Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18617
Tipo do documento: Dissertação
Título: Contaminação por mercúrio no pescado comercializado no Estado do Rio de Janeiro
Título(s) alternativo(s): Contamination by mercury in fish commercialized in Rio de Janeiro State
Autor: Picaluga, Alice de Souza 
Primeiro orientador: Bisi, Tatiana Lemos
Primeiro coorientador: Brito Junior, José Lailson
Primeiro membro da banca: Azevedo, Alexandre de Freitas
Segundo membro da banca: Santos, Luciano Neves dos
Resumo: O mercúrio é um elemento-traço de elevada toxicidade e propriedades neurotóxicas, que fornece riscos à saúde humana mediante a alimentação por pescado contaminado. O objetivo do presente estudo foi determinar o nível de contaminação por mercúrio em pescado comercializado na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. As espécies foram escolhidas de acordo com a preferência de consumo pela população do Estado do Rio de Janeiro, na procedência do pescado e/ou nível trófico da espécie, e foram adquiridas de duas formas. Foram coletados no período entre junho de 2015 e agosto de 2017, 8 tipos de pescado comercializados em mercados da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro: abadejo, cação, congro rosa, linguado, salmão, panga, moluscos bivalves e atum enlatado. E foram coletadas entre fevereiro e setembro de 2014, quatro espécies de peixes obtidos por meio da pesca na Baía de Guanabara: bagre (Genidens barbus), corvina (Micropogonias furnieri), robalo-peba (Centropomus parallelus) e tainha (Mugil liza). A determinação de mercúrio total (HgT) baseou-se em Malm et al. (1989) e Bastos et al. (1998). Os tecidos musculares foram digeridos por uma mistura de ácidos e as concentrações de mercúrio total foram determinadas por espectrometria de absorção atômica com geração de vapor frio (FIMS 400, Perkin Elmer). A precisão e exatidão dos métodos analíticos foram determinadas utilizando materiais certificados, DORM-3 (NRC, Canadá) e material interno de referência (MIR). Os dados foram analisados estatisticamente através do programa STATISTICA versão 7.0 para Windows (StatSoft, Inc. 1984–2004, USA). Foram encontradas diferenças significativas entre as concentrações de mercúrio total e as espécies de pescado adquirido em mercados (Teste de Kruskal-Wallis H7,96=85,21 p < 0,0001), sendo as menores concentrações encontradas no panga (0,001 ± 0,001 mg.Kg-1), salmão (0,010 ± 0,009 mg.Kg-1) e mexilhões (0,002 ± 0,0006 mg. Kg-1), enquanto que as concentrações mais elevadas foram encontradas no cação (1,285 ± 0,456 mg.Kg-1). Não foram encontradas diferenças significativas entre as concentrações de mercúrio total no pescado adquirido em mercados e as marcas comercializadas (Teste Mann-Whitney U; p>0,05). As concentrações de metilmercúrio encontradas no cação, apresentaram média de 1,185 ± 0,503 mg.Kg-1 e a porcentagem do montante de metilmercúrio em relação às concentrações de mercúrio total apresentou média de 93 ± 21,98 %. Foram encontradas diferenças significativas entre as concentrações de mercúrio total e os peixes da Baía de Guanabara (Teste de Kruskal-Wallis H (3,109) = 72,65; p<0,0001), sendo as concentrações menores concentrações encontradas na tainha (0,006 ± 0,005 mg.Kg-1) e as mais elevadas encontradas no bagre (0,203 ± 0,07 mg.Kg-1). Foram encontradas correlações significativamente positivas entre as concentrações de mercúrio total e os dados biológicos da corvina (Correlação de Spearman, p <0,0001). O PTWI para as espécies se mostrou crítico para a ingestão de cação e crítico para ingestão de abadejo, atum enlatado, congro rosa, linguado, bagre, corvina e robalo-peba, por uma criança. O cação apresentou concentrações acima do limite de 1,0 mg. Kg-1 estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para peixes predadores, sendo que dois exemplares apresentaram concentrações mais elevadas que o dobro do permitido. Esses resultados são preocupantes sob o ponto de vista de saúde pública, uma vez que a ingestão dessa espécie poderia acarretar em diversos distúrbios a saúde humano, salientando a importância de identificar quais espécies podem ser consumidas ou evitadas e com qual frequência.
Abstract: Mercury is a trace element of high toxicity and neurotoxic properties, which poses risks to human health through contaminated fish feed. The objective of the present study was to determine the mercury contamination in fish commercialized in the metropolitan region of the State of Rio de Janeiro. The species were chosen according to a consumption preference of the population of the State of Rio de Janeiro, in the origin of fish and/or trophic level of the species and were acquired by two forms. In the period between June 2015 and August 2017, 8 types of fish traded in markets in the metropolitan region of the State of Rio de Janeiro were collected: pout, shark, ling, sole, salmon, panga, bivalve mussels and canned tuna. Four species of fish obtained from fishing in Guanabara Bay were collected from February to September 2014: catfish (Genidens barbus), corvina (Micropogonias furnieri), sea bass (Centropomus parallelus) and mullet (Mugil liza). The determination of total mercury (THg) was based in Malm et al. (1989) e Bastos et al. (1998). The muscular tissues were digested with an acid mixture and the total mercury concentrations were determined by atomic absorption spectrophotometry by cold vapor (FIMS 400, Perkin Elmer). The accuracy and precision were determined by using DORM-3 (NRC, Canada) and internal reference material. The results were analyzed statically throughout the program STATISTICA version 7.0 for Windows (StatSoft, Inc. 1984–2004, USA). Significant differences were found between concentrations of total mercury and fish species acquired in markets (Kruskal-Wallis test H7,96=85,21 p < 0,0001), being the lowest concentrations found in panga (0,001 ± 0,001 mg.Kg-1), salmon (0,010 ± 0,009 mg.Kg-1) and mussels (0,002 ± 0,0006 mg.Kg-1), while the highest concentrations were found in shark (1,285 ± 0,456 mg.Kg-1). No significant differences were found between the concentrations of total mercury in the fish caught in the markets and the trade marks (Mann-Whitney U test, p> 0,05). The concentrations of methylmercury found in shark presented an average of 1,185 ± 0,503 mg.Kg-1 and the percentage of the amount of methylmercury in relation to the concentrations of total mercury presented average of 93 ± 21,98 %. There were significant differences between concentrations of total mercury and Guanabara Bay fish (Kruskal-Wallis H test (3,109) = 72,65, p <0,0001), with the lowest concentrations being found in the mullet (0,006 ± 0,005 mg.Kg-1) and the highest levels found in catfish (0,203 ± 0,07 mg.Kg-1). Positive significantly correlations were found between total mercury concentrations and corvina biological data (Spearman Correlation, p <0,0001). The PTWI for the species was critical for the ingestion of shark and critical for ingestion of abadejo, canned tuna, ling, linguado, catfish, corvina and sea bass by a child. The concentration had concentrations above the limit of 1,0 mg.Kg-1 established by the World Health Organization (WHO) for predatory fish, with two specimens having concentrations higher than double that allowed. These results are of concern from the point of view of public health, since the ingestion of this species could lead to several human health disorders, emphasizing the importance of identifying which species can be consumed or avoided and how often.
Palavras-chave: Trace element
Human consumption
Fish
Bioaccumulation
Elemento-traço
Consumo humano
Pescado
Bioacumulação
Área(s) do CNPq: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::OCEANOGRAFIA::OCEANOGRAFIA BIOLOGICA::INTERACAO ENTRE OS ORGANISMOS MARINHOS E OS PARAMETROS AMBIENTAIS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Citação: PICALUGA, Alice de Souza. Contaminação por mercúrio no pescado comercializado no Estado do Rio de Janeiro. 2018. 77 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18617
Data de defesa: 26-Fev-2018
Aparece nas coleções:Mestrado em Oceanografia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Alice de Souza Picaluga - 2018 - Completa.pdf1,02 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.