Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18842
Tipo do documento: Dissertação
Título: Bacteriúria em crianças com mielomeningocele: etiologia segundo idade e sexo e tendência no perfil de susceptibilidade antimicrobiana
Título(s) alternativo(s): Bacteriuria in mielomeningocele children: etiology according to age and sex and trends in antimicrobial susceptibility
Autor: Gomes, Aline Ester Soares 
Primeiro orientador: Ignácio, Ana Cláudia de Paula Rosa
Primeiro coorientador: Leon, Antônio Carlos Monteiro Ponce de
Primeiro membro da banca: Pereira, José Augusto Adler
Segundo membro da banca: Bóia, Márcio Neves
Terceiro membro da banca: Moreira, Beatriz Meurer
Resumo: Crianças com mielomeningocele (MMC) frequentemente apresentam anormalidade no funcionamento vesical, conhecida como bexiga neurogênica (BN). O funcionamento vesical e esfincteriano descoordenado e a prática de cateterismo intermitente favorecem a colonização e infecção do trato urinário nesses pacientes. O conhecimento do perfil microbiológico urinário de crianças com MMC são escassos, apesar de sua importância epidemiológica. Os objetivos do estudo foram analisar a evolução da frequência e da resistência aos antimicrobianos dentre uropatógenos de crianças com MMC atendidas em um centro de reabilitação do Rio de Janeiro entre os anos 2010 e 2017. Foram incluídos no estudo 943 amostras de urina de 409 crianças entre zero e 15 anos de idade, coletadas pela técnica asséptica de cateterismo vesical. As amostras foram semeadas nos meios de Columbia e MacConkey. A identificação bacteriana e antibiograma dos organismos com contagem de colônias superior a 104 UFC/mL foram realizados no Vitek 2 Compact. Houve crescimento microbiano em 693 culturas (73,5%). Maior positividade foi encontrada entre meninas (83,5% versus 64,2%; p<0,001). A frequência das culturas positivas é diretamente proporcional a idade. Foram isoladas 842 amostras de microrganismos, sendo os mais frequentes Escherichia coli (55,8%), Klebsiella pneumoniae (14,3%), Enterococcus faecalis (9,9%) e Proteus mirabilis (4,9%). As meninas apresentaram maior frequência de E. coli que pacientes do sexo masculino (65,2% versus 43,9%; p<0,001). Foram observados elevados percentuais de resistência à ampicilina (56,3%), cefalotina (46,1%), ácido nalidíxico (28,3%), levofloxacino (29,9%) e sulfametoxazol-trimetoprima (38,0%) entre as amostras de E.coli. A resistência acumulada entre as amostras de E. coli dos meninos foi superior às das meninas (p=0,04). Foi observada tendência de aumento da resistência em acompanhamento à idade para amoxicilina-ácido clavulânico (p=0,02), cefuroxima (p<0,01), ceftriaxona (p=0,05), ácido nalidíxico (p<0,01), ciprofloxacino (p<0,01), levofloxacino (p=0,02) e norfloxacino (p<0,01). Não foi observada tendência de na resistência a nenhuma classe antimicrobiana. O fenótipo ESBL foi detectado em 5,2% das amostras de E. coli e em 2,6% de K. pneumoniae. Não foi observada diferença entre frequência de E. coli produtora de ESBL entre meninos e meninas nem tendência de aumento ou redução deste fenótipo. 21,7% das amostras de Enterobacteriaceae foram classificadas como multirresistentes (MR) e 28,5% das amostras de E. coli foram MR. Não foi observada diferença entre frequência de E. coli MR devido ao sexo. Tendência de aumento de MR em relação à idade foi encontrada entre os meninos (p=0,03).
Abstract: Myelomeningocele (MMC) children often have abnormal bladder function, known as neurogenic bladder (BN). The uncoordinated bladder-sphincter functioning and the use of clean intermittent catheterization contributes to urinary tract colonization and infection in these patients. Knowledge of the urinary microbiological profile of MMC children is sparse, despite its epidemiological importance. The aim of the study was to evaluate the prevalence and the antimicrobial resistance pattern of uropathogens of MMC children in a rehabilitation center in Rio de Janeiro - Brazil between 2010 and 2017. This retrospective study included 943 catheterized urine samples from 409 children aged between zero and 15 years, 454 from girls and 489 from boys, with aseptic technique. Cultures were performed using 5% sheep blood Columbia agar plate and MacConkey agar plate. The bacterial identification and susceptibility tests of those containing more than 104 CFU/mL were performed in Vitek 2 Compact. A total of 693 positives cultures were included in this analysis. In 559 (59.3%) grew one uropathogen and 134 (19.3%) had mixed growth. Positives cultures were significantly more prevalent in girls (83.5% versus 64.2%; p<0.001). The prevalence of positives cultures is directly proportional to age (p<0,001). 842 samples of microorganisms were isolated. Escherichia coli was the most common (55.8%), followed by Klebsiella pneumoniae (14.3%), Enterococcus faecalis (9.9%) and Proteus mirabilis (4.9%). Girls had more E. coli than boys (65.2% versus 43.9%; p<0.001). On the other hand, bacteriuria by others Enterobacterales is higher in boys (K. pneumoniae and P. mirabilis: p<0.001). The highest E. coli resistance to tested antimicrobials was seen for ampicillin (56.3%), cephalotin (46.1%), nalidixic acid (28.3%), levofloxacin (29.9%) and sulfamethoxazole-trimethoprim (38.0%). The overall Escherichia coli resistance from boys was higher than from girls (p=0.04). There was a correlation between age and resistance. Increased resistance with age was observed to amoxicillin-clavulanic acid (p=0.02), oral and parenteral cefuroxime (p<0.01), ceftriaxone (p=0.05), nalidixic acid (p< 0.01), ciprofloxacin (p<0.01), levofloxacin (p=0.02) and norfloxacin (p<0.01). E. coli did not show significantly changes in the resistance to tested antimicrobials over the study period. The ESBL phenotype was detected in 5.2% of E. coli and in 2.6% of K. pneumoniae. There was no difference between the frequency of ESBL-producing E. coli between boys and girls, neither significantly changes in this phenotype prevalence between 2010 and 2017. Among the Enterobacteriaceae, 21.7% were multidrug-resistant (MR) and 28.5% of the E. coli were MR. There was no difference in prevalence of E. coli MR between boys and girls. Increasing MR with age in boys was observed over the study period (p=0,03).
Palavras-chave: Bacteriuria
Urinary tract infections
Myelomeningocele
Neurogenic bladder
Antimicrobial resistance
Escherichia coli
Bacteriúria
Infecções do trato urinário
Mielomeningocele
Bexiga neurogênica
Resistência a antimicrobianos
Escherichia coli
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA::MICROBIOLOGIA APLICADA::MICROBIOLOGIA MEDICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: GOMES, Aline Ester Soares. Bacteriúria em crianças com mielomeningocele: etiologia segundo idade e sexo e tendência no perfil de susceptibilidade antimicrobiana. 2021. 81 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18842
Data de defesa: 6-Out-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Médicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Aline Ester Soares Gomes - 2021 - Completo.pdf1,96 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.