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Tipo do documento: Dissertação
Título: Trabalhar é pertencer? Um estudo sobre o processo de socialização e a inclusão social de refugiados venezuelanos no Rio de Janeiro
Título(s) alternativo(s): Does working mean belonging? A study about the socialization process and social inclusion of Venezuelan refugees in Rio de Janeiro
Autor: Profilo, Thamara Luciana da Silva 
Primeiro orientador: Andrade, Regina Gloria Nunes
Primeiro coorientador: Ayres, Heloisa Helena Ferraz
Primeiro membro da banca: Quadros, Laura Cristina de Toledo
Segundo membro da banca: Severo, Denise Osório
Resumo: Os deslocamentos forçados apresentam um quadro desafiador a ser enfrentado pelas sociedades contemporâneas, alcançando marcas inéditas desde a criação do ACNUR em 1950. Segundo o mais recente relatório do ACNUR, estima-se que até meados de 2021, cerca de 84 milhões de pessoas foram forçadas a fugir por motivos de perseguições, conflitos, violações dos Direitos Humanos ou eventos que prejudicam a ordem pública. Esse panorama se intensificou com a grave crise humanitária na Venezuela e aproximadamente 5,7 milhões de pessoas deixaram o país em busca de proteção em outros Estados, principalmente no Brasil. Os refugiados se encontram em uma situação de extrema vulnerabilidade, pois a saída de seu país representa muitas perdas, como o trabalho, a família, a identidade social. Essas transformações também geram mudanças na identidade individual desses refugiados, pois há uma alteração no modo como eles veem a si próprios, como sujeitos integrados, gerando uma instabilidade na ideia de si mesmo. Ao chegarem em um novo país, vivenciam muitas dificuldades para começarem suas vidas do zero e se inserirem nesse novo contexto social. O “trabalho”, enquanto facilitador da inclusão social e constituinte da identidade social do indivíduo, aparece nesse cenário como um dispositivo facilitador do processo de socialização. Com esse intenso deslocamento em direção ao Brasil, surgem questões voltadas para o bem-estar e a inclusão social desses sujeitos. Assim, em uma perspectiva da Psicologia Social, mediante os estudos sobre identidade e a relação com o processo de socialização dos refugiados, e da Psicologia do Trabalho e das Organizações, propomos pensar uma das questões que englobam o tema do refúgio: o trabalho. Dessa forma, a partir da pesquisa de campo e com a aplicação de questionário, o objetivo deste estudo foi investigar se o trabalho (ato de trabalhar), opera como um dispositivo facilitador para o processo de socialização e para a inclusão social de refugiados de origem venezuelana na cidade do Rio de Janeiro. As análises sugerem que, apesar dessa amostra estar há quase três anos no Brasil, ainda se encontra em uma fase relacionada à subsistência. A literatura nos mostra que de fato, sim, o trabalho é um facilitador para o processo de socialização, mas a complexidade que o fenômeno do refúgio apresenta, juntamente aos resultados apresentados, é possível supor que esses refugiados ainda percebem o trabalho como apenas um dispositivo de sobrevivência.
Abstract: Forced displacement presents a challenging scenario to be faced by contemporary societies, reaching unprecedented levels since the creation of UNHCR in 1950. According to UNHCR’s most recent report, it is estimated that by mid-2021, around 84 million people were forced to flee for reasons of persecution, conflicts, violations of Human Rights or events that harm public order. This scenario intensified with the serious humanitarian crisis in Venezuela and approximately 5.7 million people left the country looking for protection in other states, mainly in Brazil. Refugees are in a situation of extreme vulnerability, because leaving their country represents many losses, such as work, family, social identity. These transformations also generate changes in the individual identity of these refugees, because there is a change in the way they see themselves as integrated subjects, generating an instability in the idea of themselves. Upon arriving in a new country, they experience many difficulties to start their lives from scratch and insert themselves in this new social context. “Work”, as a facilitator of social inclusion and a constituent of the individual's social identity, appears in this scenario as a device that facilitates the socialization process. With this intense shift towards Brazil, questions arise regarding the welfare and social inclusion of these people. Thus, from a perspective of Social Psychology, through studies on identity and the relationship with the process of socialization of refugees, and Psychology of Work and Organizations, we propose to think about one of the issues that encompass the theme of refuge: work. Therefore, based at field research and with the application of a questionnaire, the objective of this study was to investigate if “work” (the act of working) operates as a facilitating device for the socialization process and for the social inclusion of Venezuelan’s refugees in the city of Rio de Janeiro. The analyzes suggest that, although this sample has been in Brazil for almost three years, it is still in a subsistence-related phase. The literature shows us that in fact, yes, work is a facilitator for the socialization process, but the complexity that the refugee phenomenon presents, together with the results presented, it is possible to assume these refugees still perceive work as just a device of survival.
Palavras-chave: Refuge
Social Identity
Work
Socialization Process
Social Inclusion
Forced Migration
Identidade social
Trabalho
Migração
Refúgio
Processo de Socialização
Inclusão Social
Migração Forçada
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA SOCIAL::RELACOES INTERPESSOAIS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Citação: PROFILO, Thamara Luciana da Silva. Trabalhar é pertencer? : um estudo sobre o processo de socialização e a inclusão social de refugiados venezuelanos no Rio de Janeiro. 2022. 109 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18173
Data de defesa: 10-Jun-2022
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia Social

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