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Tipo do documento: Dissertação
Título: Violência entre parceiros íntimos na percepção de jovens das minorias sexuais
Título(s) alternativo(s): Intimate partner violence in the perception of young people from sexual minorities
Autor: Matta, Thenessi Freitas 
Primeiro orientador: Taquette, Stella Regina
Primeiro coorientador: Rodrigues, Nádia Cristina Pinheiro
Primeiro membro da banca: Fortes, Sandra Lucia Correa Lima
Segundo membro da banca: Costa, Cristiane Maria Amorim
Terceiro membro da banca: Brignol, Sandra Mara Silva
Resumo: A população de indivíduos que não se enquadram no padrão heteronormativo da sociedade como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) está exposta a diferentes tipos de violências advindas, principalmente, do preconceito e rejeição social. Outro tipo de violência que se destaca é a violência entre parceiros íntimos (VPI). A desigualdade de gênero está na raiz da VPI e pode levar a consequências como isolamento social até suicídios e homicídios. Pouco se conhece sobre a VPI entre jovens das minorias sexuais. O objetivo deste estudo foi compreender a percepção que jovens LGBT têm sobre VPI. A pesquisa teve abordagem qualitativa e foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com 16 jovens das minorias sexuais de 18 a 30 anos nos campi de duas universidades públicas do estado do Rio de Janeiro. O roteiro continha dados sociodemográficos e questões sobre VPI. As entrevistas foram gravadas e transcritas. A análise foi realizada com o apoio do software webQDA através dos seguintes passos: leitura e releitura dos dados, recorte do texto conforme categorias, identificação dos sentidos atribuídos pelos sujeitos às questões, diálogo comparativo com a literatura, e interpretação com contextualização histórica e sociocultural. Originaram-se quatro categorias: 1- Tipificação do que é percebido como violência no relacionamento íntimo, a magnitude de sua ocorrência e os fatores que a influenciam; 2- Desigualdades geradoras de violência nas relações homoafetivas; 3- Homofobias implícitas e explícitas percebidas no ambiente universitário; 4- Reconhecimento e enfrentamento da VPI. Constatou-se que a VPI dentre as minorias sexuais é percebida de maneira acanhada pelos envolvidos, apesar de todos os entrevistados terem vivenciado ou conhecerem alguém que passou por algum episódio de VPI. A dificuldade em se reconhecer dentro de um relacionamento abusivo foi reiterada pela maioria. A desigualdade de gênero foi a mais explicitada no que concerne às motivações para gerar VPI, não deixando ausentes outras inequidades, como o poder aquisitivo e a escolaridade. O ambiente universitário foi visto como mais acolhedor do que o meio social, mas ainda existindo LGBTfobia. Segundo os participantes, a instituição de ensino não oferece suporte a vítimas de VPI. Amigos e família são os primeiros a serem contatados em busca de apoio nos casos de violência. O setor saúde foi adotado como a segunda opção. Os entrevistados sugerem medidas que podem ser implementadas tanto no setor saúde quanto no ambiente universitário, como atendimento psicológico e grupos de conversa. Conclui-se que jovens das minorias sexuais passam por episódios de VPI com o agravante de sobreposição de vitimizações pela homofobia e a maior dificuldade de receber apoio. Os resultados deste estudo podem servir de subsídios à formulação e aperfeiçoamento de políticas públicas e programas de enfrentamento à VPI de jovens e população LGBT; assim como contribuir para a redução da invisibilidade desta realidade e fomentar a formulação de hipóteses para futuros estudos.
Abstract: The population of individuals who do not fit the heteronormative pattern of society such as lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals (LGBT) is exposed to different types of violence arising mainly from prejudice and social rejection. Another type of violence that stands out is intimate partner violence (IPV). Gender inequality is at the root of IPV and can lead to consequences such as social isolation to suicides and homicides. Little is known about IPV among young people from sexual minorities. The aim of this study was to understand the perception that LGBT youth have about IPV. The research had a qualitative approach and was carried out through semi-structured interviews with 16 young people from sexual minorities aged 18 to 30 years on the campuses of two public universities in the state of Rio de Janeiro. The script contained sociodemographic data and questions about IPV. The interviews were recorded and transcribed. The analysis was carried out with the support of the webQDA software through the following steps: reading and re-reading the data, cutting the text according to categories, identifying the meanings attributed by the subjects to the questions, comparative dialogue with the literature, and interpretation with historical and sociocultural contextualization. Four categories were originated: 1- Classification of what is perceived as violence in an intimate relationship, the magnitude of its occurrence and the factors that influence it; 2- Inequalities that generate violence in same-sex relationships; 3- Implicit and explicit homophobias perceived in the university environment; 4- Recognition and confrontation of VPI. It was found that IPV among sexual minorities is perceived shyly by those involved, although all respondents have experienced or know someone who has gone through some episode of IPV. The difficulty in recognizing oneself in an abusive relationship was reiterated by the majority. Gender inequality was the most explicit with regard to the motivations for generating IPV, not leaving out other inequities, such as purchasing power and education. The university environment was seen as more welcoming than the social environment, but there was still LGBTphobia. According to participants, the educational institution does not support victims of IPV. Friends and family are the first to be contacted for support in cases of violence. The health sector was adopted as the second option. Respondents suggest measures that can be implemented both in the health sector and in the university environment, such as psychological care and conversation groups. It is concluded that young people from sexual minorities go through episodes of IPV with the aggravation of overlapping victimizations due to homophobia and greater difficulty in receiving support. The results of this study can serve as support for the formulation and improvement of public policies and programs to combat IPV of young people and the LGBT population; as well as contributing to reducing the invisibility and promoting the formulation of hypotheses for future studies.
Palavras-chave: Sexual and gender minorities
Intimate partner violence
Homophobia
Youth
Health services in Universities
Minorias sexuais e de gênero
Violência por parceiro íntimo
Homofobia
Juventude
Serviços de saúde em Universidades
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Citação: MATTA, Thenessi Freitas. Violência entre parceiros íntimos na percepção de jovens das minorias sexuais. 2021. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19553
Data de defesa: 30-Abr-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Médicas

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