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Tipo do documento: Dissertação
Título: Fabulação do corpo hospiciado: escritas comprometidas e pensamento antimanicomial
Título(s) alternativo(s): Fabulation of the hospitalized body: compromissed writing and anti-asylum thinking
Autor: Tavares, Arthur Daibert Machado 
Primeiro orientador: Tsallis, Alexandra Cleopatre
Primeiro membro da banca: Mattos, Amana Rocha
Segundo membro da banca: Ferreira, João Batista de Oliveira
Terceiro membro da banca: Silveira, Marília
Resumo: Esta dissertação parte de uma preocupação com os retrocessos que vêm ocorrendo no processo da Reforma Psiquiátrica brasileira, em meio a um retorno de políticas conservadoras e reacionárias que ultrapassa o campo da saúde mental, mas que o atinge gravemente. Na introdução, traço um breve histórico desse contexto que vem sendo chamado de Contrarreforma Psiquiátrica. Tomando como principal referência textos elaborados, de diferentes modos, por pessoas que estiveram internadas em hospícios, sigo para um capítulo metodológico em que discuto as relações entre o olhar distanciado e o conceito central deste trabalho: a fabulação do corpo hospiciado. O corpo é aqui considerado não como uma origem ou um fim, mas como um processo de constante feitura — seja para ser interrompido, paralisado ou petrificado em formas fixas, em sua modalidade manicomial, seja para desencadear as forças criativas e transformadoras alinhadas às potências de vida, em sua modalidade antimanicomial. Começo o percurso do texto discutindo as práticas através das quais a morte é cultivada no Hospício e para além de seus muros. Em seguida, caminho pelos modos como a hierarquia manicomial se forma, junto à fabulação da doença mental, perpetuando igualdades e diferenças assimétricas que legitimam o julgamento de nossos atos. Ao final, discuto as relações entre o corpo e a prática da escrita, contrapondo a textualidade manicomial distanciada às escritas comprometidas. Subvertida, a escrita pode aparecer como uma prática de passagem e transfiguração de si e do mundo que faz ruir a formação estatuária da doença mental, pondo-se em contato com o mistério que aciona o movimento. Através de uma escrita comprometida, torna-se possível liberar a imaginação para voltar a fabular, coletivamente, uma sociedade sem manicômios.
Abstract: This dissertation is based on a concern with the setbacks that have been occurring in the process of the Brazilian Psychiatric Reform, in the midst of a return of conservative and reactionary policies that go beyond the field of mental health, but which hit it seriously. In the introduction, I trace a brief history of this context that has been called Psychiatric Counter-reform. Taking as main reference texts elaborated, in different ways, by people who were hospitalized in hospices, I move on to a methodological chapter in which I discuss the relations between the distant gaze and the central concept of this work: the fabulation of the hospitalized body. The body is considered here not as an origin or an end, but as a process of constant making — whether to be interrupted, paralyzed or petrified in fixed forms, in its asylum mode, or to unleash the creative and transforming forces aligned with the potencys of life, in its anti-asylum modality. I begin the route of the text by discussing the practices through which death is cultivated in the Hospice and beyond its walls. Then, I walk through the ways in which the asylum hierarchy is formed, together with the fable of mental illness, perpetuating asymmetrical equality and differences that legitimize the judgment of our actions. At the end, I discuss the relationships between the body and the practice of writing, contrasting the distanced asylum textuality with the compromised writings. Subverted, writing can appear as a practice of passing and transfiguring oneself and the world that causes the statuary formation of mental illness to collapse, putting itself in contact with the mystery that triggers the movement. Through compromised writing, it becomes possible to free the imagination to return to fabulating, collectively, a society without asylums.
Palavras-chave: Asylum
Writing
Anti-asylum Movement
Psicologia Social
Hospício
Escrita
Movimento Antimanicomial
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: TAVARES, Arthur Daibert Machado. Fabulação do corpo hospiciado: escritas comprometidas e pensamento antimanicomial. 2021. 152 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17333
Data de defesa: 5-Fev-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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