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Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20394
Tipo do documento: Dissertação
Título: Aldeia Maraká’nà Rexiste: um espaço intercultural na cidade do Rio de Janeiro
Autor: Silva, Erlan Raposo da 
Primeiro orientador: Freire, Leticia de Luna
Primeiro membro da banca: Russo, Kelly
Segundo membro da banca: Freire, José Ribamar Bessa
Resumo: Ao longo dos séculos, desde a invasão europeia nas Américas no século XVI, os povos indígenas sofreram, e ainda sofrem, no Brasil, processos hegemônicos de violência física e simbólica que foram determinantes nas tentativas de apagamento de suas culturas e na difusão de preconceitos e estigmas que perduram no imaginário social. Na tentativa de desconstruir esse projeto colonizador e eurocêntrico e também como uma forma de protesto contra o recorrente descaso com que são tratados os patrimônios culturais indígenas, um grupo composto por 35 indígenas de 17 etnias ocupou, em 2006, a área do antigo Museu do Indío, abandonado desde os anos 1970 no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, instituindo ali um centro pluriétnico de defesa e divulgação das culturas indígenas, cujo nome foi mudando ao longo dos anos, sendo atualmente chamado, pelos que integram o movimento no local, de Aldeia Maraká’nà (Aldeia Maracanã). Nessa aldeia urbana, situada em uma região estratégica de conexão entre o centro e a zona norte da cidade, são realizadas diversas atividades interculturais abertas ao público em geral, especialmente não indígena, que pode ali ter contato direto com diferentes etnias e suas respectivas culturas. Esta dissertação propõe compreender a dimensão intercultural e a potência educativa da Aldeia Maraká’nà a partir de uma perspectiva etnográfica. A metodologia incluiu levantamento bibliográfico, jornalistico e das publicações nas redes sociais da Aldeia Maraká’nà e, principalmente, a realização de um intenso trabalho de campo com observação participante em diversas atividades realizadas na aldeia entre março de 2021 e outubro de 2022, conversando, interagindo e entrevistando indígenas e não indígenas nelas presentes, a fim de identificar suas motivações e percepções sobre o lugar. Concluímos que a Aldeia Maraká’nà se constitui em um significativo espaço de educação não formal, sendo um centro de referência indígena na capital fluminense que, a partir de inúmeras atividades, permite à sociedade em geral, incluindo alunos de instituições de ensino, vivenciar experiências de aprendizado sobre diversos elementos das culturas dos povos originários, contribuindo para a desconstrução de preconceitos e estigmas comumente a eles associados.
Abstract: Over the centuries, since the European invasion of the Americas in the 16th century, the indigenous peoples in Brazil have suffered, and still suffer, hegemonic processes of physical and symbolic violence that have been decisive in the attempts to erase their cultures and in the dissemination of prejudices and stigmas that persist in the social imaginary. In an attempt to deconstruct this colonising and Eurocentric project and also as a form of protest against the recurrent neglect with which indigenous cultural heritage is treated, a group consisting of 35 indigenous people from 17 ethnic groups occupied, in 2006, the area of the former Museum of the Indian. The name has been changed over the years and is currently called Aldeia Maraká'nà (Aldeia Maracanã) by those involved in the movement. In this urban village, situated in a strategic region of connection between the centre and the northern zone of the city, various intercultural activities are carried out which are open to the general public, especially non-indigenous people, who can have direct contact with different ethnic groups and their respective cultures. This dissertation proposes to understand the intercultural dimension and the educational potential of the Aldeia Maraká'nà from an ethnographic perspective. The methodology included bibliographic, journalistic and social network publications of the Aldeia Maraká'nà and, mainly, the realization of an intense fieldwork with participant observation in several activities carried out in the village between March 2021 and October 2022, talking, interacting and interviewing indigenous and non-indigenous people present in them, in order to identify their motivations and perceptions about the place. We conclude that the Aldeia Maraká'nà constitutes a significant space for non-formal education, being an Indigenous reference centre in the capital of Rio de Janeiro which, through numerous activities, allows society in general, including students from educational institutions, to live learning experiences about various elements of the cultures of indigenous peoples, contributing to the deconstruction of prejudices and stigmas commonly associated with them.
Palavras-chave: Non-formal education
Interculturality
Aldeia Marakánà
Educação não formal
Interculturalidade
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UERJ
Departamento: Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Citação: SILVA, Erlan Raposo da. Aldeia Maraká’nà Rexiste: um espaço intercultural na cidade do Rio de Janeiro. 2023. 167 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, 2023.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20394
Data de defesa: 24-Mar-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Cultura e Comunicação

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