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Tipo do documento: Dissertação
Título: “Será que o que faço é psicoterapia?”: o atendimento psicológico em domicílio sob a perspectiva Fenomenológico-Existencial
Título(s) alternativo(s): What do I do is psychotherapy?”: Psychological care at home from the Phenomenological-Existential perspective
Autor: Carvalho, Biancha da Silva Souza 
Primeiro orientador: Feijoo, Ana Maria Lopez Calvo de
Primeiro membro da banca: Tsallis, Alexandra Cleopatre
Segundo membro da banca: Protásio, Myriam Moreira
Terceiro membro da banca: Vorsatz, Ingrid de Mello
Resumo: A Psicologia como ciência e profissão, encontra-se em expansão no Brasil, adquirindo novos contornos e especificidades na medida em que acompanha as transformações e os acontecimentos históricos no âmbito político, social, econômico e tecnológico do país. O atendimento psicológico em domicílio é uma modalidade de atuação que se encontra em expansão no Brasil. O profissional é solicitado para ir ao encontro daquele que apresenta dificuldades de se locomover até o consultório devido a uma patologia, uma indisposição emocional ou opta pelo conforto do lar. Concomitante, é perceptível o crescimento expressivo do número de pessoas idosas, na população brasileira na última década, devido ao avanço da medicina e seus vastos recursos para prolongar o tempo e a qualidade de vida da população. Isso acaba por consolidar o serviço de assistência domiciliar, tanto na esfera pública (atenção básica) como na particular (home care). Assim, o presente estudo tem como objetivo perguntar da possibilidade de uma prática clínica de base fenomenológico-existencial que ocorra no âmbito domiciliar, que não se ampara em uma atividade tecnocrata. Para tanto, iniciamos a trajetória investigativa exibindo situações clínicas que evidenciavam como as especificidades da clínica psicológica tradicional se configuravam em meio às peculiaridades do ambiente domiciliar e como a autora lidou com os elementos em questão alicerçada na fenomenologia-existencial. Em seguida, elaboramos uma revisão narrativa da literatura de pesquisas qualitativas sobre relatos de experiências de psicólogos que atuavam em domicílio. Nos valemos da suspensão fenomenológica durante a leitura das publicações para apontar a percepção dos autores frente a configuração do sigilo, da privacidade, do contato com os familiares e cuidadores nesse âmbito, bem como as dificuldades e desafios assinalados pelos psicólogos e concluímos que estudos se fundamentam em uma perspectiva tecnocrata. Desse modo, nos propusemos a realizar uma análise comparativa entre a prática psicoterápica tradicional e a de cunho fenomenológico-existencial para, enfim, podermos responder a indagação: será que o que faço é psicoterapia?. Para isso, abordamos o significado etimológico da palavra psicoterapia que diz de um modo de cuidado da alma. Encerramos a temática destacando o modo-de-ser-psicoterapeuta para enfatizar que o psicoterapeuta não se limita ao cumprimento de uma função, mas pode ser uma atitude, um modo-de-ser. Por fim, concluímos que há tempos a clínica psicológica já não se reduz a um ambiente particular e minimamente estável, pois a psicologia clínica e a escuta clínica acontecem em qualquer lugar, em qualquer área de atuação profissional. Além do mais, defendemos que é possível lidar com os elementos da psicoterapia sem assumir uma postura tutelar.
Abstract: Psychology as a science and career is expanding in Brazil, acquiring new outlines and specificities as it follows the transformations and historical events in the political, social, economic, and technological areas of the country. Psychological care at home is a modality of activity that is expanding in Brazil. The professional is requested to encounter the one who has difficulty getting to the psychological office due to a pathology, an emotional malaise, or opts for the comfort of home. Concomitantly, the significant growth in the number of older adults in the Brazilian population over the last decade is noticeable, due to the advances of medicine and its vast resources to extend the time and quality of life of the population. This consolidated the Home Care service both in the public sphere (primary care) as in private (home care). Thus, the present study aims to ask about the possibility of a phenomenological-existential clinical practice that occurs at home but does not rely on a technocratic activity. Therefore, we began the investigative trajectory by showing clinical situations that evidenced how the specificities of the traditional psychological clinic were configured amid the peculiarities of the home environment and how the author dealt with the elements in question, based on the existential phenomenology. We then elaborated a narrative review of the qualitative research literature on experience reports of home-based psychologists. We used the phenomenological suspension while reading the publications to point out the authors' perception regarding the configuration of confidentiality, privacy, contact with family and caregivers in this area, as well as the difficulties and challenges pointed out by psychologists, and we conclude that the studies are based on a technocratic perspective. Thereby, we proposed to make a comparative analysis between the traditional psychotherapeutic practice and the phenomenological-existential one so that we can finally answer the question: what I do is psychotherapy? For this, we approach the etymological meaning of the word psychotherapy, which refers to a way of caring for the soul. We close the topic by highlighting the psychotherapist's way of being to emphasize that the psychotherapist is not limited to the fulfillment of a function, but can be an attitude, a way of being. Finally, we conclude that for a long time, clinical psychology has no longer been reduced to a particular and minimally stable environment, because clinical psychology and clinical listening take place anywhere, in any area of professional practice. Moreover, we defend that it is possible to deal with the elements of psychotherapy without assuming a tutelary posture.
Palavras-chave: Psychotherapy
Home care
Existential phenomenology
Psicologia Social
Psicoterapia
Visita domiciliar
Psicoterapia
Assistência domiciliar
Fenomenologia-existencial
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: CARVALHO, Biancha da Silva Souza. “Será que o que faço é psicoterapia?”: o atendimento psicológico em domicílio sob a perspectiva Fenomenológico-Existencial. 2020. 121 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17235
Data de defesa: 30-Mar-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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