Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17862
Tipo do documento: Tese
Título: Ponto cego: sobre infância, luta e olhar
Título(s) alternativo(s): Punto ciego: sobre la infancia, la lucha y la mirada
Autor: Queiroz, Caroline Trapp de 
Primeiro orientador: Pereira, Rita Marisa Ribes
Primeiro membro da banca: Gobbi, Marcia Aparecida
Segundo membro da banca: Tiriba, Lea
Terceiro membro da banca: Gomes, Lisandra Ogg
Quarto membro da banca: Tavares, Maria Tereza Goudard
Resumo: Essa tese discute infância, luta e olhar. Infância porque chama atenção às especificidades de uma categoria social que nos convida a uma radical alteridade; luta porque parte de indícios que reivindicam formas singulares de estar no mundo que demandam sensibilidade para serem legitimadas como política; e olhar porque convoca à necessidade de assumir a opção de realmente enxergar a criança em sua condição de sujeito no mundo. O objetivo é, portanto, pensar a dimensão política das relações que as crianças estabelecem com os adultos, os espaços, as políticas institucionais, a arte, o trabalho, a vida, a estética, enfim, enxergar a criança como sujeito político nas relações que ela mesma tece em sua experiência de existir no mundo. Para isso, a metodologia se estruturou na observação, no interior de uma perspectiva de pesquisa como ato posicionado e entrelaçado às necessidades e objetivos de cada contexto onde se desenrolou: o espaço da casa, o espaço da rua, os ônibus municipais do Rio de Janeiro, os encontros do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Encontro Nacional dos Sem Terrinha, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). É possível destacar, dentre os aspectos analisados, a proximidade de mulheres e crianças na luta contra a opressão exercida pela convergência de diferentes estruturas; o cuidado como elemento político profundamente afetado pela desigualdade sistêmica do país; a coletividade como garantia de proteção; o afeto como vinculação principal na constituição familiar de diferentes coletividades; a necessidade de enxergar as crianças no limiar entre a familiaridade e o estranhamento; o entrecruzamento de percepções existente na relação alteritária a que a criança nos convoca; a perspectiva infantil como contraponto senciente à anestesia do adulto; o entrelaçamento de indignação, raiva e revolta; a potência da raiva como emoção que mobiliza também as crianças; e a necessidade de reconhecer as singularidades das crianças como prerrogativa para a compreensão de que os modos de exercício das ações políticas variam. Como forma de sistematizar os registros do campo articulando-os às discussões levantadas, optou-se pelo formato das crônicas e dos fragmentos de texto, compreendendo a linguagem literária como arena de teoria e crítica social. Os referenciais que ajudam a dar consistência a essa tese são, dentre outros: Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Jean-Michel Basquiat, Fals Borda, bell hooks, Italo Calvino, Mano Brown, Yi-Fu Tuan, Milton Santos, Adriana Vianna e Ángela Facundo, Juhani Pallasmaa, Sarah Escorel, Eduardo Galeano, Antonio Candido, Anne Rammi, Angela Davis, Leonardo Boff, Amílcar Cabral, Piotr Kropotkin, Gilberto Moreno, Carlos Lenkesdorf, Saint-Exupéry, Jens Qvortrup, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Freire e Marielle Macé.
Abstract: Esta tesis trata sobre la infancia, la lucha y la mirada. Infancia porque llama la atención sobre las especificidades de una categoría social que nos invita a una alteridad radical; lucha porque parte de signos que reclaman formas únicas de ser en el mundo que exigen sensibilidad para legitimarse como política; y mira porque llama a la necesidad de tomar la opción de ver realmente al niño en su condición de sujeto en el mundo. El objetivo es, por tanto, pensar en la dimensión política de las relaciones que los niños establecen con los adultos, los espacios, las políticas institucionales, el arte, el trabajo, la vida, la estética, en definitiva, ver al niño como un sujeto político en las relaciones que teje su experiencia de existir en el mundo. Para ello, la metodología se estructuró en la observación, dentro de una perspectiva de investigación como un acto posicionado y entrelazado con las necesidades y objetivos de cada contexto en el que se desarrolló: el espacio del hogar, el espacio de la calle, los autobuses municipales de Río de Janeiro, las reuniones del Movimiento de Afectados por Represas (MAB) y el Encuentro Nacional de Sin Tierra, del Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST). Cabe destacar, entre los aspectos analizados, la proximidad de mujeres y niños en la lucha contra la opresión que ejerce la convergencia de diferentes estructuras; el cuidado como elemento político profundamente afectado por la desigualdad sistémica del país; la colectividad como garantía de protección; el afecto como eslabón principal en la constitución familiar de las distintas colectividades; la necesidad de ver a los niños en el umbral entre la familiaridad y el alejamiento; el entrelazamiento de percepciones existentes en la relación de alteridad a la que el niño nos llama; la perspectiva del niño como contrapunto sensible a la anestesia de adultos; el entrelazamiento de la indignación, la ira y la rebelión; el poder de la ira como emoción que también moviliza a los niños; y la necesidad de reconocer las singularidades de los niños como prerrogativa para comprender que las formas en que se ejercen las acciones políticas varían. Como forma de sistematizar los registros de campo, articulándolos a las discusiones planteadas, optamos por el formato de las crónicas y fragmentos de texto, entendiendo el lenguaje literario como un escenario de teoría y crítica social. Las referencias que ayudan a dar consistencia a esta tesis son, entre otros: Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Jean-Michel Basquiat, Fals Borda, bell hooks, Italo Calvino, Mano Brown, Yi-Fu Tuan, Milton Santos, Adriana Vianna e Ángela Facundo, Juhani Pallasmaa, Sarah Escorel, Eduardo Galeano, Antonio Candido, Anne Rammi, Angela Davis, Leonardo Boff, Amílcar Cabral, Piotr Kropotkin, Gilberto Moreno, Carlos Lenkesdorf, Saint-Exupéry, Jens Qvortrup, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Freire e Marielle Macé.
Palavras-chave: Infancia
Lucha.
Mirada
Educação
Infância
Olhar
Luta
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: QUEIROZ, Caroline Trapp de. Ponto cego: sobre infância, luta e olhar. 2021. 180 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17862
Data de defesa: 16-Set-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Caroline Trapp de Queiroz - 2021 - Completa.pdf7,49 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons