Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17648
Tipo do documento: Tese
Título: Escola como tempoespaço de atravessamento: entre a Guiné Conacri e o Maranhão
Título(s) alternativo(s): École commé ‘tempsespaces’ de traversée: entre la Guiné Conacri et le Maranhão
Autor: Mendes, Geoésley José Negreiros 
Primeiro orientador: Passos, Mailsa Carla Pinto
Primeiro membro da banca: Carvalho , Carlos Roberto de
Segundo membro da banca: Boakari, Francis Musa
Terceiro membro da banca: Oswald, Maria Luiza Magalhães Bastos
Quarto membro da banca: Rita Marisa Ribes Pereira, Rita Marisa Ribes Pereira
Resumo: Esse trabalho apresenta a experiência vivida por mim na oportunidade do encontro com meus/minhas interlocutores/as, estudantes do 6º ano A (turma de 2017) da Escola Municipal Santa Rita, no logradouro Bananal, do município maranhense Governador Edison Lobão. No referido encontro pude perceber e refletir sobre coisas que eu desconhecia em mim mesmo enquanto um sujeito inserido no grupo social pautado pela branquitude. E compreender também que com os pressupostos de escola e de África que eu trazia não seria possível compreender os atravessamentos, silenciamentos e conflitos presentes nas relações daqueles sujeitos. Deslocando-me e apropriando-me da estratégia teóricometodológica da travessia, compreendida como tempoespaço de relações entre vozes (BAKHTIN, 2003; 2006), entre imagens (BENJAMIN, 1994; DIDI-HUBERMAN, 2011, 2013), entre histórias cotidianas (CERTEAU, 2014), fundamentais na produção da linguagem e da cultura, me dou conta de que o encontro entre os/as estudantes maranhenses com fotografias produzidas por estudantes da Guiné Conacri/África nos impõe a necessidade de pensarsentir África nas margens de cá do Atlântico como constitutiva de nossa formação, desde o século XV, uma força escorregadia, que não se deixa apreender, submeter, silenciar (NASCIMENTO, 2016; MBEMBE, 2018). Portanto, que não pode mais ser percebida pelas lentes raciais e racistas da modernidade eurocêntrica. A tese desse trabalho se sustenta na defesa de que todos os movimentos de colonialidade (QUIJANO, 2005; 2010; MADONADO-TORRES, 2016; MIGNOLO, 2015; 2017; WALSH, 2009) da modernidade europeia, para a manutenção de sua estrutura racial, social e econômica, existem para superar/encobrir/negar os conflitos (ALMEIDA, 2019) inerentes à invisibilização e ao silenciamento de África – histórias, memórias, valores civilizatórios, saberes, racionalidades, religiosidades - no Brasil, como em todo o mundo ocidental, que se põem questionando no caminho do capitalismo europeu e criando outro mundo de coexistências e diálogo.
Abstract: Ce travail présente l'expérience laquelle je vécue dans une rencontre de recherche avec mes interlocuteurs, étudiant(e)s de la 6ème année A (2017) de l'Ecole Municipale Santa Rita, Bananal, dans la cité Governador Edison Lobão (Maranhão, Brésil). Lors de cette rencontre j'ai pu percevoir et réfléchir sur des choses que je ne connaissais pas en moi en tant que sujet inséré dans le groupe social guidé par la blancheur. Et aussi de comprendre qu'avec l’imaginaire d'école et d'Afrique que j'ai apportées, il ne serait pas possible de comprendre les croisements, les silences et les conflits présents dans les relations de ces sujets. En me déplaçant et en m'appropriant de la stratégie théoricométhodologique de la traversée, comprise comme tempsespace des relations entre voix (BAKHTIN, 2003; 2006), entre images (BENJAMIN, 1994; DIDI-HUBERMAN, 2011, 2013), entre histoires quotidiennes (CERTEAU, 2014), fondamentales dans la production du langage et de la culture, je me rends compte que la rencontre entre étudiant(e)s du Maranhão avec des photographies produites par des étudiant(e)s de Guinée Conakry/Afrique nous impose la nécessité de pensersentir l'Afrique de ce coté de l'Atlantique comme partie de notre formation, depuis le siècle XV, une force glissante qui ne se laisse pas appréhender, soumettre, faire taire (NASCIMENTO, 2016; MBEMBE, 2018). Pourtant, elle ne peut plus être vue à travers les lentilles raciales et racistes de la modernité eurocentrique. La thèse de ce travail est basée sur la défense que tous les mouvements de colonialité (QUIJANO, 2005; 2010; MADONADO-TORRES, 2016; MIGNOLO, 2015; 2017; WALSH, 2009) de la modernité européenne, afin de maintenir leur structure raciale, social et économique, existent pour dépasser/dissimuler/nier les conflits (ALMEIDA, 2019) inhérents à l'invisibilité et au silence de l'Afrique - histoires, mémoires, valeurs civilisatrices, savoirs, rationalités, religions - au Brésil, comme dans tout le monde occidental, qui se mettent au chemin du capitalisme européen, lui interrogeant et créant un autre monde de coexistences et de de dialogues.
Palavras-chave: Guinée Conakry
Traversée
Langage
Afrique
Blancheur
École
Éducation
Racisme
Educação – Maranhão
Educação – Guiné
Linguagem
Maranhão
Guiné Conacri
Travessia
África
Branquitude
Escola
Racismo
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: MENDES, Geoésley José Negreiros. Escola como tempoespaço de atravessamento: entre a Guiné Conacri e o Maranhão. 2020. 115 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17648
Data de defesa: 15-Dez-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Geoésley José Negreiros Mendes - 2020 - Completa.pdf2,61 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons