Compartilhamento |
![]() ![]() |
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19598
Tipo do documento: | Tese |
Título: | “Pobres mulheres da minha terra!”: o Feminismo em Virgínia de Castro e Almeida |
Título(s) alternativo(s): | “Poor women of my land!”: Feminism in Virgínia de Castro e Almeida |
Autor: | Batista, Carolina Lopes ![]() |
Primeiro orientador: | Samyn, Henrique Marques |
Primeiro membro da banca: | Mattos, Amana Rocha |
Segundo membro da banca: | Arao, Lina |
Terceiro membro da banca: | Castro, Andreia Alves Monteiro de |
Quarto membro da banca: | Pereira, Daiane Cristina |
Resumo: | Neste trabalho, buscamos estudar e entender a vida, a obra e as ideias de Virgínia de Castro e Almeida, autora portuguesa pouco conhecida, mas criadora de um extenso repertório que vai desde ensaios a romances. Nascida no século XIX e falecida no ano da Segunda Guerra Mundial, Virgínia passou por diversas transformações sociais, econômicas, tecnológicas e políticas; viu de perto as duas Grandes Guerras e o assassinato de um rei de Portugal; foi contemporânea da Gripe Espanhola, da Guerra Civil Espanhola, da Revolução Russa e de diversas greves e movimentos políticos e sociais, como o Feminismo, o Abolicionismo no Brasil, com a Lei Áurea, e a Independência do Brasil. Também vivenciou as ditaduras que foram nascendo na Europa: a ditadura italiana, com Mussolini, a espanhola, com Franco, e a portuguesa, com Salazar, participando, inclusive, do Governo deste último e tendo admiração pelos outros dois. Embora simpática aos governos autoritários, era Feminista, bissexual, apoiadora do sexo sem casamento e, por vezes, parecia ter ideias socialistas. Esses aparentes paradoxos chamaram a nossa atenção e este trabalho foi elaborado com o objetivo de justamente buscar, não uma conclusão, mas uma possível explicação para alguns desses contrastes. Para isso, utilizamos textos da própria autora, em especial o ensaio A Mulher, um estudo sobre a história do gênero feminino e a existência de diversos direitos das mulheres ao redor do mundo. O ensaio de Almeida tem a finalidade de levar ideias de aprimoramentos para Portugal, principalmente em relação à instrução do gênero feminino. Também buscamos, neste trabalho, analisar criticamente a que mulher ou mulheres Virgínia referia-se em seu ensaio e na frase utilizada como título desta tese, posto que pouco ou nada é mencionado na obra a respeito de mulheres não brancas, orientais – sendo discutido, ainda, o significado e o peso dessa palavra –, não europeias e de outras classes sociais além das elitizadas. Além dos livros da escritora, também utilizamos produções de outras mulheres da mesma época e lugar, para compararmos posições políticas e ideológicas. Para compreender melhor essas pensadoras e fazer uma análise interseccional, fomos buscar textos de Karl Marx, Mikhail Bakhunin, Friedrich Engels, Emma Goldman, Angela Davis, bell hooks, Monique Prada, Silvia Federici, entre vários outros autores e autoras – principalmente autoras – que contribuíram para nosso entendimento. |
Abstract: | This work aims to study and understand the life, work, and ideas of Virgínia de Castro e Almeida, a little-known Portuguese author who created an extensive repertoire ranging from essays to novels. Born in the 19th century and died during World War II, Virgínia experienced various social, economic, technological, and political transformations; she saw both World Wars and the murder of a king of Portugal; was contemporary with the Spanish Flu, the Spanish Civil War, the Russian Revolution, and various strikes and political and social movements, such as Feminism, Abolitionism in Brazil, with the Golden Law, and Brazil's independence. She also lived through the dictatorships that were emerging in Europe: the Italian dictatorship with Mussolini, the Spanish dictatorship with Franco, and the Portuguese dictatorship with Salazar, even participating in the government of the latter and admiring the other two. Although sympathetic to authoritarian governments, she was a Feminist, bisexual, supporter of sex without marriage, and at times seemed to have socialist ideas. These apparent paradoxes caught our attention and this work was developed with the aim of seeking, not a conclusion, but a possible explanation for some of these contrasts. To do so, we used texts from the author herself, especially the essay The Woman, a study of the history of the female gender and the existence