Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17081
Tipo do documento: Tese
Título: Que país é esse? Geografias em disputa na Base Nacional Comum Curricular
Título(s) alternativo(s): What country is this? Geographies under Dispute in the National Common Basic Curriculum
Autor: Rodrigues, Phelipe Florez 
Primeiro orientador: Frangella, Rita de Cassia Prazeres
Primeiro membro da banca: Lopes, Alice Casimiro
Segundo membro da banca: Rocha, Ana Angelita Costa Neves da
Terceiro membro da banca: Oliveira, Veronica Borges de
Quarto membro da banca: Carvalho, Maria Inez
Resumo: Este estudo tem o objetivo de analisar a Base Nacional Comum Curricular em seus processos políticos de elaboração tendo como foco de investigação a proposta para os anos finais do ensino fundamental na disciplina Geografia. Para desenvolver tais análises aporto-me em um escopo teórico pós-estrutural, sobretudo, no diálogo com Ernesto Laclau e Homi Bhabha. Postulo a negação de originalidade na produção de sentidos e assumo o currículo como espaço de negociação e articulação múltiplas que produzem sentidos não só para a Geografia, mas em outros contextos interligados, sem apriorismos. Tomando a Base Nacional Comum Curricular como objeto central a entendendo como uma política curricular que busca se engendrar a um processo fechado em torno de um ideário nacional e produziu sentidos na Geografia. Compõe o material de análise deste trabalho a versão final homologada da Base Nacional Comum Curricular do ano de 2018, os documentos voltados a esta política produzidos por agentes públicos e privados e os textos intitulados como “leituras críticas” produzidos a pedido do ministério da educação ao longo do processo de elaboração da BNCC por sujeitos integrantes da comunidade disciplinar da Geografia. Os dados e a análise produzida evidenciaram que a agenda em torno de um ideário nacional, marcantes na política curricular, reverberou na Geografia produzindo um discurso que buscou centrar-se em uma concepção de espaço materializada, endurecida em uma essência apriorística e submissa a transformações deflagradas e ordenadas em uma temporalidade linear. Contudo, busquei argumentar que esta agenda não alcançou a plenitude, uma vez que produziu uma proposta para a Geografia em tensionamento e divergências com diversas matrizes teóricas do pensamento geográfico, destacando, para isto, as contribuições da Geografia crítica de Ruy Moreira e Lana Cavalcanti, bem como, as abordagens pós-críticas produzidas por Rogério Haesbeart e Dooren Massey. Pontuo que esta divergência multidirecional se deve a articulação performatizada na política com demandas curriculares outras como o desenvolvimento de competências e habilidades. Este encaminhamento se direcionou em favor da busca por formações de supostos sujeitos nacionais em detrimento de demandas teórico-metodológicas reivindicadas por diferentes atores sociais que compõem a comunidade disciplinar da Geografia. Argumenta-se que uma vez assumida pela esfera estatal este desenho com algo democrático, a proposta curricular para a disciplina buscou forjar sentidos identitários, comuns e essenciais como forma de endossar um projeto de currículo nacional.
Abstract: This study aims to analyze the National Common Basic Curriculum in its political drafting processes, focusing the investigation on the proposal for the later grades of elementary school in the subject of Geography. I have developed this analysis through the lens of a post-structural theoretical scope, mainly, of the dialogue with Ernesto Laclau and Homi Bhabha. I postulate the negation of originality in the production of senses, and I consider the curriculum as a space for multiple negotiations and articulations, which generate meaning not only for Geography, but also in other interconnected contexts, without a priori ideas. Taking the National Common Basic Curriculum as the central object, I understand it as a curricular policy which seeks to establish a sealed-off process around a national ideology and has produced meaning in the subject of Geography. The analytical material of this work comprises the final authenticated version of the National Common Basic Curriculum for 2018, the documents geared towards this policy produced by private agents, and the texts entitled as “critical reviews” produced at the request of the ministry of education throughout the drafting of the National Common Basic Curriculum by individuals associated with the Geography-teaching community. The data and the analysis produced have demonstrated that the agenda around a national ideology, which is present in the curricular policy, has reverberated in the discipline of Geography, producing a discourse that has sought to focus on a materialized idea of space, rigidified in an a priori essence, and subjected to changes caused and demanded in a linear temporality. Nevertheless, I have attempted to argue that this agenda has not fully blossomed, since it has generated for Geography a proposal that was at odds with several theoretical branches of the geographical discipline, among which I would highlight the contributions of the critical Geography by Ruy Moreira, Lana Cavalcanti and Sonia Castelar, as well as the post-critical approaches produced by Rogério Haesbeart and Dooren Massey. I would stress that this multidirectional divergence is due to the performative articulation of the policy with other curricular demands, such as the development of competencies and skills. This approach favored the search for the upbringing of national subjects at the expense of theoretical-methodological demands, claimed by the different social actors who comprise the discipline of Geography as a community. I argue that, once the State assumes this design with democratic features, the curricular proposal for the discipline attempts to forge common-ground, critical and identity-related meanings, as a way to endorse a national curriculum project.
Palavras-chave: National Common Basic Curriculum
Geography
Curricular Policy
Discourse
Nation
Base Nacional Comum Curricular
Geografia
Política Curricular
Discurso
Nação
Educação
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: RODRIGUES, Phelipe Florez. Que país é esse? Geografias em disputas na Base Nacional Comum Curricular. 2020. 150 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17081
Data de defesa: 3-Dez-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Phelipe Florez Rodrigues - 2020 - Completa.pdf1,08 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons