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Tipo do documento: Dissertação
Título: Processos de subjetivação de mulheres pretas psicólogas: humanidades e (re)existências
Título(s) alternativo(s): Subjectivation processes of black women psychologists: humanities and (re)existences
Autor: Amaro, Tainá Valente 
Primeiro orientador: Mattos, Amana Rocha
Primeiro membro da banca: Silva, Conceição Firmina Seixas
Segundo membro da banca: Gomes, Janaína Damaceno
Terceiro membro da banca: Alves, Míriam Cristiane
Resumo: Este estudo tem como objetivo mapear e compreender as estratégias coletivas de (re)existências que têm sido criadas por mulheres pretas psicólogas na cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana. O referencial teórico-metodológico parte das teorias interseccionais pretas. A interseccionalidade busca compreender a forma com que racismo, patriarcalismo e opressão de classe articulam-se, criando desigualdades que estruturam as relações de gênero, raça, classe e outras. O campo de pesquisa compreendeu o mapeamento de redes, coletivos, grupos e demais movimentos construídos por psicólogas pretas que se dedicam a construção de uma Psicologia politicamente comprometida com as relações raciais. Após o mapeamento destas redes foram realizadas cinco entrevistas semiestruturadas com seis psicólogas pretas participantes de alguns destes movimentos. A partir das entrevistas, foi possível resgatar a história dessas redes, compreender suas formas organizativas, assim como compreender as trajetórias pessoais, de formação e atuação das participantes, no exercício de uma profissão tradicionalmente elitizada e que segue a lógica colonial de subalternização de pessoas pretas. Foi destacada a importância dos coletivos/grupos pretos da Psicologia para a (re)existência destas psicólogas na graduação e também como espaços de acolhimentos durante a prática profissional. Foi evidenciada o aumento da procura de atendimento psicológico por parte de pacientes pretos. A relação psicóloga preta - paciente preta/preto foi relatada como um desafio, pois são trazidas por estes pacientes demandas que não foram trabalhadas na formação em Psicologia. As relações com colegas e pacientes pretos auxiliam para que as psicólogas pretas consigam pensar seus próprios processos de subjetivação e de identificação racial, que se dediquem ao estudo das relações racias e construam práticas que permitam o cuidado integral da saúde da população negra. Faz-se eco as vozes que historicamente denunciam as dificuldades que a Psicologia hegemônica possui em se debruçar sobre os estudos de raça e racismo e o seu não comprometimento com a prática antirracista. Emerge a necessidade de construção de outras práticas, de outras Psicologias e a visibilidade da contribuição de pessoas pretas para a consolidação da Psicologia enquanto Ciência e Profissão no Brasil.
Abstract: This study aims to map and understand the collective strategies of (re)existences that have been created by black women psychologists in the city of Rio de Janeiro and its Metropolitan Region. The theoretical-methodological framework is based on black intersectionality theories. Intersectionality seeks to understand the way in which racism, patriarchy and class oppression are articulated, creating inequalities that structure gender, race, class and other relationships. The research field included the mapping of networks, collectives, groups and other movements built by black women psychologists who are dedicated to the construction of a Psychology that is politically committed to racial relations. After mapping these networks, five semi-structured interviews were conducted with six black women psychologists who participated in some of these movements. From the interviews, it was possible to rescue the history of these networks, understand their organizational forms, as well as understand the personal trajectories, training and performance of the participants, in the exercise of a traditionally elite profession that follows the colonial logic of subalternization of black people. The importance of black groups in Psychology was highlighted for the (re)existence of these psychologists in graduation and also as spaces for reception during professional practice. An increase in the demand for psychological care by black patients was evidenced. The black psychologist- black patient relationship was reported as a challenge, as these patients bring demands that were not dealt with in Psychology training. Relationships with black colleagues and patients help black women psychologists to think about their own processes of subjectivation and racial identification, to dedicate themselves to the study of racial relations and to build practices that allow for comprehensive health care for the black population. The voices that historically denounce the difficulties that hegemonic Psychology has in addressing the studies of race and racism and its non-commitment to the anti-racist practice are echoed. Emerges the need to build other practices, other Psychology and the visibility of the contribution of black people to the consolidation of Psychology as a Science and Profession in Brazil.
Palavras-chave: Black women psychologists
Anti-racism
Intersectionality
Subjectivation processes
Mulheres pretas psicólogas
Interseccionalidade
Antirracismo
Processos de subjetivação
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL::PAPEIS E ESTRUTURAS SOCIAIS; INDIVIDUO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: Amaro, Tainá Valente. Processos de subjetivação de mulheres pretas psicólogas: humanidades e (re)existências. 2021. 133 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17155
Data de defesa: 28-Jun-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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