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Tipo do documento: Tese
Título: Quem controla a água? Das controvérsias à cosmopolítica no circuito das águas em Minas Gerais, Brasil
Título(s) alternativo(s): Who controls water? From controversies to cosmopolitics in Circuito das Águas, Minas Gerais, Brazil.
Autor: Bezerra, Raphael Vianna Mannarino 
Primeiro orientador: Branquinho, Fátima Teresa Braga
Primeiro membro da banca: Estellita-Lins, Carlos Eduardo Freire
Segundo membro da banca: Marques, Ivan da Costa
Terceiro membro da banca: Mello, Maristela Barenco Corrêa de
Quarto membro da banca: Lacerda, Fatima Kzam Damaceno de
Resumo: A tese é composta por três partes (primeira Natureza, segunda Natureza e Cosmopolítica). A ordem das partes tenciona manifestar o peso dos diferentes valores que foram atribuídos às águas minerais ao longo do tempo (científico, econômico e político), enquanto as conexões específicas entre os diferentes domínios, que conferiram essas sobrecargas, encontram-se descritas nas respectivas partes. Na primeira parte, está o feixe de relações que permitiu à medicina adotar as águas minerais como um objeto de sua prática: medicina, química, indústria e política formaram a rede heterogênea que está na origem da fabricação das águas minerais engarrafadas do sul de Minas Gerais. Mais tarde, a decadência da crenologia não resultou no abandono da fabricação das águas engarrafadas. E se a indústria de engarrafamento encontrou nos diferentes territórios as condições para ambicionar o seu crescimento, alguns anos depois, a abertura dos mercados amplificou esse processo; eis a segunda parte da tese. Nesta, a noção de um mercado autorregulado, que funciona como uma segunda Natureza, foi questionada. A descrição dos ancoramentos institucionais necessários para o funcionamento do mercado das águas minerais foi o método utilizado para desnaturalizá-lo. Mas se o crescimento do mercado se beneficia com a subtração das possíveis interferências no seu funcionamento, isto favorece o aparecimento dos conflitos territorializados. E se o funcionamento do mercado não parece compatível com os lugares que reúnem outras formas de se relacionar com as águas minerais, surge a necessidade de uma composição, a terceira parte da tese. No circuito das águas do sul de Minas Gerais, duas situações entre as empresas de engarrafamento e os grupos de moradores ganham destaque, uma ocorrida em São Lourenço, envolvendo uma empresa multinacional, e outra em Caxambu e Cambuquira, com a participação de uma empresa estatal que abriu um edital de concessão para atrair um parceiro privado em conta de participação para explorar as águas desses municípios. No primeiro caso, o mapeamento das controvérsias observadas buscou apresentar os desvios desde o planejamento até a interrupção de uma marca de água engarrafada. No caso de Cambuquira e Caxambu, a empresa estatal, sua parceira privada e os grupos de moradores ensaiam um acordo. Nessa translação de interesses o tom é de alerta, e o recado é que outro presente, com as águas, é possível. E ele precisa ser composto
Abstract: First Nature (Science), Second Nature (Economy) and Cosmopolitics (politics). These are the three parts that compound the thesis. But these domains are not purified, and the very specific connections among them (and others) attributed to mineral water dissimilar values. These connections have been explored in each part of the thesis. In the first part were descripted the relations that allowed to medicine adopt mineral water as an object of its practice. It was possible thanks to the chemical discoveries at the time: while the chemistry brought new entities to mineral water, medicine could incorporate them in its discursive practice. In the south of Minas Gerais (Brazil), medical, chemical and aristocratic interests are in the beginning of the production of bottled mineral water. Later, during the decline of therapeutic hidrology with the mineral water, the industrial potential of this resource where emphasized. That’s when second Nature enter in the history of mineral water. The notion of a Market functioning as an autonomous Nature has been provided by Economics, as one way to protect and maintain the laissez faire. To denaturalize the Economy, the institutional attachments of the mineral water market were investigated, succeded by an analyse on how these anchors provide to this market the conditions to grow (while helped to subtract the interventions in its operation). But the permanence of this way of thinking is not more guaranteed than the possibilities of conflicts (and enters the third part of the thesis). In São Lourenço municipality (south of Minas Gerais, Brazil), a group of citizens argued about the possibility of super-exploitation of mineral water by a multinational. To produce a specific brand of bottled water, the company had to take out the iron present in the water, because it would deposit in the bottom of the bottles and affect the commercialization. And it was trough an aliance between humans and the iron that the company was forced to stop its production of that brand of bottled water. Nowadays, another situation is occurring in the south of Minas Gerais. This time, a national company that posses the propriety of the springs in Cambuquira e Caxambu has opened the bottling activity in these municipalities to a private partner, but several groups of citizens do not agree with the way that the partership was communicated and conducted. Since the bottling is only one way to live with mineral water, the tone is of an alert and the message is that another present with mineral water is possible, but it has to be composed
Palavras-chave: Mineral Water
Scientific Humanities
Science and Technology Studies
Cosmopolitics
Águas minerais - Minas Gerais
Águas minerais - Legislação - Brasil
Humanidades Científicas
Estudos das Ciências e das Técnicas
Cosmopolítica
Área(s) do CNPq: ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::RECURSOS HIDRICOS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Multidisciplinar
Programa: Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente
Citação: BEZERRA, Raphael Vianna Mannarino. Quem controla a água? Das controvérsias à cosmopolítica no circuito das águas em Minas Gerais, Brasil .2019. 235 f. Tese (Doutorado em Meio Ambiente), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20363
Data de defesa: 15-Mar-2019
Aparece nas coleções:Doutorado em Meio Ambiente

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