Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20316
Tipo do documento: Dissertação
Título: Escravizados, mas não silenciados – um estudo sobre as narrativas de si de Mahommah Baquaqua e Juan Francisco Manzano
Título(s) alternativo(s): Enslaved but not silenced: a study of the self-narratives of Mahommah Baquaqua and Juan Francisco Manzano
Autor: Frederico, Ana Clara Vargas 
Primeiro orientador: Salgueiro, Maria Aparecida Ferreira de Andrade
Primeiro membro da banca: Amorim, Cláudia
Segundo membro da banca: Rodrigues, Felipe Fanuel Xavier
Resumo: Os séculos XVIII e XIX são palco para uma variedade de discursos que tentam definir tanto fundamentos teóricos quanto as experiências humanas e o próprio ser humano. Enquanto a Europa colhia os frutos de sua bem-sucedida empreitada imperialista e da disseminação de sua produção impressa, milhares de mulheres, homens e seus descendentes cruzavam as águas do Atlântico, sequestradas de diversas partes do continente africano, e chegavam ao frio Novo Mundo como mercadorias vivas. Mesmo objetificadas e dispersas em espaços marginalizados, suas experiências também começam a transformar o modo como o mundo era lido até então. Pode-se dizer que autores africanos e seus descendentes já vinham ressignificando suas experiências e denunciando/desconstruindo a violência ou cegueira epistemológica, como pontua Maria Lugones, nas Américas escravocratas. Autores como os africanos Olaudah Equiano e Mahommah Gardo Baquaqua, afro-americanos como Frederick Douglas e Harriet Jacob e o afrocubano Juan Francisco Manzano, entre outros, fizeram da narração de si uma oportunidade de releitura e registro de “experiências invisibilizadas, silenciadas ou construídas como um Outro da modernidade ocidental” (ADELMAN, 2007, p. 394). Sendo assim, este estudo objetiva investigar as narrativas de si de Juan Francisco Manzano e Mahommah Gardo Baquaqua e a complexidade de suas experiências, ora subalternizadas, rasuradas e silenciadas, ora subversivas e combativas representadas por discursos heterogêneos, e muitas lacunas – que gritam. Interessa-me analisar estas construções discursivas e investigar como a escravidão e os sujeitos escravizados são (auto)representados e recolocados nestas escritas. Mas, sobretudo, é objetivo deste trabalho contribuir para o resgate e visibilidade destas vozes como parte de novas genealogias do pensamento
Abstract: The eighteenth and nineteenth centuries set stage for a series of discourses that attempt to define theoretical concepts, the human experiences and the human being as well. While Europe reaps the results of its successful imperialist enterprise, and the dissemination of the printed production, thousands of women, men and their descendants from different parts of the African continent cross the Atlantic and arrive in the cold New World as live commodities. Even though they were considered objects and were dispersed along marginalized spaces, their experiences also have changed the way the world had been read. It can be said that the African authors and their descendants have already been re-signifying their experiences and denouncing the epistemological violence or blindness, as Maria Lugones points out, in the Americas since then. Authors such as the Africans Olaudah Equiano and Mahommah Gardo Baquaqua, Afro- Americans such as Frederick Douglas and Harriet Jacob and the Afro-Cuban Juan Francisco Manzano, among others, have made their self-narratives an opportunity to re-read and record “experiências invisibilizadas, silenciadas ou construídas como um Outro da modernidade ocidental” (ADELMAN, 2007, p. 394). Therefore, this study aims to investigate how the self- narratives of Juan Francisco Manzano and Mahommah Gardo Baquaqua and their complex experiences were represented by heterogeneous discourses, and many gaps - that scream. It interests me to analyse these discursive constructions and to investigate how African slavery in the Latin America, and the enslaved subjects were (self) represented and reallocated in these writings. But above all, this present work aims to contribute to the rescue and visibility of these voices as part of new genealogies of thought
Palavras-chave: Slavery
Escravidão
América Latina
Escritas de si
Mahommah G. Baquaqua
Juan Francisco Manzano
Baquaqua, Mahommah Gardo, 1824- - Crítica e interpretação
Manzano, Juan Francisco, 1797-1854 – Crítica e interpretação
Escravidão na literatura
Escravidão - América latina – História
Autobiografia na literatura
Literatura latino-americana – História e crítica
Latin America
Self-narratives
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Citação: FREDERICO, Ana Clara Vargas. Escravizados, mas não silenciados: um estudo sobre as narrativas de si de Mahommah Baquaqua e Juan Francisco Manzano. 2019. 93 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20316
Data de defesa: 29-Mar-2019
Aparece nas coleções:Mestrado em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação - Ana Clara Vargas Frederico - 2019 - Completa.pdf1,29 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.