Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16845
Tipo do documento: Tese
Título: “Eu acho essas atividades muito infantis”: concepções de ensino e imagens de infância em livros didáticos de espanhol para crianças
Título(s) alternativo(s): “Esas actividades me parecen muy infantiles”: concepciones de enseñanza e imágenes de infancia en manuales de español para niños
Autor: Campos, Rodrigo da Silva 
Primeiro orientador: Rodrigues, Bruno Rêgo Deusdará
Primeiro membro da banca: Vargens, Dayala Paiva de Medeiros
Segundo membro da banca: Souza, Alice Moraes Rego de
Terceiro membro da banca: Arantes, Poliana Coeli Costa
Quarto membro da banca: Pereira, Rita Marisa Ribes
Resumo: Apoiado numa perspectiva teórico-metodológica cartográfica (BARROS; KASTRUP, 2015; DELEUZE; GUATTARI, 1945), este trabalho teve como objetivo analisar que concepções sobre ensino de língua estrangeira para crianças (LEC) se constroem nas coleções didáticas de espanhol Nuevo Recreo e Ventanita al Español, ambas da editora Santillana. Além disso, também se buscou verificar de que maneira as concepções de ensino de LEC observadas se relacionam com uma construção de imagens de criança / infância. A pesquisa foi dividida em duas etapas: num primeiro momento, realizamos a análise dos referidos manuais didáticos e mapeamos as vozes que enunciavam em tais materiais e de que maneira tais vozes contribuíam para a construção de imagens de criança. Para efetuarmos tal análise, apoiamo-nos no conceito de semântica global (MAINGUENEAU, 2008), especificamente no que tange ao estatuto do enunciador e do coenunciador; e propusemos um diálogo com a noção de “quarta parede”, advinda dos estudos relacionados às Artes Cênicas. Foram observados quatro estatutos de relação entre os coenunciadores: a. um hiperenunciador que enuncia para o coenunciador-aluno; b. um enunciador-personagem que enuncia para outro enunciador-personagem; c. um enunciador-personagem que enuncia para o coenunciador-aluno e d. um enunciador objeto / animal que enuncia para o coenunciador-aluno, por meio do gênero adivinha. Percebemos que nos estatutos “a” e “b”, a imagem discursiva de criança é construída a partir de uma posição passiva, como se esse fosse um mero executor de tarefas, ou como um observador, que não interage com o material em questão. Nos estatutos “c” e “d”, essa imagem discursiva de criança se desloca, pois o aluno é convocado a interagir, a tomar a palavra e também a (co)enunciar. Posteriormente, empreendemos a segunda etapa da pesquisa, que consistiu na análise dos enunciados produzidos pelos sujeitos-criança participantes da Oficina de Espanhol para crianças do CAp-UERJ. Com tais crianças, conversamos a respeito dos livros didáticos que havíamos analisado na primeira etapa (Nuevo Recreo e Ventanita al Español). Os enunciados produzidos nessa conversa serviram como segundo corpus de análise, que foram analisados a partir do modo como esses sujeitos-criança se posicionavam ao opinar, ora usando mecanismos linguísticos de modalidade epistêmica, ora de modalidade deôntica (CORACINI, 1991; LYONS, 1977; FOUCAULT, 2008). Concluímos que, ao longo dos livros didáticos, constrói-se uma concepção de ensino de língua estrangeira para crianças que tende a apresentar propostas didáticas pedagógicas com pouca ou nenhuma complexidade, focada no ensino de vocabulário de maneira descontextualizada, com uso de textos artificiais e sua consequente ausência de textos que efetivamente tenham tido uma circulação sociohistórica. Nas falas das crianças com quem conversamos, elabora-se um rechaço a essa infantilização da infância e há uma reivindicação de um ensino de LEC ancorado num diálogo interdisciplinar e com uma finalidade comunicativa efetiva
Abstract: Anclada en una perspectiva teórico-metodológica cartográfica (BARROS; KASTRUP, 2015; DELEUZE; GUATTARI, 1945), esta tesis tuvo como objetivo analizar qué concepciones sobre enseñanza de lengua extranjera para niños se construyen en los manuales didácticos Nuevo Recreo y Ventanita al Español, ambos del editorial Santillana. Además, también se verificó de qué manera las concepciones de enseñanza de lengua extranjera para niños observadas se relacionan con una construcción de imágenes de niños / infancia. La investigación se dividió en dos etapas: en un primer momento, realizamos el análisis de los referidos manuales didácticos y mapeamos las voces que enunciaban en dichos materiales y de qué manera tales voces contribuían para la construcción de imágenes de niño. Para que efectuáramos tal análisis, nos apoyamos en el concepto de semántica global (MAINGUENEAU, 2008), específicamente respecto al estatuto del enunciador y del coenunciador; y propusimos un diálogo con la noción de “cuarta pared”, de los estudios relacionados a las Artes Escénicas. Se observaron cuatro estatutos de relación entre los coenunciadores: a. un hiperenunciador que enuncia para el coenunciador-alumno; b. un enunciador-personaje que enuncia para otro enunciador-personaje; c. un enunciador-personaje que enuncia para el coenunciador-alumno y d. un enunciador objeto / animal que enuncia para el coenunciador-alumno, por medio del género adivinanza. Percibimos que en los estatutos “a” y “b”, la imagen discursiva de niño se construye a partir de una posición pasiva, como si ese fuera un simple ejecutor de tareas, o como un observador, que no interactúa con el material en cuestión. En los estatutos “c” y “d”, esa imagen discursiva de niño se traslada, pues el alumno es convocado a interactuar, a tomar la palabra y también a (co)enunciar. Posteriormente, iniciamos la segunda etapa de la investigación, que consistió en el análisis de los enunciados producidos por los niños participantes del Taller de Español para niños de CAp-UERJ. Con dichos niños, conversamos acerca de los manuales didácticos que habíamos analizado en la primera etapa (Nuevo Recreo y Ventanita al Español). Los enunciados producidos en esa charla sirvieron como segundo corpus de análisis, que se analizaron a partir del modo cómo esos niños se posicionaban al opinar, en un momento mencionando mecanismos lingüísticos de modalidad epistémica y en otros de modalidad deóntica (CORACINI, 1991; LYONS, 1977; FOUCAULT, 2008). Concluimos que, a lo largo de los manuales didácticos, se construye una concepción de enseñanza de lengua extranjera para niños que tiene la tendencia a presentar propuestas didácticas pedagógicas con poca o ninguna complejidad, enfocada en la enseñanza de vocabulario de manera descontextualizada, con uso de textos artificiales y su consecuente ausencia de textos que efectivamente hayan tenido una circulación sociohistórica. En los enunciados de los niños con quienes conversamos, se elabora un rechazo a esa infantilización de la niñez y hay una reivindicación de una enseñanza de lengua extranjera para niños apoyada en un diálogo interdisciplinar y con una finalidad comunicativa efectiva
Palavras-chave: Enseñanza de español para niños
Manual didáctico
Análisis del discurso
Ensino de espanhol para crianças
Livro didático
Análise do discurso
Semântica global
Cartografia
Língua espanhola - Estudo e ensino
Livros didáticos - Avaliação
Interdisciplinaridade
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: CAMPOS, Rodrigo da Silva. “Eu acho essas atividades muito infantis”: concepções de ensino e imagens de infância em livros didáticos de espanhol para crianças. 2020. 198 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16845
Data de defesa: 15-Mai-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Rodrigo da Silva Campos - 2020- Completa.pdf4,99 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.