not adhere to or do not accept the established health model. In this way, legal logic is being produced as necessary and public policies are increasingly determining which is the correct way to get sick, to get pregnant, to get older, to be born, to die, and so on. Thus, this thesis defends other possibilities of action for the social worker in the public health policy, which are defined neither by the protection nor by the judicialization instituted, but open to the possibility of bringing other options in life and profession, that is, to invent new relationships, to create new ways of acting and to relate to users of public health policy
Palavras-chave: Disciplinary
Protect
Judicialize
Practices
Social Worker
Policy Public
Health
Disciplinar
Proteger
Judicializar
Práticas
Política Pública
Políticas Públicas
Assistência Social
Saúde
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICAS PUBLICAS
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Citação: SIQUEIRA, Kássia de Oliveira Martins. Disciplinar, proteger, judicializar: uma análise das práticas do assistente social na política pública de saúde. 2017. 95 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14812
Data de defesa: 29-Jun-2017
Aparece nas coleções:Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana

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