Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19411
Tipo do documento: Tese
Título: Mulheres em ação pela (pluri)integralidade do cuidado no contexto de pandemia: um estudo sobre as articulações reivindicatórias de buscas por cuidados
Título(s) alternativo(s): Women in action for the (pluri)integrality of care in the pandemic context: a study on the articulations claiming to search for care
Autor: Bulhôes, Bárbara 
Primeiro orientador: Pinheiro, Roseni
Primeiro membro da banca: Teodoro, Ronaldo
Segundo membro da banca: d'Oliveira, Ana Flávia Pires Lucas
Terceiro membro da banca: Souza, Renata da Silva
Quarto membro da banca: Lopes, Tatiana Coelho
Resumo: As demandas por integralidade do cuidado reivindicadas pelas mulheres não são temas recentes das políticas de saúde no Brasil. A integralidade foi utilizada pela primeira vez em 1984, pelo Ministério da Saúde, na confecção do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e sua construção sempre contou com a participação ativa de mulheres do movimento social feminista, da saúde e das universidades. O estudo colabora com a construção de argumentos no sentido de assumir a integralidade em saúde como prática articuladora de direitos. Porque a integralidade ganha materialidade quando se impõe como estratégia de defesa da vida, como direito orientador das metas administrativas do serviço. Sendo o cuidado como valor ético-político, uma atividade desenvolvida pelo ser humano que exige responsabilidade coletiva para afirmação da vida. Ao manter diálogo com as mulheres em territórios de vulnerabilidade como sujeitos ativos de mudança social, o estudo procura agregar suas reflexões, saberes e práticas na busca por cuidado em seus territórios de luta. Para tanto, usa multi-métodos que colaboram para identificar os percursos destas em relação à vulnerabilidade social, ao pertencimento, à responsabilidade coletiva e ao cuidado como ação política no espaço público. Nesse sentido, o questionamento que norteia tal debate complexo, perpassa as dimensões macro, micro e molecular da política na dinâmica social, refletindo sobre os elementos que a reivindicação do direito de cuidar, ser cuidado e de autocuidado ofertam para superar a atual crise da organização social de cuidados. Tendo em vista as relações de reciprocidade comunitária em saúde, o estudo analisa relatos de experiência de mulheres organizadas por reivindicação de direitos humanos no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil. Busca-se, com isto, compreender o itinerário cotidiano destas na campanha Mulheres Territórios de Luta do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul em seu exercício de reivindicação do direito ao cuidado em seu território. As abordagens vistas no ciclo de debates da campanha ressaltam a atuação destas em territórios plurais em que 37 experiências puderam ser identificadas. A amostra de análise apresenta recorte a territórios urbanos e pela intercessão com o campo de saúde coletiva. Apesar da diversidade e pluralidade de vivências, a articulação do discurso das ativistas é complementar e abrange uma unicidade construída e estabelecida em debate aberto. As mulheres em ação no contexto da pandemia criaram suas práticas de cuidado de si e do mundo apontando para a necessidade de cuidar de suas vidas no “agora”. Formularam respostas, não só à pandemia, mas aos desafios que a sobreposição de crises assentou em suas vidas. Portanto, este trabalho aborda os cenários de disputa de hegemonia que propõe mudar o centro da articulação entre políticas públicas e territórios ao assimilar as condições concretas para o desafio que o cuidado como valor ético-político encontra entre as ativistas.
Abstract: The demands for integrality in health demanded by women are not recent themes in health policies in Brazil. Integrality was used for the first time in 1984, by the Ministry of Health, in the preparation of the Program of Integral Assistance to Women's Health, its construction has always counted on the active participation of women from the feminist social, health and university movements. The study contributes to the construction of arguments in the sense of assuming integrality in health as a practice articulator of rights. This is because integrality gains materiality when it imposes itself as a strategy to defend life, as a right that guides the administrative goals of the service. Being the care as a political-ethical value, an activity developed by the human being that requires collective responsibility for the affirmation of life. By maintaining dialogue with women in vulnerable territories as active subjects of social change, the study seeks to aggregate their reflections, know-how and practices in the search for care in their territories of struggle. To this end, it uses multi-methods that collaborate to identify the paths these women take in relation to social vulnerability, belonging, collective responsibility and care as a political action in the public space. In this sense, the questioning that guides this complex debate goes through the macro, micro and molecular dimensions of politics in social dynamics. We reflect on the elements that the claim to the right to care, to be cared for and to self-care offer in order to overcome the current crisis in the social organization of care. In view of the relations of community reciprocity in health, the study analyzes the experience reports of women organized by the claim for human rights in the context of the pandemic of COVID-19 in Brazil. It seeks to understand the daily itinerary of these women in the Women's Struggle Territories campaign of the Institute for Political Alternatives for the Southern Cone in their exercise of claiming the right to care in their territory. The approaches discussed during the campaign's cycle of debates highlight their activities in plural territories where 37 experiences were identified.The analysis sample is focused on urban territories and on the intercession with the field of collective health.Despite the diversity and plurality of experiences, the articulation of the discourse of activists is complementary and covers a unity built and established in open debate. Women in action in the context of the pandemic create their practices of caring for themselves and for the world, pointing to the need to take care of their lives in the "now". They formulate responses, not only to the pandemic, but to the challenges that the overlapping crisis poses to their lives.Therefore, this work addresses the scenarios of hegemony dispute that proposes to change the centre of the articulation between public policies and territories by assimilating the concrete conditions for the challenge that care as an ethical-political value encounters among activists.
Palavras-chave: Integrality in health
Community networks
Political activism
Women
Personal autonomy
Right to health
Integralidade em saúde
Redes de cuidados comunitários
Ativismo político
Mulheres
Autonomia
COVID-19
Direito à saúde
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Programa: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Citação: BULHÕES, Bárbara. Mulheres em ação pela (pluri)integralidade do cuidado no contexto de pandemia: um estudo sobre as articulações reivindicatórias de buscas por cuidados. 2022. 330 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19411
Data de defesa: 15-Dez-2022
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde Coletiva

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Bárbara Bulhões Lopes de Andrade - 2022 - Completa.pdf2,95 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.