Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18911
Tipo do documento: Tese
Título: Imagens aberrantes em Hilda Hilst: poética das torções.
Título(s) alternativo(s): Imágenes aberrantes en Hilda Hilst: poetica de las torsiones.
Aberrant imagens in Hilda Hilst: poetic of torsions.
Autor: Ferreira, Diego Pereira 
Primeiro orientador: Chiara, Ana Cristina de Rezende
Primeiro coorientador: Giorgi, Gabriel
Primeiro membro da banca: Moriconi Junior, Ítalo
Segundo membro da banca: Oliveira, Leonardo Davino de
Terceiro membro da banca: Martins, Helena Franco
Quarto membro da banca: Costa, Cristina Henrique da
Resumo: Uma investigação estética das obras de Hilda Hilst, relacionando sua poética à noção de aberração, em diálogo com a perspectiva da filosofia contemporânea da noção de forma. O trabalho propõe um olhar para as imagens aberrantes na escrita de Hilda Hilst e suas relações com o silêncio, com a semelhança e com o corpo, em diálogo com a noção de movimentos aberrantes, de David Lapoujade. Utilizo como estofo teórico uma constelação de objetos, com a finalidade de analisar como a poética de Hilst produz tensões entre ruído e silêncio, palavra e sentido, humano e animal. Uma literatura que evoca inúmeras imagens que não se deixam reconhecer ou precisar, criando estranhamentos e produzindo linhas de desfiguração. Imagens criadas como uma superfície aberta, propiciando o aparecimento das formas de corpos inacabados, que se abrem ao movimento e desafiam a rigidez dos corpos e a sintetização das imagens. Hilst investe na produção de imagens que se vinculam àquilo que há de mais obsceno e provocador no âmbito das formas: a sua insubordinação à compreensão e clausura. A produção de imagens aberrantes na literatura hilstiana passa pela impressão de que sua palavra se vincula à ausência de rosto, de nome, de reconhecimento. Percorro o tema na busca pelos seus vínculos com os descontornos da forma, com as imagens da falta, com o corpo molecular, com as potências animais, com o mal visto e mal dito, até chegar à uma noção de clarividência e de afirmação das torções. Por esse motivo, me distancio de uma literatura que se construa pela simples e confessa falha nas possibilidades do dizer, para entender como a coisa mal dita pode ser uma força expressiva, produção de atmosfera singular e potente. Assim a produção de uma imagem aberrante seria possível, uma imagem sem cabimento, sem acabamento, vinculada a uma língua que cria linhas de desfiguração, e que nos conduz à percepção de um mundo cuja crueza é movediça, volátil e incerta.
Abstract: An aesthetic investigation of Hilda Hilst's works, relating her poetics to the notion of aberration, in dialogue with the perspective of contemporary philosophy of the notion of form. The work proposes a look at the aberrant images in Hilda Hilst's writing and their links with silence, with similarity and with the body, in dialogue with David Lapoujade's notion of aberrant movements. I use as theoretical material a constellation of objects, in order to analyze how Hilst's poetics produces tensions between noise and silence, word and meaning, human and animal. A literature that evokes countless images that do not allow themselves to be recognized or specified, creating strangeness and producing lines of disfigurement. Images created as an open surface, providing the appearance of unfinished body shapes, which open to movement and challenge the rigidity of bodies and the synthesis of images. Hilst produces images that are linked to obscene and provocative in terms of forms: their insubordination to understanding and enclosure. The production of aberrant images in Hilst literature involves the impression that his words are linked to the absence of a face, a name, and recognition. I go through the theme in search of its links with the distortions of form, with the images of lack, with the molecular body, with animal potencies, with the ill seen and ill-spoken, until I reach a notion of clairvoyance and the affirmation of torsions. For this reason, I distance myself from a literature that is built by the simple and confesses failure in the possibilities of saying, in order to understand how the ill-said can be an expressive force, producing a singular and powerful atmosphere. Thus, the production of an aberrant image would be possible, an image that has no place, no finishing, linked to a language that creates lines of disfigurement, and that leads us to the perception of a world whose rawness is shifting, volatile and uncertain.
Una investigación estética de la obra de Hilda Hilst, relacionando su poética con la noción de aberración, en diálogo con la perspectiva de la filosofía contemporánea de la noción de forma. La tesis propone una mirada a las imágenes aberrantes en la escritura de Hilda Hilst y su relación con el silencio, con la semejanza y con el cuerpo, en diálogo con la noción de movimientos aberrantes de David Lapoujade. Utilizo como material teórico una constelación de objetos, para analizar cómo la poética de Hilst produce tensiones entre ruido y silencio, palabra y sentido, humano y animal. Una literatura que evoca innumerables imágenes que no se dejan reconocer ni concretar, creando extrañeza y produciendo líneas de desfiguración. Imágenes creadas como una superficie abierta, dando la apariencia de formas corporales inacabadas, que se abren al movimiento y desafían la rigidez de los cuerpos y la síntesis de imágenes. Hilst produce imágenes vinculadas a lo más obsceno y provocador en las formas: su insubordinación al entendimiento y el encierro. La producción de imágenes aberrantes en la literatura de Hilst implica la impresión de que sus palabras están ligadas a la ausencia de rostro, nombre y reconocimiento. Recorro el tema en busca de sus vínculos con las distorsiones de la forma, con las imágenes de la carencia, con el cuerpo molecular, con las potencias animales, con lo mal visto y mal dicho, hasta llegar a una noción de clarividencia y afirmación de las torsiones. Por eso, me alejo de una literatura que se construye con lo simple y confiesa fallas en las posibilidades de decir, para comprender cómo lo mal dicho puede ser una fuerza expresiva, produciendo una atmósfera singular y poderosa. Así, sería posible la producción de una imagen aberrante, una imagen que no tiene lugar, no tiene acabado, ligada a un lenguaje que crea líneas de desfiguración, y que nos conduce a la percepción de un mundo cuya crudeza es cambiante, volátil e incierta.
Palavras-chave: Imagen
Aberración
Cuerpo
Torsión
Image
Aberration
Body
Shape
Torsion
Imagem
Aberração
Corpo
Forma
Torção
Hilst, Hilda, 1930-2004 – Crítica e intepretação
Imagem corporal na arte
Forma (Estética)
Imagem corporal – Distorção
Poética
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: FERREIRA, Diego Pereira. Imagens aberrantes em Hilda Hilst: poética das torções. 2021. 168 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18911
Data de defesa: 30-Set-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Diego Pereira Ferreira - 2021 - Completa.pdf3,22 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.