Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18060
Tipo do documento: Tese
Título: Genocídio no Brasil? uma análise dos debates da Comissão Parlamentar de Inquérito Violência Contra Jovens Negros e Pobres da Câmara de Deputados
Título(s) alternativo(s): Genocide in Brazil? an analysis of the debates Deputies' Parliamentary Inquiry Committee on Violence against Black and Poor Youth
Autor: Wedderburn, Rosana Silva Moore 
Primeiro orientador: Campos, Luiz Augusto de Souza Carneiro de
Primeiro membro da banca: Szwako, José Eduardo Leon
Segundo membro da banca: Ribeiro Filho, Carlos Antonio Costa
Terceiro membro da banca: Rios, Flávia Mateus
Quarto membro da banca: Santos, Flávia Medeiros
Resumo: A base de documentos que nutre as reflexões deste trabalho são as notas taquigráficas produzidas pela Comissão Parlamentar de Inquéritos: Violência contra jovens negros e pobres (2015), realizada pela Câmara de Deputados a pedido do então Deputado Federal Reginaldo Lopes (PT/MG). No centro do debate dessa CPI estava a questão vitimização homicida de jovens negros e do papel que nela o Estado eventualmente desempenharia, de maneira direta ou indireta. O próprio título da CPI em questão, aponta para este propósito investigativo. Com base em uma metodologia de análise de conteúdo, este trabalho examinou, à luz da Sociologia, os discursos dos atores envolvidos na CPI Violência Contra Jovens Negros e Pobres. Os debates da CPI giraram em torno à duas questões principais: a) estaria em andamento no Brasil um processo de genocídio contra a população negra, particularmente a sua juventude? e b) seria o racismo a causa (direta ou indireta) desse processo de violência homicida contra a população negra, sobretudo os jovens? O relatório final da CPI conclui que, efetivamente haveria no Brasil um processo de “genocídio simbólico” e que tal circunstância se deveria a um “racismo institucional” que predominaria na sociedade brasileira. Este trabalho conclui que no termo “genocídio simbólico”, adotado pela CPI, haveria uma intenção de reconciliar duas correntes discursivas divergentes, ambas desfrutando de uma crença generalizada na sociedade: a) àqueles que afirmam que há genocídio e racismo; b) àqueles que o negam. Por isso, este trabalho conclui que o Relatório Final da CPI optou finalmente por navegar uma linha mediana entre esses “dois Brasis”, quando encontrou refúgio no termo “genocídio simbólico”. Com efeito, esse termo exclui a possibilidade do Estado brasileiro ser acusado de ser o agente do genocídio - crime internacionalmente reprovado e punido - de uma parte de sua própria população.
Abstract: The primary documentation for this work came from the transcripts and official papers of the Congressional Inquiry Commission (CIC): Violence Against Poor Black Youth (2015), instituted by the House of Representatives of Brazil at the behest of then Federal Representative, Reginaldo Lopes (Workers Party/Minas Gerais). At the heart of the CIC’s inquiry was the high death-rate of poor black Brazilian youth killed violently and whether the State should be held directly or indirectly accountable for it. The CIC’s self-explanatory title points to its investigative purpose. Grounded as it is on the proceedings this congressional inquest, this work is a critical review of the varying positions upheld by the various actors who took part in it. Using content analysis as its methodological framework - from the standpoint of Sociology - the focus is on analyzing the concepts and meanings behind the presentations by the plethora of players who participated in the CIC’s hearings on Violence Against Poor Black Youth. The ensuing debates circled around two main interrogation points: a) is there a genocide in progress in Brazil against its black population, principally black youth? and b) can racism be said to be the direct or indirect cause of the homicidal violence directed at the black population, with specific reference to its youth? The CIC’s Final Report concluded that there was indeed a “symbolic genocide” taking place in Brazil and that such a circumstance was attributable to the prevalence of an “institutional racism” in Brazilian society. This work concludes that the term “symbolic genocide”, embraced by the CIC, is intended to bridge two divergent currents of thought, both with support in Brazilian society per se: a) those who assert that there is racism and genocide in Brazil; b) those who deny such contentions. In which case, the Final Report opted to navigate a middle course between those “two Brazil” when it found safe haven in the term “symbolic genocide”. Indeed, that term removes the possibility of accusing the Brazilian State of perpetrating genocide - an internationally proscribed and punishable crime - against a section of its own population.
Palavras-chave: Violence
Homicide
Racism
Genocide
Necropolitcs
Violência
Homicídio
Racismo
Genocídio
Necropolítica
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::SOCIOLOGIA URBANA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Programa: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Citação: WEDDERBURN, Rosana Silva Moore. Genocídio no Brasil? uma análise dos debates da Comissão Parlamentar de Inquérito Violência Contra Jovens Negros e Pobres da Câmara de Deputados. 2019. 230 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18060
Data de defesa: 25-Mar-2019
Aparece nas coleções:Doutorado em Sociologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Rosana Silva Moore Wedderburn - 2019 - Completa.pdf1,76 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.