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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18659
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Ambiguidade e Ambivalência na Ars Politica de Maquiavel: Fundações e Refundações das ordens civis para combater a corrupção e para preservar a liberdade |
Título(s) alternativo(s): | Ambiguity and Ambivalence in Machiavelli's Ars Politica: Founding and Refounding civil orders to withstand corruption and preserve liberty |
Autor: | Assis, Jean Felipe de ![]() |
Primeiro orientador: | Araújo, Marcelo de |
Primeiro membro da banca: | Filho, Celso Martins Azar |
Segundo membro da banca: | Kiraly, Cesar |
Terceiro membro da banca: | Rodrigues, Fernando |
Quarto membro da banca: | Costa, Daniel de Vasconcelos |
Quinto membro da banca: | Bocayuva, Izabela Aquino |
Resumo: | Após estudos exegéticos ao longo do corpus de Maquiavel em temas específicos, e.g., formas de regime, a díade Virtù-Fortuna, noções de antropologia filosófica, religião, história, a utilização da imitação; corrupção e liberdade, constatam-se os diferentes matizes e os variados usos da ambiguidade e da ambivalência como um meio de superação das desordens políticas por análises críticas dos acontecimentos nas coisas humanas. Maquiavel sustenta a imprescindibilidade de um trabalho intelectual árduo para o reconhecimento das ações presentes e um conhecimento das práticas pretéritas para uma correta adequação às circunstâncias pela imitação da Virtù. A superação das calamidades observadas em Florença é possível pela constante refundação das ordens civis para preservar a liberdade e para conter as ações inexoráveis da corrupção. Uma investigação minuciosa das coisas humanas e da história não resulta em respostas definitivas (perfecta), mas pode resgatar o sabor dos acontecimentos e inspirar o amor à pátria. Nesse contexto, as investigações intelectuais e as práticas civis estão repletas de ambiguidades e de ambivalências, visto que: as legislaturas e magistraturas estão em constantes transformações; os humanos estão incessantemente insatisfeitos, mas possuem a possibilidade de obtenção de glória; os regimes políticos devem se adequar à população e às circunstâncias históricas; ritos e discursos religiosos devem ser interpretados de acordo com as necessidades civis; os tumultos civis aperfeiçoam as ordenações públicas e a liberdade, enquanto a divisão em facções acelera a degradação de ambas. Consequentemente, na dinâmica inerente ao político, as análises e as ações são sempre imperfeitas, nunca acabadas. As reinserções da Virtù não eliminam inconstâncias, mas sustentam-se nas instabilidades, incertezas e indeterminações (ambiguidade), ao mesmo tempo em que consideram a coexistência de ações, aparentemente, antagônicas, paradoxais e antitéticas (ambivalência). |
Abstract: | After exegetical investigations along Machiavelli's corpus on specific themes, e.g, forms of regime; the Virtù-Fortuna dyad; notions of philosophical anthropology; religion; history; uses of imitation; corruption and liberty different characteristics and the multiple uses of ambiguity and ambivalence, as means to overcome political disorders by critically analyzing human affairs, emerge. Machiavelli assures an indispensable hard intellectual work for recognizing current actions as well as acknowledging past practices in order to provide correct adaptations to circumstances and occasions through imitations of Virtù. Overcoming the calamities observed in Florence is possible through refounding civil orders to preserve liberty and to contain the inexorable actions of corruption. A careful investigation of human affairs and history does not result in definitive answers (perfecta), but can preserve a flavor of events as well as inspire loving for the country. In this context, intellectual investigations and civil practices are full of ambiguities and ambivalences, since: legislatures and magistrates are constantly changing; humans are incessantly dissatisfied, but they have the possibility of obtaining glory; political regimes must adapt to the people and to historical circumstances; religious rites and speeches must be interpreted according to civil needs; civil tumults improve public ordinances and liberty, while factional division hastens their degradation. Consequently, in political dynamics, analysis and actions are always imperfect, never completed. Reinsertions of Virtù do not eliminate inconsistencies, but are based on instabilities, uncertainties and indeterminations (ambiguity), while, at the same time, considering the coexistence of apparently antagonistic, paradoxical and antithetical actions (ambivalence). |
Palavras-chave: | Política Ambiguidade Ambivalência Maquiavel Machiavelli Politics Ambiguity Ambivalence |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Citação: | ASSIS, Jean Felipe de. Ambiguidade e Ambivalência na Ars Politica de Maquiavel: Fundações e Refundações das ordens civis para combater a corrupção e para preservar a liberdade. 2022. 211 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18659 |
Data de defesa: | 17-Mar-2022 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Filosofia |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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