Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20167
Tipo do documento: Tese
Título: Crianças por trás das câmeras: infâncias em produção
Título(s) alternativo(s): Children behind the camera: childhoods in production
Niños tras la cámara: infancias en producción
Autor: Menezes, Luciana Bessa Diniz de 
Primeiro orientador: Pereira, Rita Marisa Ribes
Primeiro membro da banca: Gomes, Lisandra Ogg
Segundo membro da banca: Fernandes, Adriana Hoffmann
Terceiro membro da banca: Girardello, Gilka Elvira Ponzi
Quarto membro da banca: Silva, Josias Pereira da
Resumo: O objetivo deste trabalho é colocar em discussão as concepções de infâncias e o lugar que as crianças ocupam na produção audiovisual realizada em contexto educativo, a partir da análise de 15 vídeos realizados com meninos e meninas de até 13 anos, em escolas da cidade do Rio de Janeiro, e exibidos em 2018 e 2019, pela TV Escola na série “Curta Mostra Geração”. A metodologia utilizada foi análise fílmica na perspectiva bakhtiniana, na qual osujeito “deixa sua assinatura em seus discursos”, e fundamentada em autores como Carrière e Gardies. Para tentar escapar da armadilha de realizar uma interpretação reducionista do filme em si mesmo, desvinculado de quem produz e do contexto de realização, busquei trazer para reflexão outras informações sobre as produções como a fala das crianças que fizeram os filmes, os comentários de quem assistiu o debate no cinema e as entrevistas tanto com as organizadoras da Mostra Geração quanto com o produtor do programa de televisão, além de fragmentos da minha memória. A realização deste trabalho apresentou-se como um convite para desvelar o processo de realização de audiovisual na escola e aprender sobre como se constitui a autoria e a participação infantil. Foi possível refletir durante o percurso de pesquisa sobre o tratamento paternalista dado à criança como um sujeito “menor”, incapaz de participar do mundo público e político, por considerá-la frágil e não competente, em contraponto à visão de criança como sujeito de direitos. Este trabalho buscou evidenciar que as crianças são produtoras de cultura e a produção audiovisual que elas realizam pode ser uma forma de participação política. Ele aponta para o fato de que a produção audiovisual realizada na escola se dá de forma colaborativa entre as crianças e entre crianças e adulto, reconhecendo dessa forma o professor como coautor no processo de realização. Esta relação intergeracional mostrou-se potente e capaz de subverter a ordem hierárquica escolar. A pesquisa evidencia, ainda, que o audiovisual produzido em contexto escolar geralmente nasce como um convite dos professores para os alunos e aponta para o uso instrumental da produção audiovisual feita com crianças da mesma forma que já ocorre com a exibição de filmes na escola. O texto traz para o diálogo sobre as infâncias e os direitos das crianças as autoras Adriana Hoffmann, Gilka Girardello, Lisandra Ogg Gomes, Lúcia Rabello de Castro, Mônica Fantin, Rita Ribes e Rosália Duarte. A relação das crianças com a tecnologia e a produção audiovisual é orientada, sobretudo, pelos estudos de David Buckingam. As questões apresentadas neste trabalho situam-se no imbricamento de dois campos interdisciplinares: a Comunicação e a Educação.
