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http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19989
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Do território ao corpo e do corpo ao território: o corpo como escala, antiextrativismo e o caso de Berta Cáceres. |
Título(s) alternativo(s): | Del territorio al cuerpo y del cuerpo al territorio: el cuerpo como escala, antiextractivismo y el caso de Berta Cáceres. |
Autor: | Gonzalez Rodriguez, Vitória ![]() |
Primeiro orientador: | Bringel, Breno Marques |
Primeiro membro da banca: | Araújo, Clara Maria de Oliveira |
Segundo membro da banca: | Furtado, Fabrina Pontes |
Resumo: | Esta pesquisa tem como pano de fundo as lutas antiextrativistas encabeçadas e corporificadas por mulheres no contexto de conflitos socioambientais oriundos do neoextrativismo na América Latina. Tais conflitos envolvem a disputa por uso e acesso a recursos materiais e simbólicos, e também uma assimetria entre um projeto que denominamos “de cima”, pautado no poder, e outro que denominamos “de baixo”, pautado na resistência. Partindo do entendimento desses conflitos socioambientais como multiescalares, temos por objetivo entender a dinâmica de construção das escalas e pensar o corpo como escala nas lutas antiextrativistas latino-americanas. O corpo é central para a dominação sobre territórios, mas também é um locus de resistência. O caso da luta e do feminicídio territorial da lideresa indígena hondurenha Berta Cáceres, assassinada em 2016, nos permite entrever essa disputa socioterritorial. Nosso argumento central é que a política de escalas se vincula a uma dinâmica constante de poder e resistência, entre sentidos diferentes de mundo e materialidades também distintas. A dinâmica do poder está associada a uma construção de escala vinculada ao Estado, da qual subjaz uma visão estadocêntrica e estanque das fronteiras, construída a partir de uma violência militarizada e masculinizada, e da subalternização e negação de alteridade do que não se enquadra no que chamamos de fronteiras fixas do Estado masculinista. A dinâmica de resistência que se opõe àquela está associada a perspectivas territoriais feministas, em que a noção de corpo-território ilustra a imbricação entre estas duas noções tanto em uma chave defensiva, quanto em uma chave inventiva. A construção de escala a partir dessa perspectiva está vinculada a essa ligação entre corporeidade e territorialidade, ao comum, aos laços comunitários e à defesa da vida. O caso da construção hidrelétrica Agua Zarca, em Río Blanco (Honduras), que tem relação direta com o assassinato de Berta é reconstruído a partir de uma contextualização histórica de Honduras e da caracterização do (neo)extrativismo como eixo fundamental de análise do continente. Com a luta de Berta Cáceres e do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH) frente a esse megaprojeto, podemos compreender não só disputas entre materialidades e sensibilidades, mas entre projetos e visões de mundo opostas. A escala do corpo, como uma espécie de lente que desloca o olhar, nos permite apreender os conflitos socioambientais de um modo generificado, sem com isso se isolar de outros aspectos. |
Abstract: | Esta investigación tiene como trasfondo las luchas antiextractivistas lideradas y encarnadas por mujeres en el contexto de conflictos socioambientales derivados del neoextractivismo en América Latina. Tales conflictos involucran la disputa por el uso y el acceso a los recursos materiales y simbólicos, y también una asimetría entre un proyecto que llamamos “desde arriba”, centrado en el poder, y otro que llamamos “desde abajo”, centrado en la resistencia. Partiendo de la comprensión de esos conflictos socioambientales como multiescalares, nuestro objetivo es comprender la dinámica de construcción de las escalas y pensar el cuerpo como escala en las luchas antiextractivas latinoamericanas. El cuerpo es central para la dominación sobre territorios, pero también es un locus de resistencia. El caso de la lucha y del feminicidio territorial de la lideresa indígena hondureña Berta Cáceres, asesinada en el 2016, nos permite vislumbrar esa disputa socioterritorial. Nuestro argumento central es que la política de escalas está asociada a una dinámica constante de poder y resistencia, entre diferentes sentidos de mundo y también diferentes materialidades. La dinámica del poder se asocia a una construcción de escala vinculada al Estado, de la cual subyace una visión estadocêntrica y estanque de las fronteras, construida a partir de una violencia militarizada y masculinizada, y de la subordinación y negación de la otredad de lo que no cuadra en lo que llamamos fronteras fijas del Estado masculinista. La dinámica de resistencia que se opone a aquella se asocia a perspectivas territoriales feministas, en las que la noción de cuerpo-territorio ilustra la imbricación entre estas dos nociones en clave tanto defensiva como inventiva. La construcción de escala desde esta perspectiva está ligada al vínculo entre la corporeidad y la territorialidad, a lo común, a los lazos comunitarios y a la defensa de la vida. El caso de la construcción hidroeléctrica Agua Zarca, en Río Blanco (Honduras), que está directamente vinculada al asesinato de Berta, es reconstruido a partir de un contexto histórico de Honduras y de la caracterización del (neo)extractivismo como eje fundamental de análisis del continente. Con la lucha de Berta Cáceres y del Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (COPINH) contra este megaproyecto, podemos entender no solo disputas entre materialidades y sensibilidades, sino entre proyectos y visiones de mundo opuestas. La escala del cuerpo, como una especie de lente que cambia la mirada, nos permite aprehender los conflictos socioambientales de forma generificada, sin aislarnos de otros aspectos. |
Palavras-chave: | Cuerpo-escala Antiextractivismo Neoextractivismo Berta Cáceres Cuerpo-territorio Corpo-escala Antiextrativismo Neoextrativismo Berta Cáceres Corpo-território |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECIFICAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UERJ |
Departamento: | Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Citação: | GONZALEZ RODRIGUEZ, Vitória. Do território ao corpo e do corpo ao território: o corpo como escala, antiextrativismo e o caso de Berta Cáceres. Orientador: Breno Marques Bringel. 2021. 133 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19989 |
Data de defesa: | 25-Out-2021 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Sociologia |
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Dissertação - Vitória Gonzalez Rodriguez - 2021 - Completa.pdf | 1,6 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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