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Tipo do documento: Dissertação
Título: Ingestão de cafeína entre os adolescentes brasileiros
Título(s) alternativo(s): Brazilian adolescents caffeine consumption
Autor: Vizentin, Nathalia Pereira 
Primeiro orientador: Kuschnir, Maria Cristina Caetano
Primeiro coorientador: Giannini, Denise Tavares
Primeiro membro da banca: Klein, Márcia Regina Simas Torres
Segundo membro da banca: Souza, Luciana Maria Borges da Matta
Terceiro membro da banca: Barufaldi, Laura Augusta
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a ingestão de cafeína pelos adolescentes brasileiros, os principais alimentos contendo cafeína que são consumidos por estes e sua associação com o sono. Foram utilizados dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes. Inicialmente, através do recordatório alimentar de 24 horas foram listados todos os alimentos fontes de cafeína ou que poderiam contê-la, mesmo em quantidade pequena e nesta lista foi colocado o valor de cafeína para cada 100 mg ou ml de cada alimento/preparação. Em seguida, foi estimada a ingestão de cafeína de cada adolescente e calculadas as médias de ingestão da cafeína em mg/dia e mg/kg/dia e também as frequências de ingestão de cafeína de acordo com dados sociodemográficos, variáveis biológicas e comportamentais. Utilizamos a referência da European Food Safety Authority que considera 3 mg/kg/dia de consumo de cafeína seguro para adolescentes. As variáveis hora de dormir e acordar foram avaliadas através do questionário. A duração do sono foi obtida pela diferença, em horas, entre o início e o fim do sono relatado como o intervalo compreendido entre dormir e despertar. As taxas de prevalência, intervalos de confiança e medidas de tendência central foram estimadas. A associação entre dados demográficos, antropométricos e hábitos de vida com consumo da cafeína foi investigada. Em todas as análises foi considerado nível de significância de 5%. A amostra deste estudo foi composta por 71.553 adolescentes. A ingestão média de cafeína pelos adolescentes foi de 99,45 mg/dia (IC95%: 91,43 – 107,47) e 1,88 mg/kg/dia (IC95%: 1,71 – 2,04). Aproximadamente 20% dos adolescentes têm ingestão de cafeína acima da recomendação de 3 mg/kg/dia. Dentre os adolescentes com mais chances de ingerir quantidade de cafeína acima do recomendado (> 3 mg/kg/dia) estão os meninos (OR: 1,32; IC95%: 1,23-1,41), os que residem no interior (OR: 1,33; IC95%: 1,10-1,61), os que estudam em escola pública (OR: 2,71; IC95%: 2,19-3,36), os que estudam em escola localizada na área rural (OR: 2,44; IC95%: 1,98-3,00), além dos que tomam café da manhã (OR: 2,04; IC95%: 1,76-2,38), não compram na cantina (OR: 1,20; IC95%: 1,03-1,41) e os que consomem a merenda oferecida pela escola (OR: 1,39; IC95%: 1,21-1,59). Os adolescentes da região Nordeste apresentaram as maiores chances (OR: 2,21; IC95%: 1,84-2,67) de ingestão de cafeína acima do recomendado (> 3 mg/kg/dia), seguido pelos adolescentes da região Nordeste (OR: 1,96; IC95%: 1,55-2,47). Houve associação entre ingestão de cafeína e maior duração do sono (OR: 1,31; IC95%: 1,17-1,46), provavelmente a maior ingestão no período da manhã justifica o fato da ingestão de cafeína não interferir em menor duração do sono dos adolescentes. O alimento fonte de cafeína mais consumido foi o café, seguido pelo refrigerante. A ingestão de cafeína por adolescentes brasileiros está associada a residir no interior, estudar em escola da rede pública ou estudar em escola na área rural mesmo após ajuste para sexo, estado nutricional, região geográfica e as variáveis comportamentais comprar ou não na cantina da escola, tomar ou não café da manhã e consumir ou não a merenda oferecida pela escola.
Abstract: In this work, an evaluation of caffeine intake by Brazilian adolescents was carried out, as well as the main foods containing caffeine that are consumed by them and its association with sleep. Data from the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents were used. Initially, through the 24-hour food recall, all foods sources of caffeine or those that could contain it were listed, even in small quantities, and in this list the caffeine value for each 100 mg or ml of each food/preparation was placed, values obtained from a literature reference. Then, each teenager's caffeine intake was estimated in the STATA software. After this step, caffeine intake averages in mg/day and mg/kg/day were calculated, as well as caffeine intake frequencies according to sociodemographic data and biological and behavioral variables. We used the European Food Safety Authority reference that considers 3 mg/kg/day of caffeine consumption safe for adolescents. The variables bedtime and waking up were evaluated through the questionnaire. Sleep duration was obtained from the difference, in hours, between the beginning and the end of sleep, reported as the interval between sleep and awakening. Prevalence rates, confidence intervals and measures of central tendency were estimated. The association between demographic, anthropometric and lifestyle data with caffeine consumption was investigated. In all analyses, a significance level of 5% was considered. The sample of this study consisted of 71,553 adolescents, 50.2% male and 52.7% belonged to the age group of 12-14 years. The average caffeine intake by adolescents was 99.45 mg/day (95%CI: 91.43 – 107.47) and 1.88 mg/kg/day (95%CI: 1.71 – 2.04). Approximately 20% of adolescents have caffeine intake above the recommended 3 mg/kg/day. Among the adolescents with more chances of ingesting amounts of caffeine above the recommended (> 3 mg/kg/day) are boys (OR: 1.32; 95%CI: 1.23-1.41), those who live in the countryside (OR: 1.33; 95%CI: 1.10-1.61), those who study in a public school (OR: 2.71; 95%CI: 2.19-3.36), those who study in a localized school in the rural area (OR: 2.44; 95%CI: 1.98-3.00), in addition to those who eat breakfast (OR: 2.04; 95%CI: 1.76-2.38), they do not buy in the canteen (OR: 1.20; 95%CI: 1.03-1.41) and those who consume the lunch offered by the school (OR: 1.39; 95%CI: 1.21-1.59). Adolescents from the Northeast region had the highest chances (OR: 2.21; 95%CI: 1.84-2.67) of caffeine intake above the recommended (> 3 mg/kg/day), followed by adolescents from the Northeast region (OR: 1.96; 95%CI: 1.55-2.47). There was an association between caffeine intake and longer sleep duration (OR: 1.31; 95%CI: 1.17-1.46), probably the higher intake in the morning justifies the fact that caffeine intake does not interfere with sleep teenagers. The most consumed food, containing caffeine, among adolescents was coffee, followed by soda. Caffeine intake by Brazilian adolescents is associated with living in the countryside, studying at a public school or studying at a school in rural areas.
Palavras-chave: Adolescent
Caffeine
Coffee
Adolescente
Cafeína
Café
Sono
Sleep
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO::DIETETICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: VIZENTIN, Nathalia Pereira. Ingestão de cafeína entre os adolescentes brasileiros. 2020. 51 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18965
Data de defesa: 7-Jan-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Médicas

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