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Tipo do documento: Dissertação
Título: Eugenia como prática científico-discursiva: uma crítica dialógica a partir das Ciências Humanas
Título(s) alternativo(s): Eugenics as a scientific-discursive practice: a dialogical critique from the Human Sciences
Autor: Santos, Luciano Cicero Amaral dos 
Primeiro orientador: Bezerra, Nielson Rosa
Primeiro membro da banca: Ribeiro Neto, Alexandre
Segundo membro da banca: Oliveira, Otair Fernandes de
Resumo: Este trabalho era para ter as propostas de políticas públicas de base eugênica na educação, como tema, na primeira metade do século vinte, especialmente durante o período Vargas. Mas, conforme a escrita foi avançando, acabou se transformando em uma leitura sobre o poder da branquitude como eixo central, favorecendo uma análise micropolítica das relações de alteridade racialmente constituídas no Brasil. Por esse prisma, um dos argumentos possíveis, para a origem desse ideal de brancura foi a colonização e a colonialidade desde então, como processo de modernização ocidental e como tais ideais foram se metamorfoseando na cultura brasileira ao longo de mais de 350 anos de escravidão, quase um século como império e um pouco mais de cem anos como república. Para esse trabalho foi analisado apenas o período da república “velha” e a república “nova”, e seus modos ou regimes de enunciação política, cultural e científicoepistemológica. A eugenia entra em seu período mais violento em suas propostas na década de 30 do século vinte, período privilegiado neste trabalho, no qual a figura do eminente farmacêutico e médico Renato Ferraz Kehl se torna hegemônica na difusão da eugenia. Justamente quando o nazismo assume o poder na Alemanha, com Vargas assumindo o poder no Brasil e é convocada uma Assembleia Nacional Constituinte em 1934. Período em que o nacionalismo brasileiro assume sua face mais perversa no século vinte. Desse tempo para cá, após a Segunda Guerra Mundial, o discurso dominante assume uma face bem diferente, a afirmação da superioridade racial pautada pela branquitude se dilui nos discursos sobre a suposta democracia racial, enquanto a desigualdade racial permanece no DNA do nacionalismo à brasileira. A partir de levantamento bibliográfico, constata-se que a eugenia fazia parte do imaginário social brasileiro e permeava praticamente todos os saberes e práticas científicas, como a medicina, educação e ciências sociais.
Abstract: This work was to have the proposals of eugenics-based public policies in education, as a theme, in the first half of the twentieth century, especially during the Vargas period. But, as the writing progressed, it ended up turning into a reading on the power of whiteness as a central axis, favoring a micropolitical analysis of racially constituted alterity relations in Brazil. From this perspective, one of the possible arguments for the origin of this ideal of whiteness was colonization and coloniality since then, as a process of western modernization and how such ideals were metamorphosing in Brazilian culture over more than 350 years of slavery, almost a century as an empire and a little over a hundred years as a republic. For this work, only the period of the “old” republic and the “new” republic was analyzed, and their modes or regimes of political, cultural and scientific-epistemological enunciation. Eugenics enters its most violent period in its proposals in the 30s of the twentieth century, a privileged period in this work, in which the figure of the eminent pharmacist and physician Renato Ferraz Kehl becomes hegemonic in the diffusion of eugenics. Just when Nazism took power in Germany, with Vargas taking power in Brazil and a National Constituent Assembly was convoked in 1934. A period in which Brazilian nationalism assumed its most perverse face in the twentieth century. Since then, after the Second World War, the dominant discourse has taken on a very different face, the affirmation of racial superiority guided by whiteness is diluted in the discourses about the supposed racial democracy, while racial inequality remains in the DNA of Brazilian nationalism. From a bibliographic survey, it appears that eugenics was part of the Brazilian social imaginary and permeated practically all scientific knowledge and practices, such as medicine, education and social sciences.
Palavras-chave: Eugenics
Racism
Whiiteness
Coloniality
Discursive practice
Eugenia
Branquitude
Colonialidade
Racismo
Práticas discursivas
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Citação: SANTOS, Luciano Cicero Amaral dos. Eugenia como prática científico-discursiva: uma crítica dialógica a partir das Ciências Humanas. 2018. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação) - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2018
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17657
Data de defesa: 27-Ago-2018
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação

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