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Tipo do documento: Dissertação
Título: O prolongamento da coabitação entre pais e filhos: diferenciação de self e transmissão intergeracional
Título(s) alternativo(s): The prolongation of cohabitation between parents and sons: differentiation of self and intergenerational transmission
Autor: Ramos, Fabio Souza 
Primeiro orientador: Ponciano, Edna Lucia Tinoco
Primeiro membro da banca: Rapizo, Rosana Lazaro
Segundo membro da banca: Sotero, Luciana Maria Lopes
Resumo: O prolongamento da coabitação entre pais e filhos é um fenômeno que tem sido documentado no Brasil e em diversos países, sendo objeto de reportagens da mídia e de estudos acadêmicos. As modificações sociais têm impactado nos arranjos familiares e na construção subjetiva de seus membros e, deste modo, é importante realizar uma discussão teórica a partir de uma compreensão psicossocial, considerando diferenças contextuais. A complexidade do fenômeno é destacada e neste trabalho fazemos uma escolha de análise com foco na transmissão intergeracional e na diferenciação de self. A partir de revisão do que no Brasil tem sido chamada de “geração canguru”, identificamos uma contradição entre as alegações de bloqueio no desenvolvimento dos filhos que prolongam a coabitação com seus pais e os relatos de boa qualidade no convívio e respeito à individualidade. Nossa hipótese é que a coabitação prolongada não é impeditiva do desenvolvimento da autonomia emocional. O objetivo é investigar a diferenciação de self e a transmissão intergeracional existente tanto nos filhos quanto nos pais coabitantes, com implicações para a dinâmica familiar. A metodologia mista está dividida em duas etapas: Na primeira, quantitativa, aplicamos um questionário sociodemográfico e o Inventário de Diferenciação de Self-R a dois grupos de filhos entre 25 e 35 anos, sendo o primeiro grupo dos que moram com os pais e o segundo dos que tenham saído da casa dos pais, para comparação do escore de diferenciação de self e suas subescalas. A análise destes resultados é realizada pelo test-t de amostras independentes. Na segunda etapa qualitativa, entrevistamos duas famílias com pais e filhos coabitantes, com todos os membros familiares participando ao mesmo tempo e com o auxílio do genograma. A análise dos dados foi feita com avaliação do questionário sociodemográfico e os escores da diferenciação de self em cada família e também por meio de análise de conteúdo das duas entrevistas. A partir dos resultados da primeira etapa, identificamos que a diferenciação de self dos grupos de jovens coabitantes e dos jovens não coabitantes é praticamente igual, indicando que a coabitação não seria um aspecto tão relevante para o desenvolvimento da autonomia emocional. Por outro lado, as famílias pesquisadas na segunda etapa tiveram um escore de baixa diferenciação de self entre os membros, indicando uma fusão emocional principalmente entre mães e filhos e dificuldade de diferenciação. Identificamos também valores transmitidos intergeracionalmente que têm influenciado no tipo de convivência. No entanto, identificamos que os filhos possuem relativa autonomia. Os resultados corroboram parcialmente nossa hipótese e apontam para a necessidade de novos estudos sobre o tema, a fim de melhor identificar os fatores envolvidos no processo de diferenciação do self e da autonomia emocional.
Abstract: The prolongation of cohabitation between parents and sons is a phenomenon that has been documented in Brazil and in several countries, being the subject of media reports and the academy. Social changes have impacted on family arrangements and the subjective construction of its members so our analysis goes through a psychosocial prism, considering differences in context. The complexity of the phenomenon is highlighted and in this paper we make a choice of analysis with a focus on intergenerational transmission and differentiation of self. Based on a review of what in Brazil has been called the “kangaroo generation”, we identified a contradiction between the allegations of blocking the development of sons that prolong cohabitation with their parents and the reports of good quality in living together and respecting individuality. Our hypothesis is that this prolonged cohabitation is not an impediment to the development of emotional autonomy. The objective is to investigate the differentiation of self and intergenerational transmission, existing in both children and cohabiting parents, with implications for family dynamics. The mixed methodology is divided into two stages: In the first, quantitative, we applied a sociodemographic questionnaire and the Self-R Differentiation Inventory to two groups of sons between 25 and 35 years old, the first of sons who live with their parents and the second group of sons who have left the parents' house in order to compare the score of the differentiation of self and its subscales. The analysis of these results is done by the test-t of independent samples. In the second stage, the qualitative one, we interviewed, with the co-construction of the genogram, two families with cohabiting parents and children, using the same criteria as the first group in the first stage, with all family members participating at the same time. Data analysis was done by evaluating the sociodemographic questionnaire and scores of differentiation of self in each family and also through content analysis of the two interviews. From the results of both analyzes, we identified that the differentiation of self in groups of young cohabiting and non-cohabiting young people is practically the same, indicating that cohabitation would not be such a relevant aspect for the development of emotional autonomy. On the other hand, the families surveyed in the second stage had a low score of differentiation of self which indicates an emotional fusion, mainly between mothers and sons, what suggests that exists differentiation difficulty. We also identified values transmitted intergenerationally which influences how they are living together. On the other hand, we identified that these sons have relative autonomy, which partially corroborates our hypothesis and point to the need for further studies on this subject, in order to better identify the factors involved in the process of differentiation of self and emotional autonomy.
Palavras-chave: Family
Cohabitation
Young adults
Intergenerational transmission
Differentiation of self
Kangaroo generation
Genogram
Psicologia Social
Família
Coabitação
Jovens adultos
Transmissão intergeracional
Diferenciação de self
Geração canguru
Genograma
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: RAMOS, Fabio Souza. O prolongamento da coabitação entre pais e filhos: diferenciação de self e transmissão intergeracional. 2020. 187 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17432
Data de defesa: 27-Mar-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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