of various women's rights around the world. Almeida’s essay aimed at bringing ideas of improvement to Portugal, especially in relation to female instruction. We also aim, in this work, to critically analyze which woman or women Virgínia was referring to in her essay and in the sentence used as the title of this thesis, since little or nothing is said about non-white, Oriental – also discussing the meaning and weight of this word –, non-European women, and those from other social classes besides the elitized ones. In addition to the writer's books, we also used productions from other women of the same time and place, to compare political and ideological positions. To better understand these thinkers and make an intersectional analysis, we sought texts from Karl Marx, Mikhail Bakhunin, Friedrich Engels, Emma Goldman, Angela Davis, bell hooks, Monique Prada, Silvia Federici, among many other authors – mainly female authors – who contributed to our understanding. Este trabajo busca estudiar y entender la vida, la obra y las ideas de Virgínia de Castro e Almeida, autora portuguesa poco conocida, pero creadora de un extenso repertorio que va desde ensayos hasta novelas. Nacida en el siglo XIX y fallecida en el año de la Segunda Guerra Mundial, Virginia pasó por diversas transformaciones sociales, económicas, tecnológicas y políticas; vio de cerca las dos Grandes Guerra y el asesinato de un rey de Portugal; fue contemporánea de la Gripe Española, la Guerra Civil Española, la Revolución Rusa y de diversas huelgas y movimientos sociopolíticos, como el Feminismo, la Abolición en Brasil, con la Ley Áurea, y la Independencia de Brasil. Además vivió las dictaduras que fueron naciendo en Europa, algunos ejemplos son Italia, con Mussolini, España, con Franco, y Portugal, con Salazar, participando, incluso, en el Gobierno de este último y teniendo admiración por los otros dos. Pese a sentirse atraida por gobiernos autoritarios, era feminista, bisexual, apoyadora el sexo sin matrimonio y, por momentos, aparentaba tener ideas socialistas. Estos emergentes paradoxos son de gran interés y este trabajo fue elaborado con el objetivo de justamente buscar, no una conclusión, sino una posible explicación para algunos de estos contrastes. Para ello, se utilizaron textos de la propia autora, en especial el ensayo La Mujer, un ensayo sobre la historia del género femenino y la existencia de diversos derechos de las mujeres alrededor del mundo. El ensayo de Almeida pretende traer ideas de progreso a Portugal, principalmente en relación a la instrucción femenina. También buscamos, en este trabajo, analizar críticamente a qué mujer o mujeres se refería Virgínia en su ensayo y en la frase utilizada como título de esta tesis, ya que se habla poco o nada sobre mujeres no blancas, orientales – aún discutiendo el significado y peso de esta palabra –, no europeas y de otras clases sociales además de las elitistas. Junto a los libros de la escritora, se incorporaron producciones de otras mujeres de la misma época y lugar, para comparar posiciones políticas e ideológicas. Pretendiendo comprender mejor estas pensadoras y hacer un análisis interseccional, se integraron textos de Karl Marx, Mikhail Bakhunin, Friedrich Engels, Emma Goldman, Angela Davis, bell hooks, Monique Prada, Silvia Federici, entre varios otros autores y autoras – principalmente escritoras – que han contribuido a la comprensión de este trabajo. |
Palavras-chave: | Siglo XIX Mujeres escritoras del siglo XIX Mujer Feminism 19th century 19th century female writers Intersectional Feminism Woman Virgínia de Castro e Almeida Feminismo Século XIX Escritoras do século XIX Portugal Feminismo interseccional Mulher Almeida, Virgínia de Castro e, 1874-1945 – Crítica e interpretação Almeida, Virgínia de Castro e, 1874-1945. A mulher Feminismo e literatura – Séc. XIX Literatura portuguesa – Séc. XIX Mulheres – História – Séc. XIX Escritoras portuguesas – Séc. XIX |
Área(s) do CNPq: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Citação: | Batista, Carolina Lopes. “Pobres mulheres da minha terra!”: o feminismo em Virgínia de Castro e Almeida. 2023. 147 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19598 |
Data de defesa: | 17-Mar-2023 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Letras |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese - Carolina Lopes Batista - 2023 - Completa.pdf | 1,96 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.