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Tipo do documento: Dissertação
Título: As pautas do movimento feminista na cidade do Rio de Janeiro de 2015-2018: as possíveis escalas de abordagem
Título(s) alternativo(s): The agendas of the feminist movement in the city of Rio de Janeiro 2015-2018: the possible scales of approach
Autor: Cardia, Rita Helena Miranda 
Primeiro orientador: Machado, Mônica Sampaio
Primeiro membro da banca: Lamego, Mariana Araújo
Segundo membro da banca: Marconsin, Cleier
Terceiro membro da banca: Rodrigues, Luciana Boiteux de Figueiredo
Resumo: Em resposta aos efeitos da crise econômica internacional e os planos de austeridade em vários países com avanço da direta e grupos políticos que incitam valores conservadores e misóginos, as mulheres passaram a se organizar em escala global e sair às ruas contra a violência machista, pela igualdade salarial e em defesa das liberdades democráticas, como o direito à livre sexualidade e ao aborto, legal, seguro e gratuito. Expressões disso são os movimentos “Ni Una Menos” na América Latina e as greves de mulheres na Europa. No Brasil em 2015, a onda de manifestações de mulheres para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 5069/2013, de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e a grande repercussão de campanhas contra a violência e assédio nas redes sociais que pautou a sociedade, ficou conhecida como Primavera Feminista. O objetivo dessa dissertação foi analisar a articulação do movimento feminista e suas pautas e a organização das manifestações na cidade do Rio de Janeiro no período entre a Primavera Feminista em 2015 a março de 2018, quando ocorreu a segunda Greve Internacional de Mulheres. A base conceitual desse estudo encontrou suporte nas geógrafas Joseli Silva, Rosa Ester Rossini, Linda Macdowell, Susana Maria Veleda da Silva, traçando o panorama do desenvolvimento epistemológico e as vertentes do subcampo Geografias Feministas e de Gênero. E na teoria feminista de perspectiva marxista em base as leituras de Andrea D´atri, Heleieth Saffioti e Diana Assunção. Do ponto de vista geográfico as manifestações ocorreram no espaço urbano e foi analisado os lugares na escolha do trajeto. Constatou-se a importância da realização das manifestações no espaço público em frente de lugares que representam o poder público da metrópole do Rio de Janeiro. A partir das pautas identificadas, realizou-se uma breve reflexão sobre as escalas e a possibilidade do “salto escalar” com a articulação a partir da Greve Internacional de Mulheres, tendo como fundamentação a teoria esquemática da produção da escala, elaborada pelo geógrafo Neil Smith. Um dos resultados observados a partir das entrevistas de ativistas de coletivos feministas, é que uma porcentagem representativa da geração atual entre 16 e 24 anos se declara feminista, sendo as redes sociais consideradas um espaço de formação, de troca de informações e articulação de campanhas virtuais e atos que se expressaram nas ruas. As pautas do movimento feminista foram analisadas a partir da premissa de que o fator decisivo da história é a produção e reprodução da vida, segundo a teoria materialista, e a importância do estudo de gênero pela Geografia se dá pelo fato de que o espaço geográfico é a materialização da sociedade e toda a existência humana é espacial
Abstract: In response to the effects of the international economic crisis and the austerity policys in several countries with the advance of the rightwing and political groups that incite conservative and misogynistic values, women started to organize themselves on a global scale and take to the streets against sexist violence, for wage equality and in defense of democratic liberties, such as the right to a free sexuality and legal, safe and free abortion. Expressions of this are the “Ni Una Menos” movements in Latin America and the strikes of women in Europe. In Brazil in 2015, the wave of demonstrations by women to protest against the bill 5069/2013, authored by the federal deputy at the time Eduardo Cunha (PMDB / RJ), and the great repercussion of campaigns against violence and harassment in the social networks that guided society, it became known as Feminist Spring. The objective of this dissertation was to analyze the articulation of the feminist movement and its agendas and the organization of the demonstrations in the city of Rio de Janeiro in the period between the Feminist Spring in 2015 and March 2018, when the second International Strike of Women took place. The conceptual basis of this study found support in geographers Joseli Silva, Rosa Ester Rossini, Linda Macdowell, Susana Maria Veleda da Silva, outlining the panorama of epistemological development and the aspects of the Feminist and Gender Geographies subfield. The feminist theory from a Marxist perspective is based on the readings of Andrea D´atri, Heleieth Saffioti and Diana Assunção. From the geographical point of view, the demonstrations took place in the urban space and the places were analyzed when choosing the route. It was found the importance of carrying out the demonstrations in the public space in front of places that represent the public power of the metropolis of Rio de Janeiro. From the identified agendas, a brief reflection was made on the scales and the possibility of the “scalar jump” with the articulation from the International Strike of Women, based on the schematic theory of scale production, elaborated by the geographer Neil Smith. One of the results observed from interviews with activists of feminist collectives is that a representative percentage of the current generation between 16 and 24 years old declares to be feminist, with social networks being considered a space for training, exchanging information and articulating virtual campaigns and acts that were expressed also in the streets. The agendas of the feminist movement were analyzed from the premise that the decisive factor in history is the production and reproduction of life, according to materialist theory, and the importance of gender study by Geography is due to the fact that geographic space is the materialization of society and all human existence is spatial
Palavras-chave: Feminism
Gender-based violence
Right to abortion
Feminist Spring
Women's rights
Feminist geographies
Space
Scale
Feminismo
Violência de gênero
Direito ao aborto
Primavera Feminista
Lugar
Escala
Geografia feminista – Rio de Janeiro (RJ)
Feminismo – Rio de Janeiro (RJ) – 2015-2018
Geografia humana – Rio de janeiro (RJ)
Movimentos sociais – Rio de Janeiro (RJ) – 2015-2018
Direito das mulheres – Rio de Janeiro (RJ)
Espaços públicos – Rio de Janeiro (RJ)
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Citação: CARDIA, Rita Helena Miranda. As pautas do movimento feminista na cidade do Rio de Janeiro de 2015-2018: as possíveis escalas de abordagem. 2018. 203 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16895
Data de defesa: 25-Mai-2018
Aparece nas coleções:Mestrado em Geografia

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