Abstract: The objective of this work is to discuss the conceptions of childhood and the place that children occupy in audiovisual production carried out in an educational context, based on the analysis of 15 videos made with boys and girls up to 13 years old, in schools in the city of Rio de Janeiro. de Janeiro, and shown, in 2018 and 2019, by TV Escola in the series “Curta Mostra Geração”. The methodology used was film analysis from the Bakhtinian perspective, in which the subject “leaves his signature in his speeches”, based on authors such as Carrière and Gardies. In order to try to escape the trap of carrying out a reductionist interpretation of the film itself, disconnected from who produces it and the context in which it was made, I sought to reflect on other information about the productions, such as the speech of the children who made the films, the comments of those who watched the debate at the cinema and the interviews with both the organizers of Mostra Geração and the producer of the television program, as well as fragments of my memory. The realization of this work was presented as an invitation to unveil the audiovisual production process at school and learn about how authorship and child participation are constituted. It was possible to reflect during the research course on the paternalistic treatment given to the child as a “minor” subject, incapable of participating in the public and political world, considering him fragile and incompetent, in contrast to the view of the child as a subject of rights . This work sought to show that children are producers of culture and the audiovisual production they carry out can be a form of political participation. He points to the fact that the audiovisual production carried out at school takes place collaboratively between children and between children and adults, thus recognizing the teacher as a co-author in the realization process. This intergenerational relationship proved to be potent and capable of subverting the school hierarchical order. The research also shows that the audiovisual produced in a school context is generally born as an invitation from teachers to students and points to the instrumental use of audiovisual production made with children in the same way that already occurs with the showing of films at school. The text brings to the dialogue about childhood and children's rights authors such as Adriana Hoffmann, Gilka Girardello, Lisandra Ogg Gomes, Lúcia Rabello de Castro, Mônica Fantin, Rita Ribes and Rosália Duarte. Children's relationship with technology and audiovisual production is guided, above all, by the studies of David Buckingam. The questions presented in this work are located in the intertwining of two interdisciplinary fields: Communication and Education.
El objetivo de este trabajo es discutir las concepciones de infancia y el lugar que ocupan los niños en la producción audiovisual realizada en un contexto educativo, a partir del análisis de 15 videos realizados con niños y niñas de hasta 13 años, en escuelas de la ciudad de Río de Janeiro, y exhibida, en 2018 y 2019, por TV Escola en la serie “Curta Mostra Geração”. La metodología utilizada fue el análisis fílmico desde la perspectiva bakhtiniana, en la que el sujeto “deja su firma en sus discursos”, a partir de autores como Carrière y Gardies. Para intentar escapar a la trampa de realizar una interpretación reduccionista de la propia película, desvinculada de quién la produce y del contexto en el que se realizó, busqué reflexionar sobre otros datos de las producciones, como el discurso del niños que hicieron las películas, los comentarios de los que vieron el debate en el cine y las entrevistas tanto con los organizadores de Mostra Geração como con el productor del programa de televisión, así como fragmentos de mi memoria. La realización de este trabajo se presentó como una invitación a develar el proceso de producción audiovisual en la escuela y conocer cómo se constituye la autoría y la participación infantil. Durante el curso de investigación fue posible reflexionar sobre el trato paternalista dado al niño como sujeto “menor”, incapaz de participar en el mundo público y político, considerándolo frágil e incompetente, en contraste con la visión del niño como sujeto sujeto de derechos. Este trabajo buscó mostrar que los niños y niñas son productores de cultura y la producción audiovisual que realizan puede ser una forma de participación política. Señala que la producción audiovisual que se realiza en la escuela se da de forma colaborativa entre niños y entre niños y adultos, reconociendo así al docente como coautor en el proceso de realización. Esta relación intergeneracional demostró ser potente y capaz de subvertir el orden jerárquico escolar. La investigación también muestra que el audiovisual producido en un contexto escolar nace generalmente como una invitación de los docentes a los alumnos y apunta al uso instrumental de la producción audiovisual realizada con niños de la misma forma que ya ocurre con la exhibición de películas en la escuela. El texto trae al diálogo sobre la infancia y los derechos del niño autoras como Adriana Hoffmann, Gilka Girardello, Lisandra Ogg Gomes, Lúcia Rabello de Castro, Mônica Fantin, Rita Ribes y Rosália Duarte. La relación de los niños con la tecnología y la producción audiovisual está guiada, sobre todo, por los estudios de David Buckingam. Los interrogantes presentados en este trabajo se ubican en el entrelazamiento de dos campos interdisciplinarios: la Comunicación y la Educación.
Palavras-chave: Infância
Produção audiovisual
Participação
Autoria infantil
Relação intergeracional
Childhood
Audiovisual production
Participation
Child authorship
Intergenerational relationship
Infancia
Producción audiovisual
Participación
Paternidad literaria
Relación intergeneracional
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação
Citação: MENEZES, Luciana Bessa Diniz de. Crianças por trás das câmeras: infâncias em produção. 2023. 143 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20167
Data de defesa: 23-Jun-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Educação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese - Luciana Bessa Diniz de Menezes - 2023 - Completa.pdf4,61 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.