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Tipo do documento: Dissertação
Título: A filosofia africana no currículo do Ensino Médio
Título(s) alternativo(s): African philosophy in the high school curriculum
Autor: Ferreira, Adriano Ibiapina 
Primeiro orientador: Ribeiro Neto, Alexandre
Primeiro membro da banca: Lopes, Pedro Alvim Leite
Segundo membro da banca: Martins, Angela Maria Souza
Resumo: O nosso trabalho estabelece as relações entre a colonização como sustentáculo da modernidade e como este fato teve impacto nas subjetividades dos povos, que sofreram este processo. Entendemos que o discurso entre civilizado e não civilizado foi primordial para manutenção de poder entre grupos. Para problematizar a colonialidade do saber buscamos outros autores trilhas, pistas que nos permitissem refletir sobre essa questão. É neste sentido, que o ensino de Filosofia no Ensino Médio surge como possibilidade de estabelecer outras relações sobre o fazer filosófico. Elegemos como objetivo central do trabalho: problematizar o currículo eurocêntrico de Filosofia do Ensino Médio e o apagamento de outros conhecimentos filosóficos, sobretudo, os produzidos por povos africanos, que possibilitariam ressignificar o olhar sobre a África, sobre os africanos e a Diáspora. Compreendemos que a Filosofia possui um papel importante no projeto de educação Antirracista. Dessa forma, elencamos como objetivos específicos desse trabalho de pesquisa: analisar os enfrentamentos humanos articulados ao conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, sob a égide de saberes prescritos que são pacotes didático-curriculares excludentes da diversidade étnicocultural; pesquisar os possíveis desdobramentos das políticas educacionais nas realidades e linguagens sociais de resistência à manifestação do preconceito e o estabelecimento no plano da formação para a diferenciação humana; compreender as raízes históricas que justificam a manutenção da formação eurocêntrica no atual estágio e como as práticas decolonizantes na dialética entre teoria e prática, ensino e aprendizagem podem modificar o cotidiano escolar ao inserir no currículo o ensino de Filosofia africana. Nosso trabalho é de revisão bibliográfica, e também, partindo da proposta metodológica de Spivak (2014) realizamos algumas rodas de conversas com alunos do Ensino Médio do Colégio Souza Duarte dessas rodas surgiram alguns desenhos, como resposta ao conteúdo que ministrávamos em sala de aula. Estabelecemos como suporte teórico metodológico: Moreira e Silva (2002), para acompanhar as discussões sobre as práticas curriculares e sua produção como artefato social ; Fanon (1961) para conhecer o início do pensamento africano e a interlocução com a obra de Freire (1967); Elias ( 1993 e 1994), para conhecer os conceitos de civilização e barbárie e assim dialogar com os autores decoloniais, entre eles: Walsh (2005, 2007); Quijano (2010); Mignolo (2003); Torres (2007); e Santos (2006; 2010) nos quais analisaremos os conceitos de colonialidade do saber, colonialismo, Filosofia, decolonialidade. Defendemos como hipótese que o ensino de Filosofia pode auxiliar na caminhada antirracista por trazer novas significações sobre as produções de saberes em especifico a Filosofia africana, como resultados consideramos a possibilidade de formação emancipatória pelo conhecimento que torne possível o repensar dos objetivos da formação escolar enquanto formação humana, sinalizando que, estudar a Filosofia africana é importante em um país que tem uma relação direta com a África
Abstract: Our work establishes the relationship between colonization as a mainstay of modernity and how this fact had an impact on the subjectivities of the peoples, who underwent this process. We understand that the discourse between civilized and non-civilized was essential for maintaining power between groups. To problematize the coloniality of knowledge, we looked for other trail authors, clues that would allow us to reflect on this issue. It is in this sense that the teaching of Philosophy in High School emerges as a possibility to establish other relationships about philosophical doing. We chose as the central objective of the work: to problematize the Eurocentric Curriculum of High School Philosophy and the erasure of other philosophical knowledge, especially that produced by African peoples, which would make it possible to reframe the view on Africa, Africans and the Diaspora. We understand that Philosophy has an important role in the anti-racist education project. Thus, we list as specific objectives of this research work: to analyze human confrontations linked to the knowledge historically accumulated by humanity, under the aegis of prescribed knowledge that are didactic-curricular packages excluding ethnic-cultural diversity; research the possible consequences of educational policies in the realities and social languages of resistance to the manifestation of prejudice and the establishment in the field of training for human differentiation; understand the historical roots that justify the maintenance of the Eurocentric formation in the current stage and how the decolonizing practices in the dialectic between theory and practice, teaching and learning can modify the school routine by inserting the teaching of African philosophy in the curriculum. Our work is a bibliographic review, and also, starting from Spivak's methodological proposal (2014), we carried out some rounds of conversations with high school students at Colégio Souza Duarte. These rounds came up with some drawings, in response to the content we taught in class. We have established the following methodological theoretical support: Moreira and Silva (2002), to accompany the discussions on curricular practices and their production as a social artifact; Fanon (1961) to learn about the beginning of African thought and the dialogue with the work of Freire (1967); Elias (1993 and 1994), to get to know the concepts of civilization and barbarism and thus dialogue with the decolonial authors, among them: Walsh (2005, 2007); Quijano (2010); Mignolo (2003); Torres (2007); and Santos (2006; 2010) in which we will analyze the concepts of coloniality of knowledge, colonialism, Philosophy, decoloniality. We defend as a hypothesis that the teaching of Philosophy can assist in the anti-racist journey by bringing new meanings about the production of knowledge in specific African Philosophy, as a considerable result the possibility of emancipatory training through knowledge that makes it possible to rethink the objectives of school training while training human, signaling that, studying African Philosophy is important in a country that has a direct relationship with Africa
Palavras-chave: Curriculum
Philosophy teaching
African philosophy
Curriculo
Filosofia africana
Filosofia - Ensino
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::CURRICULO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Citação: FERREIRA, Adriano Ibiapina. A filosofia africana no currículo do Ensino Médio. 2020. 105f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação) - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2020 .
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16961
Data de defesa: 26-Nov-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação

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