Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16780
Tipo do documento: Tese
Título: A escrita como autoformação e resistência: Foucault e Nietzsche e a criação de mundos e histórias
Título(s) alternativo(s): Writing as self-formation and resistance: Foucault and Nietzsche and the creation of worlds and stories
Autor: Galvão, Bruno Abilio 
Primeiro orientador: Britto, Fabiano de Lemos
Primeiro membro da banca: Chaves, Ernani Pinheiro
Segundo membro da banca: Fonseca, Richard
Terceiro membro da banca: Cabral, Alexandre Marques
Quarto membro da banca: Rodrigues, Heliana de Barros Conde
Resumo: Neste trabalho, foi realizada uma investigação bibliográfica com o objetivo de pensar como Nietzsche e, também, Foucault, pensadores das relações de poder, encontram formas de resistência a determinadas práticas de exercício do poder. Sem entrar no mérito do funcionamento dos dispositivos de poder, compreende-se que seu efeito consiste em normalização dos corpos. Portanto, a resistência deve ser pensada em direção à diferenciação da docilidade. Em nossa interpretação, os referidos filósofos encontram na prática da escrita, caracterizada como experimentação, a possibilidade de desassujeitamento, pois, ao evidenciar para si por meio de uma escrita ontológica os efeitos do poder, efetuam um deslocamento do próprio pensamento. A resistência não funciona de forma individualista, compreendida em nosso texto como prática de si, assim como o poder, articula as subjetividades em redes. Por conseguinte, além de pensar a escrita como prática de autossubjetivação, seguimos também em pensá-la como prática que possui como efeito incitar o leitor a efetuar problematizações e experimentos tal como o escritor. Não se trata de propagar com isso o pensamento filosófico desses filósofos como um dogmatismo, o que seria uma normatização às avessas, mas sim a própria prática do pensamento. Havendo uma tentativa de diferenciação desses autores, é de se esperar que sua estilística filosófica não reproduza as regulações do discurso filosófico tradicional, porque o mesmo está, não em sua totalidade, comprometido com fins epistemológicos apenas. O que se encontra neles é um estilo que, ao mesmo tempo, se assemelha e se afasta da tradição, uma vez que não se trata de uma estratégia puramente conceitual, aproximando-se da experiência estética. A escrita ficcional encontra nesses autores esta função: de produzir um discurso que torne possível o experimento estético capaz de deslocar o leitor, o que se denomina de genealogia. A genealogia enquanto prática de escrita de si é, simultaneamente, uma escrita subversiva, de resistência.
Abstract: In this work, a bibliographic investigation was carried out with the objective of thinking how Nietzsche and also Foucault, thinkers of power relations, find forms of resistance to certain practices of the exercise of power. Without going into the merit of the functioning of power devices, it is understood that their effect consists in a normalization of bodies. Therefore, resistance must be thought towards a differentiation of docility. In our interpretation, both philosophers find in the practice of writing, characterized as experimentation, the possibility of disengagement, since, by showing the effects of power to themselves through an ontological writing, they effect a shift in their own thinking. Resistance does not work in an individualistic way, understood in our text as self-practice, as well as power, it articulates subjectivities in a grid. Therefore, in addition to thinking of writing as a practice of self-subjectification, we also continue to think of it as a practice that has the effect of inciting the reader to do problems and experiments just like the writer. This is not a matter of propagating the philosophical thought of these philosophers as dogmatism, which would be an upside down standardization, but rather the practice of thinking. If there is an attempt to differentiate these authors, it is to be expected that their philosophical stylistic does not reproduce the regulations of traditional philosophical discourse, as it is, not in its entirety, committed to epistemological purposes only. What is found in them is a style that, at the same time, resembles and departs from tradition, as it is not a purely conceptual strategy, approaching aesthetic experience. Fictional writing finds in these authors this function of producing a discourse that makes the aesthetic experiment possible to displace the reader, which is called genealogy. Genealogy, as a practice of writing oneself, is simultaneously a subversive writing, of resistance.
Palavras-chave: Narration (Rhetoric)
Genealogy (Philosophy)
Power (Philosophy)
Critical discourse analysis
Foucault, Michel, 1926-1984
Nietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900
Narrativa (Retórica)
Genealogia (Filosofia)
Poder (Filosofia)
Análise crítica do discurso
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::ETICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Citação: GALVÃO, Bruno Abilio. A escrita como autoformação e resistência: Foucault e Nietzsche e a criação de mundos e histórias. 2021. 363 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021 .
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16780
Data de defesa: 15-Mar-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Filosofia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Bruno Abilio Galvão - 2021 – Completa.pdf.pdf2,37 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.