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Tipo do documento: Tese
Título: Os “Guetos” ocupacionais no Brasil: uma análise da segregação ocupacional por gênero e raça entre os anos de 1976 e 2015
Título(s) alternativo(s): The Occupational “Ghettos” in Brazil: an analysis of occupational segregation by gender and race from 1976 to 2015.
Autor: Siqueira, Natália Leão 
Primeiro orientador: Ribeiro, Carlos Antônio Costa
Primeiro coorientador: Barbosa, Rogério Jerônimo
Primeiro membro da banca: Campos, Luiz Augusto
Segundo membro da banca: Soares, Maira Covre-Sussai
Terceiro membro da banca: França, Danilo Sales do Nascimento
Quarto membro da banca: Silva, Márcia Regina de Lima
Quinto membro da banca: Vieira, Joice Melo
Resumo: A presente pesquisa pertence aos campos de trabalho sobre Segregação Ocupacional e Interseccionalidade. É composta por um quadro de análises empíricas que encadeiam a segregação ocupacional por gênero e raça a teoria feminista e/ou interseccional no Brasil. A teoria interseccional é utilizada como meio explicativo das medidas de segregação ocupacional encontradas. Para esta investigação, utilizamos os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), dos anos de 1976, 1986, 1996, 2006, 2014 e 2015. Os dados foram corrigidos conforme a amostra de 1976 para que fosse possível uma comparação ao longo do tempo. Iniciamos a discussão com um diagnóstico da teoria feminista sobre mercado de trabalho, desde seus primórdios. Seguidos de uma exploração descritiva dos dados, demarcando suas continuidades e diferenças e apresentando os desafios e as adequações necessárias para uma análise ao longo do tempo. Posteriormente, com o uso de um novo índice de segregação que nos proporcionou medir o hiato ocupacional por gênero e raça de maneira mais detalhada e apresentar discussões já consolidadas na área da segregação ocupacional, em conjunção as teorias da interseccionalidade, mostramos a forma como esses campos de análise conversam e se intercruzam. Por fim, com o uso de dois indicadores modernos de segregação, focamos o estudo no grande grupo ocupacional dos profissionais. De modo a averiguar se o padrão de segregação do mercado de trabalho como um todo se mantinha, olhamos de forma mais fragmentada para cada uma das ocupações deste grupo. Estudos e teorias brasileiras sobre profissionais com maiores qualificações, considerando as imbricações de gênero e raça, nos serviram como base argumentativa de discussão. Os resultados da tese demonstraram que mulheres e negros apresentam desvantagens no que tange a alocação dentro do mercado de tralhado, ao compararmos aos homens brancos. Ao considerarmos todas as ocupações existentes no mercado de trabalho, o demarcador de gênero tem maior impacto sobre a segregação, entretanto, quando filtramos apenas o grupo dos trabalhadores profissionais, esse padrão se inverteu: os grupos raciais apresentaram maiores desvantagens, mesmo controlando por todos os fatores anteriores à entrada no mercado de trabalho. Os achados também evidenciam que houve uma considerável queda da segregação ocupacional por gênero e raça ao longo dos 40 anos analisados, tornando a distribuição dos indivíduos mais equânime. Apesar de apresentar uma tendência de estagnação do processo de avanço igualitário em relação as desigualdades de gênero e raça nas ocupações do mundo laboral.
Abstract: The present research belongs to the fields of work on Occupational Segregation and Intersectionality. It consists of a framework of empirical analyzes that link occupational segregation by gender and race to feminist and/or intersectional theory in Brazil. The intersectional theory is used as a means of explaining the occupational segregation measures found. For this investigation, it was used data from the National Household Sample Survey (PNAD), from years 1976, 1986, 1996, 2006, 2014 and 2015. The data were corrected according to the 1976 sample so it could be possible a comparison over the time. We started the discussion with a diagnosis of feminist theory on the labor market, from its beginnings. Followed by a descriptive exploration of data, demarcating their continuities and differences and presenting the challenges and adjustments necessary for an analysis over time. Subsequently, with the use of a new segregation index that allowed us to measure the occupational gap by gender and race in a more detailed way and present already consolidated discussions in the area of occupational segregation, in conjunction with the theories of intersectionality, we display the way how these fields of analysis converse and intersect. Finally, using two modern indicators of segregation, we focused the study on the large occupational group of professionals. To find out if the pattern of segregation of the labor market was maintained, we observed in a more fragmented way for each of the occupations of this group. Brazilian studies and theories on professionals with higher qualifications, considering the imbrications of gender and race, served us as an argumentative basis for discussion. The results of the thesis demonstrated that women and blacks have disadvantages in reference to allocation within the hardware market, when compared to white men. When considering all the existing occupations in the labor market, the gender demarcative has a greater impact upon the segregation, however, when we filter only the group of professional workers, this pattern was inverted: racial groups presented greater disadvantages, even controlling by all the previous factors to entering the job market. The findings also evidence that there was a considerable drop of occupational segregation by gender and race over the 40 years analyzed, making the distribution of individuals more equitable. Despite presenting a tendency of stagnation of the process of egalitarian advancement in relation to gender and race inequalities in the occupations of the labor world.
Palavras-chave: Intersectionality
Occupational segregation
Gender inequality
Racial inequality
Interseccionalidade
Segregação ocupacional
Desigualdade de gênero
Desigualdade racial
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECIFICAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Programa: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Citação: SIQUEIRA, Natália Leão. Os “Guetos” ocupacionais no Brasil: uma análise da segregação ocupacional por gênero e raça entre os anos de 1976 e 2015. Orientador: Carlos Antônio Costa Ribeiro. 2022. 300 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2022.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19785
Data de defesa: 10-Mar-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Sociologia

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