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Tipo do documento: Dissertação
Título: Influência dos íons metálicos no perfil aos antimicrobianos e na formação de biofilmes em cepas de Escherichia coli Uropatogênica(UPEC), Escherichia colienteroagregativa(EAEC) e Escherichia coli K-12
Título(s) alternativo(s): Influence of metallic ions on the profile to antimicrobials and on the formation of biofilms in strains of Uropathogenic Escherichia coli (UPEC), Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC) and Escherichia coli K-12
Autor: Carvalho, Angélica Dimas de 
Primeiro orientador: Ignácio, Ana Cláudia de Paula Rosa
Primeiro membro da banca: Dantas, Flávio José da Silva
Segundo membro da banca: Bello, Alexandre Ribeiro
Resumo: Os íons metálicos, ferro e cobre são essenciais para todas as células, pois eles cumprem funções celulares indispensáveis para manutenção da vida, atuando como cofatores enzimáticos, elementos da estrutura da membrana celular do DNA e de enzimas. Não obstante, em concentrações elevadas, os íons ferro e cobre podem levar a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs), atuando principalmente na peroxidação de lipídeos de membrana e no bloqueio da ação de enzimas fundamentais para o metabolismo celular. A produção de ERO é um dos mecanismos pelos quais os metais podem interferir na sobrevivência e virulência de espécies bacterianas. Estudos têm mostrado que os íons metálicos podem interferir na formação de biofilmes além de causar mudanças no perfil de resistência bacteriana a diferentes classes de antimicrobianos. A utilização de metais como agentes antimicrobianos é uma prática utilizada desde a antiguidade. Entretanto poucos estudos abordam a influência desses íons metálicos na formação de biofilme e no perfil de resistência. No presente estudo utilizamos os íons ferro e cobre nas concentrações de 100μM e 200μM (para os dois íons) para avaliar a resposta da produção de biofilme em Escherichia coli enteroagregativa (EAEC), Escherichia coli uropatogênica (UPEC) e Escherichia coli K-12 (selvagem e mutantes deficientes em enzimas de reparo do DNA) frente a esses íons metálicos. Para isso utilizamos os testes de formação de biofilme qualitativo e quantitativo, o teste de viabilidade em biofilme e o teste de toxicidade. No teste de formação de biofilme quantitativo, para EAEC 042 houve redução significativa do biofilme na presença de ferro e de cobre nas concentrações de 100 μM e 200 μM, respectivamente. Para EAEC I49/3 houve aumento da produção de biofilme na presença de ferro na concentração de 200μM e nas concentrações de 100μM e 200μM de cobre. Já no grupo das UPEC houve aumento expressivo de biofilme para a cepa 7104 na concentração de 100 μM e 200μM de cobre. A cepa 666 teve um aumento de biofilme nas concentrações de200μM de íon ferro e 100 μM e 200μM de cobre. Dentre as cepas de E. coli K-12, foi observado aumento de biofilme para a cepa selvagem AB1157 nas concentrações de 100μM e 200μM de cobre. No teste qualitativo, a cepa selvagem de E. coli K-12 (AB1157) apresentou filamento quando tratada com 100 μM de cobre e o mutante BW9091 na concentração de 100 μM de ferro. No teste de viabilidade 100% da cepa BW 528 (duplo mutante nfo- e nth-) morreram quando tratada com cobre. No teste de resistência a antibióticosa cepa de UPEC 7104 apresentou mudança no perfil de sensível para resistente quando tratada com o antibiótico ciprofloxacino junto aos íons ferro e cobre.A cepa 9260apresentou mudança no perfil de resistência para sensível quando tratada com cefuroxime,cefoxitina,cefotaxime,ceftazidime e ciprofloxacino, porém quando tratada com trimetoprima e trimetoprima/sulfametoxazol apresentou mudança no perfil de sensível para resistente junto aos dois íons metálicos. Os resultados obtidos até o presente momento evidenciaram que os íons metálicos interferem com a produção de biofilme em bactérias patogênicas, modulando a virulência desses microrganismos. Os íons cobre e ferro apresentam-se como uma possível estratégia de controle microbiano, uma vez que modulam o perfil de resistência aos antimicrobianos nesses microrganismos estudados.
Abstract: Metallic ions, iron and copper are essential for all cells, as they fulfill cellular functions essential for life maintenance, acting as enzymatic cofactors, elements of the cellular membrane structure of DNA and enzymes. However, in high concentrations iron and copper ions may lead to the formation of reactive oxygen species (ROS), acting mainly on membrane lipid peroxidation and blocking the action of enzymes that are fundamental for cellular metabolism. ERO production is one of the mechanisms by which metals can interfere with the survival and virulence of bacterial species. Studies have shown that metal ions can interfere in the formation of biofilms and cause changes in the bacterial resistance profile to different classes of antimicrobials. The use of metals as antimicrobial agents is a practice used since antiquity. However, few studies address the influence of these metal ions on biofilm formation and resistance profile. In the present study we used iron and copper ions at concentrations of 100μM and 200μM (for both ions) to evaluate the biofilm production response in enteroaggregating Escherichia coli (EAEC), uropathogenic Escherichia coli (UPEC) and Escherichia coli K-12 ( wild and mutant deficient in DNA repair enzymes) against these metal ions. For this, we used the qualitative and semiquantitative biofilm formation tests, the biofilm viability test and the toxicity test. In the quantitative biofilm formation test, for EAEC 042 there was a significant reduction of the biofilm in the presence of iron and copper in the concentrations of 100 μM and 200 μM, respectively. For EAEC I49/3 there was an increase in biofilm production in the presence of iron in the concentration of 200μM and in the concentrations of 100μM and 200μM of copper. In the UPEC group there was an expressive increase of biofilm for the 7104 strain in the concentration of 100 μM and 200 μM of copper. The 666 strain had a biofilm increase in the concentrations of 200μM iron ion and 100μM and 200μM copper. Among the strains of E. coli K-12, biofilm increase was observed for wild strain AB1157 at concentrations of 100μM and 200μM of copper. In the qualitative test, wild-type strain E. coli K-12 (AB1157) presented filament when treated with 100 μM of copper and the mutant BW9091 at the concentration of 100 μM of iron. In the viability test 100% of strain BW 528 (double mutant nfo- and nth-) died when treated with copper. In the antibiotic resistance test the strain of UPEC 7104 showed a change in the profile of sensitive to resistant when treated with ciprofloxacin iron and copper ions. The strain 9260 showed a change in the resistance profile for sensitive when treated with cefuroxime, cefoxitin, cefotaxime, ceftazidime and ciprofloxacin. However, when treated with trimethoprim and trimethoprim / sulfamethoxazole, it presented a change in the profile of sensitive to resistant metal ions. The results obtained up to the present moment showed that the metal ions interfere with the biofilm production in pathogenic bacteria, modulating the virulence of these microorganisms. Copper and iron ions present as a possible microbial control strategy, since they modulate the profile of antimicrobial resistance in these microorganisms studied. Copper and iron ions represents a possible microbial control strategy, since they modulate the profile of antimicrobial resistance in these E. coli studied.
Palavras-chave: Escherichia coli
Metal ions
Biofilm
Reactive Oxygen Species (ROS)
Antimicrobial resistance
Escherichia coli
Íons metálicos
Biofilme
Espécies Reativas de Oxigênio (ERO)
Resistência aos antimicrobianos
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Programa: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense
Citação: CARVALHO, Angélica Dimas. Influência dos íons metálicos no perfil aos antimicrobianos e na formação de biofilmes em cepas de Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) e Escherichia coli K-12. 2018. 84 f. Dissertação (Mestrado em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense) –Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19902
Data de defesa: 2-Out-2018
Aparece nas coleções:Mestrado Profissional em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense

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