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Tipo do documento: Tese
Título: Pelo reencantamento do mundo: palavra e cultura guarani como inspiração decolonial
Título(s) alternativo(s): Por un reencantamiento del mundo: palabra y cultura guaraní como inspiración decolonial
Autor: Lima, Tarsila de Andrade Ribeiro 
Primeiro orientador: Diogo, Rita de Cássia Miranda
Primeiro membro da banca: Freire, José Ribamar Bessa
Segundo membro da banca: Braga, Elda Firmo
Terceiro membro da banca: Benites, Tonico
Quarto membro da banca: Machado, Ananda
Resumo: Um grito de “Terra à vista” instaurou nossa certidão de nascimento, mesmo já nascidos. Os discursos literários colonialistas se tornaram um embrião para realizar nossa história sob a óptica do outro. Para Quijano (1992), o colonialismo se apresenta como uma forma de dominação direta, abrangendo as esferas política, social e cultural dos europeus sobre os povos conquistados de todo o mundo. Não se trata apenas de uma subordinação à cultura europeia, mas principalmente algo que atinge o imaginário dos povos dominados, o que podemos denominar "colonialidade cultural" (QUIJANO, 1992). A partir do colonialismo foi criada uma estrutura de discriminações sociais pautadas em hierarquias e alicerces racistas e patriarcais, responsáveis pelo que Mignolo chama de “ferida colonial”, trauma consciente da colonialidade sentida por aqueles que se encontram fora do sistema normativo imposto pelos processos colonizatórios. Reconhecer a ferida colonial é compreender que os conteúdos que estudamos são pré-formados a partir de uma retórica cuja âncora está na legitimação de um certo saber, que desvaloriza e marginaliza todos os conteúdos que se desviam da razão instrumental. A partir desse pensamento e do conceito de decolonialidade desenvolvido por autores como Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Catherine Walsh, Ochy Curiel e María Galindo, pretendo contrapor a estética colonizadora ao saber guarani. Para tanto, utilizarei os escritos de Sandra Benites (2018), Eduardo Viveiros e Castro (1996), Graça Graúna (2013), Flusser (2007), dentre outros. Com isso, também pretendo transpor ao texto uma proposta de cura e reencantamento do mundo a partir da perspectiva guarani, ampliando as possibilidades de ver, de ser e de estar no mundo, o que também nos possibilita refletir sobre a presença da literatura indígena no território literário e no âmbito acadêmico
Abstract: Un grito de "Tierra a la vista" instauró nuestra partida de nacimiento, aunque ya habíamos nacido. Los discursos literarios colonialistas se convirtieron en un embrión para realizar nuestra historia bajo la óptica del otro. Para Quijano (1992), el colonialismo se presenta como una forma de dominación directa, abarcando las esferas política, social y cultural de los europeos sobre los pueblos conquistados de todo el mundo. No se trata solo de una subordinación a la cultura europea, sino principalmente de algo que impacta en el imaginario de los pueblos dominados, a lo cual podemos denominar "colonialidad cultural" (QUIJANO, 1992). A partir del colonialismo se crea una estructura de discriminaciones sociales establecidas sobre jerarquías y cimientos racistas y patriarcales, responsables por lo que Mignolo denomina la “herida colonial”, un trauma consciente de la colonialidad sentida por aquellos que se encuentran fuera del sistema normativo impuesto por los procesos colonizadores. Reconocer la herida colonial es comprender que los contenidos que estudiamos son preformados desde una retórica anclada en la legitimación de cierto saber que subestima y margina todos los contenidos que se desvían de la razón instrumental. A partir de ese pensamiento y del concepto de decolonialidad desarrollado por autores como Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Catherine Walsh, Ochy Curiel y María Galindo, pretendo contraponer la estética colonizadora al saber guaraní. Para tanto, utilizaré los escritos de Sandra Benites (2018), Eduardo Viveiros de Castro (1996), Graça Graúna (2013), Vilém Flusser (2007), entre otros, para también transponer al texto una propuesta de cura y reencantamiento del mundo a partir de la perspectiva guaraní, ampliando las posibilidades de ver, de ser y de estar en el mundo, lo cual también nos permite reflexionar sobre la presencia de la literatura indígena en el territorio literario y en el ámbito académico
Palavras-chave: Herida colonial
Decolonialidad
Ferida colonial
Decolonialidade
Literatura indígena
Cultura Guarani
Literatura guarani
Colônias
Literatura - Estética
Hierarquias – Brasil
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: LIMA, Tarsila de Andrade Ribeiro. Pelo reencantamento do mundo: palavra e cultura guarani como inspiração decolonial. 2020. 170 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16867
Data de defesa: 22-Jun-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras

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