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Tipo do documento: Dissertação
Título: Condição humana: rumo ao terrestre através de migração, cultura e vulnerabilidade
Título(s) alternativo(s): Human condition: towards the terrestrial through migration, cultura, and vulnerability
Autor: Figueiredo, Adriano Otávio Lopes de 
Primeiro orientador: Andrade, Regina Glória Nunes
Primeiro membro da banca: Macedo, Cibele Mariano Vaz de
Segundo membro da banca: Ayres, Heloisa Helena Ferraz
Terceiro membro da banca: Brito, Monique Araújo de Medeiros
Resumo: Esta Dissertação parte da visão ampla da condição humana (ARENDT, 1979, 2000), e dos conceitos de migração, cultura e vulnerabilidade, e seus desdobramentos. Dos estudos da migração, surgem temas como: regime climático, rumo ao terrestre (LATOUR, 2020a, 2020b; SILVA & SILVA, 2020), agenda para humanidade (OCHA, 2018), passaporte universal (HINDRIKS, 2021) e a neologia do termo proposto “desTERRAtorializar”. Através da cultura, elucidam-se os conteúdos sobre transgeracionalidade (REHBEIN; CHATELARD, 2013), identidade cultural, processos de subjetivação (HALL, 2003, 2006), território, desterritorialização, multiterritorialização (HAESBAERT, 2004, 2005, 2009, 2014), não lugar (AUGÉ, 1992). Da análise da vulnerabilidade, advêm tópicos como trajetórias sentenciadas, riscos existenciais (BOSTROM, 2002), interseccionalidades (CRENSHAW, 2002), poder biopolítico (FOUCAULT, 2005, 2006, 2010), racismo, intolerância, estereótipo, xenofobia (HARARI, 2015, 2018), genocídio (STANTON, 2016). Foi realizada uma pesquisa qualitativa com caráter metodológico de revisão de literatura narrativa, contemplando acervos variados. Ao final, como conjunção dos três temas centrais, destaca-se, na seara de acampamentos migratórios do planeta, um fenômeno atípico em plena vigência da Pandemia da Covid-19: o acampamento autodenominado “Campo de Refugiados 1º de Maio”. No solo do município fluminense de Itaguaí, o “local e o global” se encontraram numa versão diferente, desigual e desconectada (CANCLINI, 2005). Sua origem denuncia e acentua as condições precárias de três mil famílias, entre deslocados internos brasileiros, oriundos, na maioria, da Zona Oeste-RJ e de várias naturalidades, em conjunto com migrantes de nacionalidades diversas (angolanas, chilenas, haitianas, nigerianas, portuguesas e venezuelanas). Autonomeiam-se como refugiados, ainda que diferentes do conceito legislativo ONUcentrado, pois consideram que se refugiavam da pandemia, do genocídio, da fome, do desemprego e da miséria. Embora com apoio de movimentos popular e político, não obteve reconhecimento internacional e, mesmo exercendo forte resistência para virar assentamento, foi desterritorializado pelos mecanismos de políticas públicas brasileiras de acolhimento, sem abrangência de alcance de interseccionalidades vulneráveis. O elo entre os estudos recai sobre como o ambiente e os territórios interferem na reestruturação dos migrantes, considerando-se as necessidades primordiais de sobrevivência, por entre a formulação de novas identidades frente à cultura originária. Sentimentos como afeto, empatia e respeito, acompanhados de medidas de acolhimento, de inclusão e de formação de cidadania, bem como a necessidade de deslocar rumo a um terrestre comum, são tomados como provocadores de transformações e da manutenção da condição humana. Afinal, qual a futura rota geopolítica de cooperação em massa é necessária para atingir uma mobilidade ilimitada, universal e verdadeira?
Abstract: This Dissertation begins from the broad view of the human condition (ARENDT, 1979, 2000), and the concepts of migration, culture, vulnerability, and their consequences. From migration studies, themes such as climate regime, towards the terrestrial (LATOUR, 2020a, 2020b; SILVA & SILVA, 2020), agenda for humanity (OCHA, 2018), universal passport (HINDRIKS, 2021), and the new term proposed “deEARTHtorialize”. Through culture, content is elucidated transgenerationally (REHBEIN; CHATELARD, 2013), cultural identity, subjectivation processes (HALL, 2003, 2006), territory, deterritorialization, multiterritorialization (HAESBAERT, 2004, 2005, 2009, 2014), non-places (AUGE, 1992). From the analysis of the vulnerability, topics such as doomed trajectories, existential risks (BOSTROM, 2002), intersectionalities (CRENSHAW, 2002), biopolitical power (FOUCAULT, 2005, 2006, 2010), racism, intolerance, stereotypes, xenophobia (HARARI, 2015, 2018), genocide (STANTON, 2016). Qualitative research was carried out with a methodological character of narrative literature review, contemplating varied collections. In the end, as a conjunction of the three central themes, an atypical phenomenon during the Covid-19 Pandemic stands out, in the area of migratory camps on the planet: the self-named camp “Campo de Refugiados 1º de Maio”. On the soil of the city of Itaguaí, the “local and the global” met in a different, unequal, and disconnected version (CANCLINI, 2005). Its origin denounces and accentuates the precarious conditions of three thousand families, among Brazilian internally displaced people, coming mostly from the West Zone of Rio de Janeiro and various places of origin, together with migrants of different nationalities (Angolan, Chilean, Haitian, Nigerian, Portuguese and Venezuelans). They call themselves refugees, although different from the UN-centric legislative concept, as they consider that they were taking refuge from the pandemic, genocide, hunger, unemployment, and misery. Although with the support of popular and political movements, it did not obtain international recognition and, despite exerting strong resistance to become a settlement, it was deterritorialized by the mechanisms of Brazilian public policies of reception, without reaching the full coverage of the vulnerable intersectionalities. The link between the studies lies in how the environment and territories interfere in the restructuring of migrants, considering the primordial needs of survival, amid the formulation of new identities in the face of the original culture. Feelings such as affection, empathy, and respect, accompanied by measures of reception, inclusion, and citizenship formation, as well as the need to move towards a common land, are taken as provoking transformations and maintenance of the human condition. After all, what is the future geopolitical route of mass cooperation necessary to achieve unlimited, universal, and true mobility?
Palavras-chave: Human Condition
Migration; Culture
Vulnerability
Territoriality
Condição humana
Migração
Cultura
Vulnerabilidade
Territorialidade
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: FIGUEIREDO, Adriano Otávio Lopes de. Condição humana: rumo ao terrestre através de migração, cultura e vulnerabilidade. 2022. 152 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18124
Data de defesa: 12-Mai-2022
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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