Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20042
Tipo do documento: Tese
Título: “Mulheres viris” no naturalismo brasileiro: estudo de A carne (1888), de Júlio Ribeiro, e Livro de uma sogra (1895), de Aluísio Azevedo
Título(s) alternativo(s): "Mujeres viriles" en el naturalismo brasileño: estudio de A carne (1888), de Júlio Ribeiro, y Livro de uma sogra (1895), de Aluísio Azevedo
"Virile women" in Brazilian naturalism: a study of A carne (1888), by Júlio Ribeiro, and Livro de uma sogra (1895), by Aluísio Azevedo
Autor: Santos, Marina Pozes Pereira 
Primeiro orientador: Mendes, Leonardo Pinto
Primeiro membro da banca: Batalha, Maria Cristina
Segundo membro da banca: Quelhas, Iza Terezinha Gonçalves
Terceiro membro da banca: Barbieri, Claudia
Quarto membro da banca: Sereza, Haroldo Ceravolo
Resumo: Na presente tese, pretende-se analisar a atuação das “mulheres viris” na ficção naturalista brasileira, no primeiro momento de circulação da estética, nas décadas de 1880 e 1890. Neste período, as “mulheres viris” eram um tema recorrente na imprensa para se referir a mulheres intelectualizadas, que às vezes trajavam vestimentas masculinas e se mostravam pouco preocupadas com a toilette. Neste estudo, pretendemos ir além da sua aparência, englobando as mulheres na literatura naturalista tidas como “viris”, por assumirem papéis e funções normalmente atribuídos aos homens. Ao fazerem isso, as “mulheres viris” no naturalismo brasileiro promovem uma crítica às normas e aos códigos da sociedade patriarcal. Suas ações, pensamentos e atitudes, entendidas como antipatriarcais no primeiro momento de circulação, colocavam em crise a autoridade patriarcal, na qual a mulher figurava como submissa e inferior ao homem, educada para o casamento e para a maternidade. Exploramos essa hipótese em dois importantes romances naturalistas brasileiros, que foram best-sellers quando apareceram: A carne (1888), de Júlio Ribeiro (1845-1890), e Livro de uma sogra (1895), de Aluísio Azevedo (1857-1913), destacando a virilidade das suas protagonistas. Ao invés de descrever essas personagens como mulheres histéricas e ninfomaníacas, como retrata a historiografia tradicional, vemos as ações e pensamentos das protagonistas como indícios de autonomia para decidir sobre seu destino, sua vida amorosa e sexual, colocando em xeque a sociedade patriarcal, autoritária e opressora
Abstract: In the present dissertation, we intend to analyze the performance of the "virile women" in Brazilian naturalist fiction, in the first moment of circulation of the aesthetics, in the 1880s and 1890s. In this period, "virile woman" was a recurrent theme in the press to refer to intellectualized women, who sometimes wore masculine clothes and showed little concern for their toilette. In this study, we intend to go beyond their appearance, encompassing women in naturalist literature who were considered "virile" for assuming roles and functions normally attributed to men. The "virile women" in Brazilian naturalism, by assuming male roles and functions in the novels, promote a critique of the norms and codes of patriarchal society. Their actions and attitudes, understood as anti-patriarchal at the first moment of circulation, put in crisis the patriarchal authority, in which the woman figured as submissive and inferior to the man, educated for marriage and motherhood. We explore this hypothesis in two important Brazilian naturalist novels that were bestsellers when they appeared: A carne (1888), by Júlio Ribeiro (1845-1890), and Livro de uma sogra (1895), by Aluisio Azevedo (1857-1913), highlighting the virility of their protagonists. Instead of describing these characters as hysterical women and nymphomaniacs, as portrayed by traditional historiography, we see the protagonists' actions and thoughts as indications of autonomy to decide about their destiny, love and sexual life, putting the patriarchal, authoritarian and oppressive society in check
En la presente tesis, pretendemos analizar la actuación de las "mujeres viriles" en la ficción naturalista brasileña, en el primer momento de circulación de la estética, en las décadas de 1880 y 1890. En ese período, la "mujer viril" era un tema recurrente en la prensa para referirse a mujeres intelectualizadas, que a veces vestían ropas masculinas y mostraban poca preocupación por su toilette. En este estudio, pretendemos ir más allá de su apariencia, abarcando a las mujeres de la literatura naturalista que eran consideradas "viriles" por asumir papeles y funciones normalmente atribuidos a los hombres. Las "mujeres viriles" del naturalismo brasileño, al asumir papeles y funciones masculinos en las novelas, promueven una crítica a las normas y códigos de la sociedad patriarcal. Sus acciones y actitudes, entendidas como antipatriarcales en el primer momento de circulación, ponen en crisis la autoridad patriarcal, en la que la mujer figuraba como sumisa e inferior al hombre, educada para el matrimonio y la maternidad. Exploramos esta hipótesis en dos importantes novelas naturalistas brasileñas que fueron éxitos de ventas cuando aparecieron: A carne (1888), de Júlio Ribeiro (1845-1890), y Livro de uma sogra (1895), de Aluisio Azevedo (1857-1913), destacando la virilidad de sus protagonistas. En lugar de describir a estos personajes como mujeres histéricas y ninfómanas, como retrata la historiografía tradicional, vemos las acciones y pensamientos de las protagonistas como indicios de autonomía para decidir sobre su destino, amor y vida sexual, poniendo en jaque a la sociedad patriarcal, autoritaria y opresora
Palavras-chave: Novela brasileña
Siglo XIX
Naturalism
Brazilian novel
19th century
Naturalismo
Romance brasileiro
Século XIX
Júlio Ribeiro
Aluísio Azevedo
Mulheres na literatura – Séc. XIX
Naturalismo na literatura
Literatura brasileira – Séc. XIX
Azevedo, Aluísio, 1857-1913 - Crítica e interpretação
Azevedo, Aluísio, 1857-1913. Livro de uma sogra
Ribeiro, Júlio, 1845-1890 - Crítica e interpretação
Ribeiro, Júlio, 1845-1890. A carne
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: SANTOS, Marina Pozes Pereira. “Mulheres viris” no naturalismo brasileiro: estudo de A carne (1888), de Júlio Ribeiro, e Livro de uma sogra (1895), de Aluísio Azevedo. 2023. 155 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20042
Data de defesa: 29-Mai-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Marina Pozes Pereira Santos - 2023 - Completa.pdf2,05 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.