Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15899
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Pobreza no capitalismo: elementos para a análise crítica com base na teoria valor-trabalho de Marx |
Título(s) alternativo(s): | Poverty in capitalism: elements to the critical analysis on the theory of labor value Marx |
Autor: | Escurra, María Fernanda ![]() |
Primeiro orientador: | Iamamoto, Marilda Villela |
Primeiro membro da banca: | Barbosa, Rosângela Nair de Carvalho |
Segundo membro da banca: | Frigotto, Gaudêncio |
Terceiro membro da banca: | Martins, Mauricio Mello Vieira |
Quarto membro da banca: | Araujo, Paulo Henrique Furtado de |
Quinto membro da banca: | Fontes, Virgínia Maria Gomes de Mattos |
Resumo: | O objetivo geral desta tese é identificar elementos que determinam e tornam intrínseco o fenômeno da pobreza no capitalismo com base na teoria valor-trabalho de Marx, contribuindo para a análise crítica do fenômeno na sociedade contemporânea que, caracterizada pela extrema naturalização e desistoricização da vida social, oculta as reais causas da pauperização. Na primeira parte do trabalho, realiza-se uma apresentação da leitura hegemônica da pobreza para ilustrar a visão conservadora que está presente tanto nos fundamentos teóricos das análises usuais do fenômeno como nas conceituações e prescrições formuladas por organismos internacionais, tomando o Banco Mundial como paradigma. A segunda parte, para a crítica negativa da pobreza no capitalismo, inicialmente apresenta aspectos teórico-metodológicos que permitem delinear o lugar desde onde a crítica é elaborada. Considerando a leitura hegemônica da pobreza, afirma-se que ela tem por pressuposto uma ontologia coerente com a forma de organização capitalista, sendo esse o motivo pelo qual é preciso insistir no caráter ontológico da crítica marxiana. A teoria do valor-trabalho de Marx é apresentada como referencial teórico que orienta esta pesquisa, razão pela qual sua exposição é necessária para identificar elementos para a crítica da pobreza no capitalismo. A teoria do valor-trabalho diz respeito à constituição da totalidade social sob o capital, aspecto que lhe confere relevância e inegável atualidade para analisar a pobreza, em contraste com as análises usuais que a naturalizam, identificam suas causas e propostas de enfrentamento no âmbito da distribuição da riqueza. A teoria do valor demonstra a necessidade de analisar o fenômeno da pobreza em sua historicidade e no âmbito da produção, a relevância de tomar em consideração a dinâmica da acumulação capitalista, além de constituir a base teórica para situar a discussão da pobreza em uma dimensão humana mais ampla,problematizando principalmente a forma peculiar de conexão social que se estabelece no capitalismo, a pobreza absoluta nos termos de Marx e o estranhamento da vida regida pelo capital. Sublinha-se que não só a pobreza absoluta está ligada ao estranhamento, relação que está explícita nas formulações marxianas, mas também a pobreza no sentido estrito (pobreza como fato), pois só em uma sociedade estranhada em que todos os sujeitos estão submetidos a uma dominação abstrata é possível existir pobreza, vale dizer, parcela de população que na qualidade de supérflua pode facilmente ser negligenciada e até dispensável, tal como fica patente no cenário contemporâneo de grandes metrópoles não mais limitado à realidade de países periféricos. Nesse sentido, a tese procura oferecer vários elementos para a análise crítica do fenômeno da pobreza na sociedade capitalista contemporânea, enfatizando em particular que ele necessariamente precisa ser analisado a partir de um quadro teórico mais amplo. |
Abstract: | The general aim of the present thesis is to identify, on the basis of Marx s labor theory of value, the elements that determine and make poverty an intrinsic phenomenon in capitalism. By this way it intends to contribute to the critical analysis of the phenomenon in the modern society, in which social life is characterized by an extreme naturalization and dehistoricization that conceal the real causes of pauperization. In the first part of the work a synthesis of the mainstream reading on poverty is carried out in order to illustrate the conservative worldview that characterizes both the theoretical foundations of the usual analyses of the phenomenon and the conceptualizations and prescriptions of international organizations, of which the World Bank is taken as a paradigm. The second part toward the negative critique of poverty in capitalism initially works out the theoretic-methodological aspects that make it possible to outline the locus from where the critique is developed. Considering the mainstream reading on poverty, it is argued that it is underlined by an implicit ontology coherent with the capitalist form of organization, reason by which it is necessary to emphasize the ontological character of the Marxian critique. Assumed as the theoretical framework of this research, Marx s labor theory of value is presented in order to make it possible to identify elements to the critique of poverty in capitalism. The labor theory of value is associated with the constitution of the social totality under capital, a feature that explains its relevance and undeniable validity for today s analysis of poverty, in opposition to the mainstream analyses that naturalize it and situate its causes and proposals to fight it in the sphere of distribution. The labor theory of value demonstrates the necessity of analyzing the poverty phenomenon in its historicity and focusing on the production sphere, the relevance in considering the dynamic of capital accumulation, apart from the fact that it constitutes the theoretical basis for locating the discussion on poverty in an wider human dimension, mainly questioning the peculiar form of social connection that is established in capitalism, the absolute poverty such as understood by Marx and the alienation of social life governed by capital. It is stressed that not only the "absolute poverty" is linked to alienation, relationship that is explicit in the Marxian formulation, but also poverty in the strict sense (poverty as a fact), because only in an alienated society in which all subjects are submitted to an abstract domination there can be poverty, namely, a part of the population that being superfluous can be easily neglected and even dismissed, as shown by contemporary setting of the big cities and no longer limited to the reality of peripheral countries. In this sense, the thesis seeks to provide elements to the critical analysis of the poverty phenomenon in the present capitalist society, emphasizing particularly that it should be analyzed from a broader theoretical framework. |
Palavras-chave: | Poverty Capital Negative critique Labor theory of value Marx Alienation Pobreza Crítica negativa Teoria valor-trabalho Marx Estranhamento Capitalismo |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL |
Idioma: | por |
País: | BR |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Citação: | ESCURRA, María Fernanda. Pobreza no capitalismo: elementos para a análise crítica com base na teoria valor-trabalho de Marx. 2015. 228 f. Tese (Doutorado em Política Social e Trabalho) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15899 |
Data de defesa: | 18-Set-2015 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Serviço Social |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
Tese - Maria Fernanda Escurra.pdf | 1,32 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.