Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17350
Tipo do documento: Tese
Título: Crenças maternas sobre competências emocionais e estratégias de regulação emocional: impactos na autorregulação emocional dos filhos
Título(s) alternativo(s): Maternal beliefs about emotional competences and emotional regulation strategies: impacts on children's emotional self-regulation
Autor: Souza, Ana Beatriz de Mota e 
Primeiro orientador: Mendes , Deise Maria Leal Fernandes
Primeiro membro da banca: Quitério, Patrícia Lorena
Segundo membro da banca: Carvalho, Ana Lúcia Novais
Terceiro membro da banca: Machado, Rebeca Nonato
Quarto membro da banca: Vicente, Carla Cristine
Resumo: A regulação das emoções destaca-se por seu papel preponderante na saúde mental, no sucesso acadêmico e na competência social. O estudo das crenças parentais sobre competência emocional infantil é relevante pela relação que mantém com estratégias de socialização das emoções que impactam o desenvolvimento desta habilidade. Para aprofundar estas questões, este estudo investigou crenças maternas sobre competência emocional em crianças e estratégias de regulação emocional utilizadas por mães em seus filhos, ao expressarem emoções consideradas negativas, particularmente a raiva e a tristeza, e a relação com a autorregulação emocional destes. Participaram 44 crianças, de quatro a cinco anos, e suas mães. Foram aplicados às mães os Formulários de identificação, de Dados Sociodemográficos, a escala COMPE, a escala CCNES e realizada uma entrevista estruturada. Com as crianças, foi aplicada uma tarefa de regulação emocional para raiva e tristeza. A análise de dados contemplou análises quantitativas, através da estatística descritiva, testes de normalidade, teste t, análise de correlação de Pearson, teste de correlação de Sperman e qui-quadrado, e análises qualitativas (análise de conteúdo às respostas das entrevistas). Os resultados indicaram o uso preponderante de estratégias apoiadoras. Duas variáveis sociodemográficas parecem ter contribuído nesse sentido: o alto nível de escolaridade e a elevada média de idade das mães. Não foi encontrada associação significativa entre o escore da escala de crenças sobre competência emocional (COMPE) e o escore da escala que mensurava estratégias de regulação emocional usadas pelas mães com os filhos ao expressarem emoções consideradas negativas (CCNES). Opções de método podem ter influenciado esse resultado. Ademais, a literatura ressalta que a relação entre crenças e estratégias não é linear e direta. O tamanho da amostra também pode ter interferido nesse e em outros resultados do estudo. Os resultados apontaram ainda uma predominância no uso de estratégias adaptativas, para raiva e tristeza, e estudos mostram que crianças a partir dos quatro anos já possuem consciência explícita das estratégias eficazes no manejo da raiva e da tristeza. Não foram encontradas associações significativas entre o sexo da criança e o tipo de estratégia utilizado, bem como entre o escore da COMPE e os escores da tarefa de regulação emocional, e entre os escores das subescalas da CCNES e a tarefa de regulação emocional. Pondera-se que o nível de escolaridade e a idade maternas, além do tamanho amostral e escolhas metodológicas podem ter interferido nesses resultados. Foi verificado uso preponderante de estratégias apoiadoras pelas mães, tanto para a raiva quanto para a tristeza, mas, com reporte consideravelmente maior de estratégias apoiadoras para a tristeza, e um percentual expressivamente maior de reações de encorajamento emocional para esta emoção. Pode-se conjecturar que, como a literatura aponta, a tristeza, quando comparada à raiva, é vista como uma emoção menos ameaçadora. Sugere-se que novos estudos contemplem maior número de participantes, com maior variação sociodemográfica, e a inclusão de outras ferramentas para coleta de dados combinadas às utilizadas nesta tese. Entende-se que este estudo cobre lacunas encontradas na literatura, especialmente a carência de estudos brasileiros, e espera-se que promova novas investigações.
Abstract: Emotion regulation stands out for its preponderant role in mental health, academic success and social competence. The study of parental beliefs about children's emotional competence is relevant for the relationship it maintains with emotion socialization strategies that impact the development of this skill. To deepen these issues, this study investigated maternal beliefs about emotional competence in children and emotional regulation strategies used by mothers in their children, when expressing emotions considered negative, particularly anger and sadness, and the relationship with their emotional self-regulation. Forty-four children, from four to five years old, and their mothers participated. Identification forms, Sociodemographic Data, the COMPE scale, the CCNES scale were applied to mothers and a structured interview was conducted. With children, was apllied an emotional regulation task for anger and sadness. The data analysis included quantitative analyzes, through descriptive statistics, normality tests, t test, Pearson's correlation analysis, Sperman's correlation test and chi-square, and qualitative analyzes (content analysis of the interview responses). The results indicated the predominant use of supportive strategies. Two sociodemographic variables seem to have contributed in this regard: the high level of education and the high average age of the mothers. It was not found significant association between the score on the scale of beliefs about emotional competence (COMPE) and the score on the scale that measured emotional regulation strategies used by mothers with their children when expressing emotions considered negative (CCNES). Method options may have influenced this outcome. Furthermore, the literature emphasizes that the relationship between beliefs and strategies is not linear and direct. The sample size may also have interfered with this and other results. The results also pointed out a predominance in the use of adaptive strategies, for anger and sadness, and studies show that children from four years old already have an explicit awareness of effective strategies in the management of anger and sadness. It was not found significant associations between the child's sex and the type of strategy used, as well as between the COMPE score and the emotional regulation task scores, and between the CCNES subscale scores and the emotional regulation task. It is considered that the maternal level of education and age, in addition to the sample size and methodological choices may have interfered in these results. There was a predominant use of supportive strategies by mothers, both for anger and sadness, but with considerably greater reporting of supportive strategies for sadness, and a significantly higher percentage of reactions of emotional encouragement for this emotion. It can be conjectured that, as the literature points out, sadness, when compared to anger, is seen as a less threatening emotion. It is suggested that new studies include a larger number of participants, with greater sociodemographic variation, and the inclusion of other tools for data collection combined with those used in this thesis. It is understood that this study covers gaps found in the literature, especially the lack of Brazilian studies, and is expected to promote further investigations.
Palavras-chave: Maternal beliefs
Emotional socialization strategies
Emotional regulation
Anger
Sadness
Psicologia Social
Crenças maternas
Raiva
Tristeza
Estratégias de socialização emocional
Regulação emocional
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: SOUZA, Ana Beatriz de Mota e. Crenças maternas sobre competências emocionais e estratégias de regulação emocional: impactos na autorregulação emocional dos filhos. 2021. 146 f. Tese (Doutorado em Psicologia Social). Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17350
Data de defesa: 31-Mar-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Psicologia Social

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Ana Beatriz de Mota e Souza - 2021 - Completa.pdf1,51 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons