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Tipo do documento: Dissertação
Título: Efeito hipotalâmico do jejum intermitente em camundongos alimentados com frutose
Título(s) alternativo(s): Hypothalamic effect of intermittent fasting in fructose-fed mice
Autor: Silva, Renata Ribeiro da 
Primeiro orientador: Lacerda, Márcia Barbosa Águila Mandarim de
Primeiro membro da banca: Mulder, Alessandra da Rocha Pinheiro
Segundo membro da banca: Cruz, Fernanda Ornellas Pinto da
Resumo: Atualmente estamos expostos a alimentos ricos em frutose, levando a um número crescente de distúrbios metabólicos, como a hiperleptinemia. A leptina regula a ingestão de alimentos através da sua atuação no hipotálamo. Por outro lado, existe uma busca contínua para uma vida mais saudável. Assim, o objetivo do trabalho foi estudar os efeitos do jejum intermitente (JI) sobre a sinalização da leptina e dos neurotransmissores que controlam o apetite/saciedade e a inflamação hipotalâmica em camundongos alimentados com dieta rica em frutose, como uma alternativa aos problemas causados por essa dieta, já que o JI pode melhorar a saúde de pessoas com doenças crônicas, modulando fatores de riscos metabólicos e funcionais. Camundongos C57BL/6 machos com 12 semanas de idade foram divididos em dois grupos, controle (C, dieta controle) e rico em frutose (HFru, dieta rica em frutose), durante 8 semanas. Após esse período, os animais foram divididos em 4 grupos, os que receberam ração ad libitum e os que fizeram JI (24h alimentado/24h de jejum): controle (C), rico em frutose (HFru), C-JI (controle-JI) e HFru-JI (rico em frutose-JI) durante 4 semanas, totalizando 12 semanas de experimento, momento em que os animais foram eutanasiados. A ingestão de frutose foi capaz de aumentar o colesterol total, triacilglicerol, glicemia, insulina, Índice de Resistência à Insulina em Jejum (FiRi), leptina e reduzir a adiponectina plasmática, enquanto o JI reduziu a massa corporal (MC) dos animais e melhorou todos os parâmetros citados. Apesar do protocolo de JI e perda de peso, não houve diferença no consumo alimentar e energético dos grupos. Os marcadores inflamatórios tiveram sua expressão gênica hipotalâmica aumentada após no grupo C-JI. O JI, assim como a frutose aumentou a expressão da Leptina hipotalâmica e também a expressão de Obrb e Socs3 nos grupos C-JI e HFru, entretanto houve diminuição da expressão destes marcadores (Obrb e Socs3) no grupo HFru-JI. Foi observado aumento da expressão gênica de Npy e Pomc no grupo HFru-JI e redução do Pomc nos grupos HFru e C-JI. Na imunofluorescência foi observado uma intensa marcação verde ao redor do terceiro ventrículo que indicou a presença de NPY, sendo mais acentuada nos animais submetidos ao JI, enquanto para POMC, uma marcação verde menos intensa foi detectada nos grupos, principalmente nos grupos HFru e HFru-JI. Em conclusão, o JI foi capaz de diminuir a MC ao longo do estudo e beneficiar o metabolismo lipídico, glicêmico e a sensibilidade à insulina, a adiponectina e a leptina plasmática. No entanto, ocorreu um aumento de marcadores inflamatórios hipotalâmicos em camundongos submetidos ao JI, que, a longo prazo pode levar ao desequilíbrio do balanço energético corporal e da ingestão alimentar. Além disso, o JI levou ao aumento da leptina hipotalâmica com provável resistência à leptina. Portanto, ainda não podemos dizer, com segurança, que o JI pode ser usado como um tratamento não farmacológico para doenças metabólicas.
Abstract: We are currently exposed to foods high fructose, leading to an increasing number of metabolic disorders, such as hyperleptinemia. Leptin regulates food intake by acting on the hypothalamus. On the other hand, there is a continuous search for a healthier life. Thus, the objective of the work was to study the effects of intermittent fasting (IF) on the signaling of leptin and neurotransmitters that control appetite/satiety and hypothalamic inflammation in mice fed a high fructose diet, as an alternative to the problems caused by this diet, since the IF can improve the health of people with chronic diseases by modulating metabolic and functional risk factors. C57BL / 6 male mice at 12 weeks of age were divided into two groups, control (C, control diet) and high in fructose (HFru, high fructose), for 8 weeks. After this period, the animals were divided into 4 groups, those that received ad libitum food and those that did JI (24h fed / 24h fasting): control (C), high fructose (HFru), C-JI (control- IF) and HFru-IF (high fructose-IF) for 4 weeks, totaling 12 weeks of experiment, when the animals were euthanized. Fructose intake was able to increase total cholesterol, triacylglycerol, glycemia, insulin, Fasting Insulin Resistance Index (FiRi), leptin and reduce plasma adiponectin, while JI reduced the animals' body mass (BM) and improved all parameters cited. Despite the IF protocol and weight loss, there was no difference in the food and energy consumption of the groups. The inflammatory markers had their hypothalamic gene expression increased afterwards in the C-IF group. IF, as well as fructose increased the expression of hypothalamic Leptin and also the expression of Obrb and Socs3 in the groups C-IF and HFru, however there was a decrease in the expression of these markers (Obrb and Socs3) in the group HFru-IF. An increase in Npy and Pomc gene expression was observed in the HFru-IF group and a reduction in Pomc in the HFru and C-IF groups. In immunofluorescence, an intense green mark was observed around the third ventricle that indicated the presence of NPY, being more pronounced in animals submitted to IF, while for POMC, a less intense green mark was detected in the groups, mainly in the HFru and HFru-IF- groups. In conclusion, IF was able to decrease BM throughout the study and benefit lipid, glycemic metabolism and sensitivity to insulin, adiponectin and plasma leptin. However, there was an increase in hypothalamic inflammatory markers in mice submitted to IF, which, in the long run, can lead to an imbalance in the body's energy balance and food intake. In addition, IF led to an increase in hypothalamic leptin with probable leptin resistance. Therefore, we cannot yet say with certainty that IF can be used as a non-pharmacological treatment for metabolic diseases.
Palavras-chave: Fructose
Leptin
Hypothalamus
Inflammation
Dietary intervention
Frutose
Leptina
Hipotálamo
Inflamação
Intervenção dietética
Jejum intermitente – Aspectos fisiológicos
Metabolismo - Regulação
Camundongos como animais de laboratório
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::MORFOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Citação: SILVA, Renata Ribeiro da. Efeito hipotalâmico do jejum intermitente em camundongos alimentados com frutose. 2020. 72 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Humana e Experimental) – Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16815
Data de defesa: 19-Fev-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Biologia Humana e Experimental

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