Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16704
Tipo do documento: Tese
Título: Micronarrativas de memórias e a virtualização da experiência de passado na cidade de Juiz de Fora
Título(s) alternativo(s): Micronarratives of memories and the virtualization of past experience in the city of Juiz de Fora.
Autor: Rabello, Rafaella Prata 
Primeiro orientador: Matheus, Letícia Cantarela
Primeiro coorientador: Henriques, Rosali Maria Nunes
Primeiro membro da banca: Freitas, Ricardo Ferreira
Segundo membro da banca: Souza , Daniel Rodrigo Meirinho De
Terceiro membro da banca: Musse, Christina Ferraz
Quarto membro da banca: Coutinho, Iluska Maria da Silva
Resumo: As cidades são um emaranhado de espaços urbanos, organismo vivo e em constante mutação. Os ritos nesses locais surgem, se modificam ou são destruídos ao longo do tempo. Mas, o que resta desses vestígios em nossa memória? Há uma apropriação ativa e temporal dos lugares e daí decorrem as narrativas sobre eles. E essa memória, tal como as ruínas do passado, está repleta de elementos intangíveis e diz a respeito a uma cidade mais imaginada do que vivida. O aporte teórico alçado nesta tese refere-se: a memória social, ao desenvolvimento do conceito de micronarrativas, a discussões sobre cidade, a dinâmica do Facebook e a existência de álbuns de fotografias digitais. O empenho será no entendimento da cidade de Juiz de Fora, MG, Brasil, e propõe-se a utilizar da compreensão de “imaginação histórica” por Hayden White (1970) a partir de quatro caminhos: no primeiro caminho analisa-se os comentários sobre as fotos na fanpage “Maria do Resguardo” (MR), dedicada a fotografias antigas de Juiz de Fora e considerada nesta pesquisa como uma plataforma de memória na rede social Facebook. O segundo caminho aponta para uma época sem as novas tecnologias da informação: foram selecionados trechos em obras de memorialistas do final do século XIX até a década de 40 do século XX, a partir das micronarrativas de José Rangel, Pedro Nava, Murilo Mendes e Rachel Jardim. O terceiro caminho afigura-se em entrevistas temáticas a idosos moradores da cidade, que transfiguram as lembranças do município. O último caminho retoma o primeiro, pois busca-se nas redes sociais as micronarrativas presentes nos comentários da página do jornal “Tribuna de Minas” no Facebook. A partir da análise dos comentários do público na campanha chamada “Memórias Afetivas”, realizada pelo jornal em maio de 2019 por ocasião do aniversário da cidade, comunica-se as ruínas e o transbordamento de memória nas mídias. Trabalhada pela lembrança dos fãs, a memória que resiste nesses mecanismos constitui uma temporalidade qualificada. As páginas sistematizam assim a passagem do tempo que elas tentam subverter, ao (re)apresentar as pistas de uma sobrevivência que exige (ou necessita) ser nomeada. Os sujeitos rememoradores (fãs que comentam nas publicações) são espécies de artesãos do momento histórico, que costuram outras camadas de memórias da cidade nas suas micronarrativas e dão visibilidade às temporalidades de Juiz de Fora. Revelam percepções temporais particulares numa perspectiva memorialista com um tratamento dado às questões relativas à história da cidade como efeméride. Os textos se aproximam de narrativas testemunhais em trocas afetivas nos blocos de sentimentos saudosistas e nostálgicos.
Abstract: The cities are not just a tangle of urban spaces. They are a living and constantly changing organism. Urban spaces and rites arise, change or are destroyed over time. But what remains of these traces in our memory? Cities, but mainly urban spaces and rites, inhabit our memories, as we all appropriate the dynamics of spaces and our narratives about them follow. And this memory, like the vestiges of the past, is full of intangible elements and concerns a city more imagined than lived. Furthermore, this appropriation of urban space is temporal and is constantly changing. To understand the dynamics of this appropriation, we analyzed narratives about urban spaces in the city of Juiz de Fora. We propose to look at this Juiz de Fora imagined from four paths: in the first path we analyze the comments on the photos on the fanpage “Maria do Resguardo” (MR), dedicated to old photographs of Juiz de Fora. It is a digital album with images and texts about the city on the social network Facebook, making use of memory and time, in what we are calling a memory platform. The second way we point to a time without new information technologies and social networks. We analyzed the narratives of memory about Juiz de Fora from excerpts in works by memorialists who focused on the urban spaces and rites of the city. From the micronarratives present in the works of José Rangel, Pedro Nava, Murilo Mendes and Rachel Jardim, we unveiled Juiz de Fora from the end of the 19th century and until the 40's of the 20th century, with memories of a city that no longer exists. In the third way, we chose to analyze the narratives in a later period, based on thematic interviews with elderly residents of the city. The memories about the spaces and the appropriation of these spaces by these elderly people present us with an imagined city, whose dynamics changes all the time. The last path returns to the first, as we search the social networks for the micronarratives present in the comments of the “Tribuna de Minas” page on Facebook. From the analysis of public comments in the campaign called “Memories Affective”, carried out by the newspaper in May 2019 on the occasion of the city's anniversary, we understand the ruins and the overflow of memory in the media. These traces, remains and ruins of the city virtually resist, through the MR fanpage and the “Tribuna de Minas” booklet. Worked by the fans' memory, the memory that appears in these mechanisms constitutes a qualified temporality. The pages thus systematize the passage of time that they try to subvert, by (re) presenting the vestiges of a survival that demands (or needs) to be named. The remembering subjects (fans who comment on the publications) are species of artisans of the historical moment, who sew other layers of memories of the city in their micronarratives and give visibility to the temporalities of Juiz de Fora. They reveal particular temporal perceptions in a memorialist perspective with a treatment given to issues related to the city's history as an ephemeris. The texts come close to testimonial narratives in affective exchanges in the nostalgic and nostalgic feeling blocks.
Palavras-chave: Narratives
Memory
Cities
Micronarratives
Memória
Cidades
Micronarrativas
Redes Sociais
Fotografias
Juiz de Fora
Área(s) do CNPq: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Programa: Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Citação: Rabello, Rafaella Prata. Micronarrativas de memórias e a virtualização da experiência de passado na cidade de Juiz de Fora. 2020. 152 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-graduação em Comunicação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16704
Data de defesa: 20-Mai-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Comunicação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Rafaella Prata Rabello - 2020 - Completa.pdf3,26 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons