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Tipo do documento: Tese
Título: Evolução de indicadores de qualidade da alimentação dos brasileiros: aquisição de frutas, hortaliças, bebidas não alcoólicas e densidade energética da dieta
Título(s) alternativo(s): Evolución de los indicadores de calidad alimentaria de los brasileños: compra de frutas, verduras, bebidas no alcohólicas y densidad energética de la dieta
Evolution of food quality indicators for Brazilians: purchase of fruits, vegetables, non-alcoholic beverages and energy density in the diet
Autor: Oliveira, Natália 
Primeiro orientador: Canella, Daniela Silva
Primeiro membro da banca: Borges, Camila Aparecida
Segundo membro da banca: Pereira, Rosângela Alves
Terceiro membro da banca: Baraldi, Larissa Galastri
Quarto membro da banca: Mendonça, Raquel de Deus
Resumo: Esta tese teve como objetivo avaliar a evolução de indicadores de qualidade da alimentação dos brasileiros e está estruturada em três manuscritos. Foram utilizados dados referentes a aquisição de alimentos das Pesquisas de Orçamentos Familiares referentes a 2002-03, 2008-09 e 2017-18. Artigo 1: caracterizou-se a quantidade e a variedade de frutas e hortaliças adquiridas nos domicílios brasileiros em 2008-09 e 2017-18 e segundo regiões e classes de rendimento em 2017-18. A quantidade anual per capita adquirida de frutas e hortaliças foi transformada em valores diários (em gramas). Foram descritas as médias da quantidade absoluta e relativa de cada tipo de fruta e hortaliça. Verificou-se baixa aquisição de frutas e hortaliças para o Brasil (54,4g e 42,7g em 2008-09; 49,7g e 37,4g em 2017-18, respectivamente), e em todas as regiões e classes de renda. O Sul apresentou a maior aquisição e o Norte a menor; a quantidade adquirida aumentou com o aumento da renda. Seis tipos de frutas (banana prata, maçã, banana d’agua, laranja pera, melancia e mamão) e três de hortaliças (tomate, cebola e cenoura) representaram mais de 50% da aquisição total no Brasil, sendo semelhante em todos os estratos analisados. Artigo 2: avaliou-se a evolução no volume de bebidas minimamente processadas e ultraprocessadas adquiridas para consumo nos domicílios brasileiros e segundo participação energética de alimentos ultraprocessados na alimentação. Investigou-se a média do volume de aquisição diária per capita (em miligramas) das bebidas e respectivos intervalos de confiança (IC95%). A bebida adquirida em maior quantidade em 2002-03 foi o leite (154,7ml; IC95% 146,4-162,9) e em 2017-18 os refrigerantes regulares (110,7ml; IC 95% 99,2-122,2). Houve diminuição na aquisição de leite desnatado e aumento de outras bebidas ultraprocessadas. O volume adquirido de todas as bebidas ultraprocessadas aumentou e das minimamente processadas diminuiu segundo aumento na participação de alimentos ultraprocessados. Artigo 3: avaliou-se a tendência da densidade energética (DE) da alimentação e dos alimentos adquiridos pelos brasileiros, considerando os grupos da classificação NOVA e os subgrupos de alimentos ultraprocessados mais densos. Todos os itens alimentares foram classificados em ultraprocessados ou não ultraprocessados. Após aplicar fatores de correção e cocção aos alimentos, foi calculada a DE de todos os itens sólidos. Foram descritas médias e IC95% da DE total, de cada grupo da NOVA e dos subgrupos de ultraprocessados. A DE total da alimentação não mudou ao longo dos 15 anos (1,97 a 1,94), mas não é considerada baixa (>1,25). Os ultraprocessados constituem o grupo mais denso da alimentação (2017-18: 3,11), com o dobro da DE dos alimentos in natura ou minimamente processados + ingredientes culinários (2017-18: 1,71). Os seis subgrupos de ultraprocessados mais densos foram: margarina, biscoitos doces e salgados, chocolates, cereal matinal e frios e embutidos. Considerando os três indicadores utilizados, podemos concluir que a qualidade da alimentação dos brasileiros está piorando com o passar dos anos, uma vez que a aquisição dos marcadores de alimentação saudável vem diminuindo e os não saudáveis aumentando, potencializando o risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis.
Abstract: This thesis aimed to evaluate the evolution of food quality indicators for Brazilians and is structured in three manuscripts. Data referring to food purchases from the Household Budget Surveys for 2002-03, 2008-09 and 2017-18 were used. Article 1: it was characterized the quantity and variety of fruits and vegetables purchased in Brazilian households in 2008-09 and 2017-18 and according to regions and income classes in 2017-18. The annual purchased per capita of fruits and vegetables was transformed into daily values (in grams). The means of the absolute and relative amount of each type of fruit and vegetable were described. There was low purchase of fruits and vegetables in Brazil (54.4g and 42.7g in 2008-09; 49.7g and 37.4g in 2017-18, respectively), and in all regions and income classes. The South had the largest acquisition and the North the smallest; the amount purchased increased with the increase in income. Six types of fruit (silver banana, apple, water banana, orange, watermelon and papaya) and three types of vegetables (tomato, onion and carrot) represented more than 50% of the total purchase in Brazil, being similar in all strata analyzed. Article 2: the evolution in the volume of minimally processed and ultra-processed beverages purchased for consumption in Brazilian households and according to energy participation of ultra-processed foods in the diet was evaluated. The mean per capita daily purchase volume (in milligrams) of beverages and respective confidence intervals (95%CI) were described. The most purchased drink in 2002-03 was milk (154.7ml; 95%CI 146.4-162.9) and in 2017-18 it was regular soft (110.7ml; IC 95% 99.2-122.2). There was a decrease in the purchase of milk skimmed, and an increase in other ultraprocessed drinks. The volume purchased for all ultraprocessed beverages increased and minimally processed drinks is lower as the share of ultra-processed foods increased. Article 3: the trend of energy density (ED) in Brazilian diet and foods acquired was evaluated, considering the NOVA classification groups and the denser ultra-processed food subgroups. All food items were classified as ultra-processed or non-ultra-processed. After applying correction and cooking factors to the foods, the ED of all solid items was calculated. Means and 95%CI of the total ED were described for each NOVA group and for the ultra-processed subgroups. The total ED of the diet did not change over the 15 years (1.97 a 1.94), but it could not be considered low (>1.25). The trend reveals an increase in the ED of processed foods (0.008; 95%CI 0.005-0.011) and ultra-processed foods (0.006; 95%CI 0.001-0.010). Ultra-processed foods constitute the densest food group (2017-18: 3.11), with twice the ED of fresh or minimally processed foods + culinary ingredients (2017-18: 1.71). The six most dense subgroups of ultra-processed products in the three periods studied were: margarine, sweet and savory cookies, chocolates, breakfast cereal and cold cuts and sausages. Considering the three indicators used, we can conclude that the quality of Brazilian diet is getting worse over the years, since the acquisition of healthy eating markers decreases and unhealthy ones increase, enhancing the risk of Non-Communicable Diseases.
La tesis tuvo el objetivo de evaluar la evolución de los indicadores de calidad de los alimentos para los brasileños y está estructurada en tres manuscritos. Se utilizaron datos referentes las compras de alimentos de Encuestas de Presupuestos Familiares para 2002-03, 2008-09 y 2017-18. Artículo 1: caracterizó la cantidad y variedad de frutas y verduras compradas en los hogares en 2008-09 y 2017-18 y según regiones y clases de ingresos en 2017-18. La cantidad anual de frutas y verduras per cápita se transformó en valores diarios (en gramos). Se describieron las medias de la cantidad absoluta y relativa de cada tipo de fruta y verdura. Hubo una baja compra de frutas y verduras en Brasil (54.4g y 42.7g en 2008-09; 49.7g y 37.4g en 2017-18, respectivamente), y en todas las regiones y clases de ingresos. El Sur tuvo la mayor adquisición y el Norte la más pequeña; la cantidad comprada aumentó con el aumento de los ingresos. Seis tipos de frutas (plátano plateado, manzana, plátano de agua, naranja pera, sandía y papaya) y tres tipos de hortalizas (tomate, cebolla y zanahoria) representaron más del 50% de la compra total en Brasil, siendo similar en todos los estratos. Artículo 2: evolución del volumen de bebidas mínimamente procesadas y ultraprocesadas compradas para el consumo en los hogares y según la participación energética de alimentos ultraprocesados en la dieta. Se investigó el volumen medio diario per cápita (en miligramos) de bebidas y los respectivos intervalos de confianza (IC95%). La bebida más comprada en 2002-03 fue la leche (154.7ml; IC95% 146.4-162.9) y en 2017-18 los refrescos regulares (110.7ml; IC 95% 99.2-122.2). Hubo una disminución en la compra de leche desnatado y un aumento en las otras bebidas ultraprocesadas. El volumen comprado para todas las bebidas ultraprocesadas aumentó y las mínimamente procesada disminuido con el aumento de la proporción de alimentos ultraprocesados en la dieta. Artículo 3: se evaluó la tendencia de densidad energética (DE) en la dieta y alimentos adquiridos, considerando los grupos de la clasificación NOVA y subgrupos de alimentos ultraprocesados más densos. Todos los alimentos fueran clasificados como ultraprocesados o no. Después de aplicar factores de corrección y cocción, se calculó la DE de todos los sólidos. Describieron las medias y IC95% la DE total, para los grupos NOVA y para los subgrupos ultraprocesados. La DE total de la dieta no cambió durante 15 años (1.97 a 1.94), pero no es considerada baja (>1.25). La tendencia revela un aumento en la DE de los alimentos procesados (0,008; IC95% 0,005-0,011) y ultraprocesados (0,006; IC95% 0,001-0,010). Los ultraprocesados constituyen el grupo más denso (2017-18: 3.11), con el doble de DE de alimentos frescos o mínimamente procesados + ingredientes culinarios (2017-18: 1.71). Los seis subgrupos más densos de ultraprocesados en los tres períodos fueron: margarina, galletas dulces y saladas, chocolates, cereales para el desayuno y frios y embutidos. Considerando los tres indicadores, concluimos que la calidad de la dieta brasileña está empeorando con los años, uma vez que la compra dos marcadores de alimentación saludable disminuí e os no saludables aumentan, potencializando aumentando el riesgo de Enfermedades No Transmisibles.
Palavras-chave: Recomendaciones nutricionales
La ingesta de alimentos
Vigilância nutricional
Epidemiologia nutricional
Recomendações nutricionais
Ingestão de Alimentos
Alimentos ultraprocessados
Fast Foods
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO::ANALISE NUTRICIONAL DE POPULACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Programa: Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Citação: OLIVEIRA, Natália. Evolução de indicadores de qualidade da alimentação dos brasileiros: aquisição de frutas, hortaliças, bebidas não alcoólicas e densidade energética da dieta. 2022. 131 f. Tese (Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde) - Instituto de Nutrição, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18031
Data de defesa: 3-Fev-2022
Aparece nas coleções:Doutorado em Alimentação, Nutrição e Saúde

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