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Tipo do documento: Dissertação
Título: Efeito de microvesículas de melanoma na polarização de neutrófilos humanos
Título(s) alternativo(s): Melanoma-derived microvesicles induce human neutrophils polarization
Autor: Bastos, Daniel Arthur Guimarães 
Primeiro orientador: Silva, João Alfredo de Moraes Gomes da
Primeiro coorientador: Fidalgo, Thereza Christina Barja
Primeiro membro da banca: Nasciutti, Luiz Eurico
Segundo membro da banca: Santos-Oliveira, Ralph
Terceiro membro da banca: Mencalha, André Luiz
Resumo: Para entender os mecanismos envolvidos no crescimento tumoral é necessária a compreensão detalhada do seu microambiente, formado por diferentes componentes de matriz extracelular, fatores de crescimento, citocinas e diversos tipos celulares. Células do sistema immune presentes no microambiente têm suas funções pró-inflamatórias modificadas de forma a auxiliar o crescimento tumoral. Estudos recentes mostram evidências de dois fenótipos distintos de neutrófilos associados ao tumor (TAN): um pró-tumoral, TAN N2, ou um anti-tumoral, TAN N1. Evidências também apontam que este microambiente é rico em microvesículas (MV), produzidas abundantemente pelo tumor. A maior parte das MV não apenas transporta informações moleculares de suas células de origem, mas também são capazes de modular a atividade de células alvo. Embora já tenha sido demonstrado que MV provenientes de tumores são capazes de interagir com diferentes tipos celulares no microambiente, não há dados na literatura sobre a sua contribuição na modulação de TAN. O objetivo deste estudo foi investigar se MV produzidas por uma linhagem de melanoma humano modulam a atividade de neutrófilos (PMN), alterando seu fenótipo para um tipo-N2. As MV foram obtidas de meio condicionado da linhagem celular de melanoma humano MV3 e quantificadas através de microscopia em tempo real ZetaView® e marcação para anexina-V. PMN humanos, isolados por Gradiente de Percoll, foram incubados na presença ou ausência de MV (10% v/v) ou LPS (10 µg/mL) em diferentes tempos. A quimiotaxia foi realizada em uma Câmara de Boyden de 48 poços modificada. A apoptose foi avaliada por citometria de fluxo. A formação de armadilhas celulares neutrofílicas (NETs) foi avaliada pela quantificação de DNA e imunofluorescência. Os níveis de ROS intracellular, NO e peróxinitrito foram determinados através da oxidação das sondas CM-H2DCFDA, DAF-FM e HPF, respectivamente. A viabilidade de células MV3 co-cultivadas com PMN foi avaliada por ensaios de MTT. A expressão gênica de marcadores moleculares foi obtida por RT-PCR quantitativa. O conteúdo de CXCR4 e arginase foram obtidos por citometria de fluxo e Western blot, respectivamente. As MV induziram quimiotaxia de PMN, e este efeito foi inibido pela toxina pertussis e é dependente da ativação da via PI3K-AKT. Foi também observado que o efeito das MV na quimiotaxia de PMN depende da ativação de CXCR2, uma vez que seu inibidor, SB225002, anulou a migração de PMN. As MV retardaram a apoptose espontânea de PMN, estimularam a formação de NETs e induziram a produção de ROS intracelular. O tratamento com as MV diminuiu a produção basal de NO, e aumentou a expressão de CXCR4 e arginase, assim como o conteúdo de mRNA de vários marcadores moleculares de TAN N2, como arginase, CXCR4 e VEGF em PMN. Por ultimo, PMN tratados com MV não afetaram a viabilidade de células de melanoma em co-cultura. Esses dados indicam que MV derivadas do melanoma podem ter um importante papel na modulação do fenótipo dos TAN no microambiente tumoral em um fenótipo TAN N2, que apresenta expressão aumentada de marcadores moleculares pró-tumorais e baixa atividade citotóxica.
Abstract: The understanding of the mechanisms involved in tumor growth runs through the acknowledgement on its microenvironment, formed by extracellular matrix components, growth factors, cytokines and different cell types. Immune cells present in tumor microenvironment have their pro-inflammatory functions modified to support tumor growth. Recent studies have provided evidence on two phenotypes of tumor-associated neutrophils (TAN): a protumoral, TAN N2, or an antitumoral, TAN N1. Evidence also show that tumor microenvironment is rich in microvesicles (MV), produced abundantly by the tumor. Most MV can not only carry molecular information from their cellular origin but can also modulate the activity of target cells. Although tumor-derived MV were shown to interact with different cells in the microenvironment, there are no reports on its contribution to modulate TAN. Now, we investigate whether MV produced by a human melanoma cell line modulate human neutrophil activity, shifting it to a N2-like phenotype. MV were obtained from conditioned media of human melanoma cell line MV3 cultures and quantified by ZetaView® real-time analyzes and annexin-V staining. Human neutrophils (PMN), isolated by Percoll gradient, were incubated in the presence or absence of MV (10% v/v) or LPS (10 µg/mL) at different times. Chemotaxis was assayed in a 48-wells modified Boyden Chamber. Apoptosis was assessed by flow cytometry. Neutrophil extracellular traps (NETs) formation was evaluated by DNA quantification and immunofluorescence. Intracellular ROS, NO and peroxynitrite production were measured through the oxidation of CM-H2DCFDA, DAF-FM and HPF probes, respectively. Viability of MV3 cells co-cultured with PMN was assessed by MTT assays. Molecular markers gene expression were obtained by qRT-PCR. CXCR4 and arginase contents were obtained by cytometry and immunoblotting, respectively. MV induce PMN chemotaxis, and this effect was inhibited by pertussis toxin and is dependent on PI3K-AKT pathway activation. It was also observed that MV effect on PMN chemotaxis relies on CXCR2, once its inhibitor, SB225002, abrogated PMN migration. MV delayed PMN spontaneous apoptosis, triggered NETs formation and induced intracellular ROS production. Treatment with MV decreased NO basal production, and increased CXCR4 and arginase expression, as well as augmented the mRNA content of several TAN N2 molecular markers, such as arginase, CXCR4 and VEGF in PMN. Finally, PMN treated with MV did not affect melanoma cells viability in co-culture. These data indicate that melanoma-derived MV may have an important role in shaping the phenotype of PMN in tumor microenvironments towards a TAN N2 phenotype, which shows an increased expression pro-tumor molecular markers and presents low cytotoxic properties.
Palavras-chave: Neutrophils
Tumor-associated neutrophils
Cancer
Microvesicles
Neutrófilos
Neutrófilos-associados ao tumor
Câncer
Microvesículas
Neutrófilos
Melanoma
Vesículas Extracelulares
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA::FARMACOLOGIA BIOQUIMICA E MOLECULAR
Idioma: por
País: BR
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Citação: BASTOS, Daniel Arthur Guimarães. Efeito de microvesículas de melanoma na polarização de neutrófilos humanos. 2016. 79 f. Dissertação (Mestrado em Biociências Nucleares; Ecologia) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16315
Data de defesa: 30-Set-2016
Aparece nas coleções:Mestrado em Biociências

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