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Tipo do documento: Tese
Título: Formas de pensar pesquisa-militância-infância com o Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente: Ensaios bakhtinianos
Título(s) alternativo(s): Ways of thinking about research-activism-childhood with the Research Group on Childhood and Teaching Knowledge
Autor: Menezes, Flávia Maria de 
Primeiro orientador: Aquino, Ligia Maria Motta Lima Leão de
Primeiro membro da banca: Pereira, Rita Marisa Ribes
Segundo membro da banca: Motta, Flavia Miller Naethe
Terceiro membro da banca: Gomes, Lisandra Ogg
Quarto membro da banca: Lopes, Jader Janer Moreira
Resumo: E no meio do caminho encontrei uma pedra, aliás muitas e quem não as encontra? Mas aquela pedra não era qualquer pedra, daquelas que ignoramos ou choramos diante dela, porque não somos o poeta que de pedra faz poesia. Choramos porque as pedras nos empedram. Mas aquela pedra tinha rastros de poesia, e se tornou a pedra fundamental que encontrei no caminho. Lembrei do Harry Potter e a pedra filosofal. Fundamental ou filosofal, acho que era uma pedra com as duas potências: fundar pensamentos. E assim, não me desviei, não chorei, não ignorei, apenas me sentei na cadeira, frente ao computador e, quando dei por mim, 157 páginas de narrativas. Para os que precisam ler, para os que foram convidados a ler, para aqueles curiosos, para os que leem porque têm empatia comigo ou porque não têm empatia comigo vou dizer dessas 157 páginas. A pedra filosofal que me inspirou na produção desta escritura é bakhtiniana, com aportes nas obras de Mikhail Bakhtin (2019, 2017, 2015, 2014, 1999) e seus leitores; mas também tive inspiração em Walter Benjamin (2011, 2009 e 1987) e outros pensadores dos estudos da infância e da literatura, uma forma de lapidação para conferir maior intensidade ao brilho da pedra. Como a inspiração bakhtiniana é cronotópica, a minha ação/motivação se deu na produção de uma narrativa que enuncie a trilogia pesquisa-infância-militância como um vértice de força de um grupo de pesquisa que se dedica à infância e ao saber docente, afirmando as crianças como sujeitos políticos e a educação infantil como um território de infância. Esta trilogia tem sustentado o compromisso deste grupo em criar uma produção acadêmica comprometida com o enfrentamento de toda a forma de colonização das práticas educativas com as crianças. Isso porque o tempo e o espaço estão impregnados de forças tóxicas, que paralisam, que desmobilizam, que enfraquecem as pessoas e as instituições, principalmente o que é público, que se tornou alvo dessas forças. Forças que encontraram na ciência, na produção acadêmica, nas pesquisas, nos pesquisadores e pesquisadoras o seu antídoto. Portanto, encontrei a força desta escritura na produção do conhecimento do Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente, coordenado na UERJ pela Profª Dra. Ligia Aquino. Este grupo é o herói desta narrativa. A compreensão respondente, o cotejo e a leitura cronotópica foram as formas metodológicas que fundamentaram o caminhar nesta experiência com a pesquisa, tanto para pensar as crianças e a infância, quanto para ler cronotopicamente as produções do GRUPISD, como também para pensar os cronotopos pelos quais essas produções ganharam forma: as pesquisas de mestrado expressas nas dissertações do GRUPISD, no período de 2013-2018, e os grupos de WhatsApp onde a presença nesses grupos fortalece a trilogia pesquisa-militância-infância. Nesse caminhar fui produzindo alguns acabamentos: pesquisa e militância estão na mesma cadeia de sentidos; a experiência é a melhor leitura com a infância, aquela que possibilitou as crianças em presença nas pesquisas do GRUPISD; pesquisar é militar com a ciência e a possibilidade de um grupo de pessoas políticas dissipar a atmosfera escatológica que paira sobre os contextos de democracia na nossa sociedade.
Abstract: And in the middle of the way I found a stone, by the way many and who doesn't find them? But that stone was not just any stone, one of those that we ignore or cry before it, because we are not the poet who makes poetry out of stone. We cry because the stones block us. But that stone had traces of poetry, and it became the cornerstone I found on the way. I remembered Harry Potter and the Philosopher's Stone. Fundamental or philosophical, I think it was a rock with two powers: to found thoughts. And so, I didn't deviate, I didn't cry, I didn't ignore it, I just sat in the chair, in front of the computer and, when I found myself, 157 pages of narratives. For those who need to read, for those who have been invited to read, for those who are curious, for those who read because they empathize with me or because they don't empathize with me, I'll say from these 157 pages. The philosopher's stone that inspired me in the production of this writing is Bakhtinian, with contributions in the works of Mikhail Bakhtin (2019, 2017, 2015, 2014, 1999) and his readers; but I was also inspired by Walter Benjamin (2011, 2009 and 1987) and other thinkers in childhood studies and literature, a form of polishing to give greater intensity to the stone's brilliance. As the Bakhtinian inspiration is chronotopic, my action/motivation took place in the production of a narrative that enunciates the research-childhood-militance trilogy as a vertex of strength of a research group dedicated to childhood and teaching knowledge, affirming the children as political subjects and early childhood education as a childhood territory. This trilogy has sustained the commitment of this group to create an academic production committed to facing all forms of colonization of educational practices with children. This is because time and space are impregnated with toxic forces, which paralyze, demobilize, weaken people and institutions, especially what is public, which has become the target of these forces. Forces that have found in science, in academic production, in research, in researchers and researchers their antidote. Therefore, I found the strength of this writing in the production of knowledge by the Research Group for Childhood and Teaching Knowledge, coordinated at UERJ by Prof. Dr. Ligia Aquino. This group is the hero of this narrative. Respondent understanding, collation and chronotopic reading were the methodological forms that underpinned the walk in this experience with research, both to think about children and childhood, and to chronotopically read the productions of GRUPISD, as well as to think about the chronotopes by which these productions took shape: the master's research expressed in the GRUPISD dissertations, in the period 2013-2018, and the WhatsApp groups where the presence in these groups strengthens the research-militance-childhood trilogy. Along this path, I produced some finishes: research and militancy are in the same chain of meanings; the experience is the best reading with childhood, the one that enabled the children to be present in the GRUPISD surveys; research is military with science and the possibility of a group of political people to dissipate the eschatological atmosphere that hangs over the contexts of democracy in our society.
Palavras-chave: Childhood
Militancy
Research group
Chronotopes
Infância
Militância
Grupo de pesquisa
Cronotopos
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: MENEZES, Flávia Maria de. Formas de pensar pesquisa-militância-infância com o Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente: Ensaios bakhtinianos. 2021.154 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17165
Data de defesa: 26-Mar-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

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